sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O que são microfranquias?


O que são microfranquias?As microfranquias são consideradas a “bola da vez” na economia. Isto se deve ao grande crescimento que esta modalidade de franquias tem apresentado nos últimos anos, motivado especialmente pelo aumento da nova classe C brasileira.
A Associação Brasileira de Franchising (ABF) estima que já exista no país cerca de 2.500 franqueados de um total de mais de 50 marcas de microfranquias. Elas já representam 5% do segmento de franchising no Brasil, mas crescem a uma velocidade de 25% ao ano.
Mas o que são microfranquias? Quais as vantagens que este modelo apresenta para os empreendedores? Quais os cuidados que os interessados em atuar neste segmento devem tomar?

O que são microfranquias?

Microfranquia é nome dado às franquias cujo investimento a ser realizado pelo empreendedor não ultrapasse os R$ 50.000,00. Assim, trata-se de uma classificação dada pelo mercado e não pela lei, ou seja, elas estão sujeitas, assim como as demais franquias, às regras e condições estabelecidas pela lei n.º. 8.955/94 (Lei das Franquias Empresariais).
Como nas demais modalidades de franquia, a microfranquia é um sistema de parceria onde o franqueador, proprietário de um negócio, disponibiliza para interessados (os futuros franqueados) o uso da sua marca comercial bem como a transferência do know-how, ou seja, da tecnologia do seu negócio, com ou sem o fornecimento de produtos e serviços.
Vale lembrar que, para permitir o uso de uma marca, tal marca deverá ter sido devidamente registrada junto ao INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

Vantagens

De acordo com os especialistas, as maiores vantagens apresentadas pelas microfranquias são o baixo investimento necessário para se iniciar o negócio bem como o rápido retorno desse investimento, sendo que o maior número de microfranquias encontra-se no setor de serviços, tais como ensino, serviços de beleza, reparos de roupas e sapatos, entre outros.
A maioria delas não exige um ponto comercial e pode ser operada de casa, no esquema home-based. Isso faz com que os custos operacionais (aluguel, transporte, refeição etc.) e de contratação de funcionários, por exemplo, sejam reduzidos.
É por esse motivo que o modelo tem tido um crescimento tão expressivo no Brasil – temos uma classe C atingindo praticamente 50% da população do país e ansiosa para ter o seu próprio negócio sem que haja a necessidade de um enorme investimento.

Cuidados necessários

Como em qualquer outro tipo de franquia, é preciso verificar qual a visibilidade da marca dessa franquia no mercado, pois quanto mais sucesso essa marca fizer junto aos seus consumidores, maior será a garantia de retorno do investimento realizado pelo franqueado.
Outro cuidado importante é verificar se toda a documentação da franquia, especialmente a sua circular de oferta está em acordo com o que estabelece a menciona lei n.º 8.955/94, e se o perfil do empreendedor é compatível com a atividade.
No caso de microfranquias montadas em quiosques, é preciso muita cautela com o contrato de locação do espaço onde eles se localizem, pois a mudança desse local pode até mesmo inviabilizar o negócio.
Sugestão: pesquise muito. Conheça seu franqueador, converse com franqueados e tenha sempre em mente que ser dono do seu próprio negócio pode exigir muito mais trabalho que ser um funcionário de uma empresa, especialmente no início.

Casos de sucesso

Separei duas matérias muito interessantes, que tratam de casos reais de sucesso com empreendedores que largaram seus trabalhos e abriram uma microfranquia:
Se está interessado e quer saber mais sobre franquias baratas, recomendo a leitura do artigo ‘10 franquias mais baratas do Brasil‘.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Débitos dificultam entrada de empresas no Supersimples

Brasília - Desde o dia 2 de janeiro, mais de 132 mil empresas procuraram a Receita Federal para ingressar no Supersimples. Dessas, apenas 25% foram bem-sucedidas. Segundo o secretário executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), Silas Santiago, os débitos com a União, os estados e os municípios são os principais entraves para a entrada no sistema.

O Simples Nacional conta atualmente com mais de 5,8 milhões de pessoas jurídicas registradas, das quais cerca de 1,9 milhão são empreendedores individuais. A adesão ao regime simplificado de tributação ocorre sempre no mês de janeiro – com exceção das novas empresas, que podem fazer a opção a qualquer momento, logo após se formalizarem. A adesão é feita pelo portal do Simples Nacional.

Segundo Silas Santiago, as empresas que saíram ou foram excluídas do sistema podem