quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Reflexões sobre educação financeira, dinheiro, negociação e descontos

Reflexões sobre educação financeira, dinheiro, negociação e descontosDê uma boa olhada em torno da mesa ou local onde está atualmente lendo este artigo. Repare nos objetos, produtos, bens e tudo mais que está ao alcance das mãos. Agora pense também no que está quase que onipresente em seu dia-a-dia. A casa onde mora, o carro que dirige ou os gastos cotidianos com lanches fora de hora e pequenos mimos. Quanto custou tudo isso? Quanto vale tudo isso para você e sua família?
Tudo tem uma relação custo/benefício particular, difícil de avaliar e impossível de julgar. Verdade, mas antes do apego emocional subjetivo ligado à compra, uma decisão econômica teve de ser tomada e aspectos financeiros importantes certamente estiveram em jogo. Experimente avaliar novamente os objetos e tente se lembrar daoportunidade em que os comprou e como e por que tais compras ocorreram. Exercício interessante, não?
Negociação! A vida nunca esteve tão ligada ao conceito de negociação. Leve em conta algumas questões e frases comuns ouvidas por ai:
  • "Compro isso agora ou procuro marcas alternativas?";
  • "Se você levar este chocolate, hoje não vamos comprar sorvete";
  • "O pagamento à vista tem 10% de desconto, mas posso parcelar em até 12 vezes. O que é melhor?";
  • "Vou fazer uma contra-proposta interessante e tentar pagar um preço mais realista para meu orçamento".
O festival de banalidades e situações corriqueiras poderia ser muito mais extenso, mas você já entendeu onde quero chegar. Você vai passar por situações deste tipo durante toda a sua vida. Seu conhecimento a respeito das alternativas de pagamento, o interesse pelas finanças e o bom senso é que farão toda a diferença. O dinheiro, pasme, é o detalhe.
Se nossas ações geram conseqüências, experimente focar nas perguntas ao invés de apenas se aborrecer com algumas de suas atitudes. Ao respondê-las, liste algumas ações capazes de fazê-lo alguém financeiramente mais inteligente e menos suscetível aos ditames consumistas. Você sabe o que precisa fazer, acredite, mas ainda não teve coragem de assumir essa responsabilidade.
  • Você se considera um bom negociador?
  • Geralmente paga o preço anunciado ou sempre luta por descontos, especialmente para o pagamento à vista?
  • Costuma pagar mais à vista ou parcelado? Por que?
  • Pesquisa preços e paga de acordo com as melhores condições para o seu bolso, seu orçamento financeiro familiar?
  • Costumar acreditar e se deixar enganar pelos pagamentos "sem juros" e parcelas à perder de vista?
  • Procura o combustível mais barato, faz questão de comprar quando aparecem promoções, mas paga por isso usando cheque especial ou dinheiro emprestado?
Recorra novamente ao ambiente à sua volta. Encare fixamente um objeto mais caro, de maior valor pessoal, e experimente analisá-lo de acordo com as simples perguntas oferecidas acima. Você pagou o preço justo? Precisava mesmo daquilo? O parcelamento em excesso prejudicou seu fluxo de caixa? Quantas dúvidas, não é mesmo? Não pretendo respondê-las; quero mesmo é provocá-lo.
Educação financeira não é somente ser bom em matemática e sustentar vasto conhecimento de finanças em geral. São muitos os economistas, matemáticos e administradores em apuros financeiros. Prefira atitude simples, comece de forma ordenada e através de muito diálogo. Gaste menos do que ganha, mantenha um controle das receitas e despesas, sonhe e defina objetivos. Viva sem hipocrisia.
Afinal, lidar bem com o dinheiro é assumir que ele está mais presente em nossas vidas do que queremos admitir. É decidir de acordo com o bom senso, respeitando as diferenças e objetivos de cada integrante da família. É ver na capacidade de controle um aspecto libertador. É, acima de tudo, reconhecer que se o dinheiro está ai e faz parte da vida, melhor viver em harmonia com ele. Educação financeira é só (tudo?) isso.
Crédito da foto para freedigitalphotos.net.


Lucia Helena
Departamento Comercial
CredConf Contabilidade
Tel.: (21) 7885-4552 ID: 120*97395
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Quanto você economizou ou negociou hoje?

Quanto você economizou ou negociou hoje?Vivi dias bastante agitados na semana passada. Resolvi negociar e tentar, na base da conversa, alguns descontos e isenções que pudessem de alguma forma refletir no meu poder de consumo - já citamos muitas vezes como os pequenos valores podem fazer uma grande diferença no tempo. Decidi sair da zona de conforto e dar mais um passo importante na consolidação de meu papel de cidadão, consumidor e gestor de minhas finanças.
Antes “ir à luta”, analisei e planejei bem quais seriam as áreas a serem “atacadas”. Analisei o meu dia de forma minuciosa, observando como eu gasto, quais opções normalmente prefiro para o pagamento, quais as alternativas disponíveis, ofertas etc. A meta era poupar o máximo possível sem prejudicar a qualidade do dia e usando apenas o esforço pessoal, a insistência e o poder negociação. O resultado está relatado neste artigo.
Oportunidades por todo lado em um dia típico
Normalmente eu acordo e tomo um simples café em casa. Chegando ao escritório, vou até a lanchonete e tomo um café mais robusto, às vezes pão com manteiga, fruta, leite, pão de queijo etc. Enfim, calculei que gasto em média R$ 4,50 por dia com o café da manhã. Então decidi acordar uma hora mais cedo e em trinta minutos preparei um café reforçado, usando aquilo que já tinha em casa. Mesmo com sono, percebi que o esforço valia a pena. Economizei R$ 4,50.
Não tenho estacionamento no escritório e a diária nos locais próximos fica em média R$ 18,00. Infelizmente nenhum estacionamento aqui por perto tem vaga para mensalista, o que deixaria a mensalidade mais em conta. Como havia acordado mais cedo, consegui sair com boa antecedência rumo ao trabalho.
Incrível como alguns minutos fazem enorme diferença em uma cidade como São Paulo. Cheguei ao escritório, a rua ainda estava vazia e consegui um local perfeito para estacionar, de frente ao escritório, e com ampla visão do segurança que se prontificou a olhar o carro. Interessante, mais R$ 18,00 economizados no dia.
Como trabalhado diretamente com Internet, preciso de banda larga. Mesmo não sendo um serviço de primeira, não existem muitas alternativas de concorrentes que possam oferecer um serviço de melhor qualidade. Pago, em média, R$ 350,00 por TV , Internet e telefone. Com a cara e a coragem, peguei o telefone, liguei no atendimento ao consumidor e disse que gostaria de negociar o preço de minha fatura.
Expliquei que havia recebido algumas outras propostas vantajosas e que gostaria de ter uma contra proposta da operadora para decidir se eu mudava ou não de fornecedor. Após algum tempo de conversa e insistência, consegui uma proposta interessante: durante seis meses vou pagar R$ 275,00 e nos seis meses seguintes o valor passaria para R$ 320,00. Como cheguei a valores mais interessantes, aceitei a proposta. É verdade que precisei de alguns minutos ao telefone, mas consegui economizar R$ 75,00 no pagamento do próximo mês.
Negociar é preciso!
Percebi que na fatura mensal do cartão de crédito apareceu um item curioso: anuidade. Peguei novamente o telefone - ainda um pouco “quente” do tempo em que passei com a operadora de Telecom - e liguei para administradora do cartão.
A negociação não foi fácil. No início, ela propôs aumentar a quantidade de parcelas para pagamento do valor. Não aceitei. Com voz calma, mantive o controle e disse que iria cancelar o cartão, pois já tinha em mãos outras propostas com isenção da cobrança. A conversa mudou e com mais um pouquinho de paciência a isenção foi concedida. Saldo final? R$ 200,00 economizados.
Hora de almoçar. O dia vinha sendo produtivo e pensei que poderia aproveitar o momento para tentar comer algo mais saudável. Resolvi trocar as carnes e massas por mais verduras e uma carne mais magra. Substitui o refrigerante por água. Comi muito bem, fiquei satisfeito e ao pagar gasteiR$ 3,00 a menos do que eu pago todos os dias. Além disso, descobri que o restaurante oferece preços mais baixos para quem é mensalista.
Como o leitor deve ter percebido, pequenos valores podem fazer diferença quando observados de forma mais ampla e inteligente. Em um único dia, consegui economizar R$ 300,50 nas despesas para o mês seguinte. Diferente do que alguns pensam, não fiz isso simplesmente deixando de lado a qualidade de vida e sendo pão-duro. Trabalhei as variáveis comuns.
Ora, sempre existe espaço para alinhar os gastos e gastar melhor. Tudo depende de você, do esforço em planejar o orçamento, da força de vontade em fazer valer seus direitos e da disciplina para gerenciar seu fluxo de caixa. Experimente ser mais participativo em relação aos seus gastos, independente de seus valores. Depois nos conte os resultados para que possamos comemorar juntos. Até a próxima.
Crédito da foto para freedigitalphotos.net.




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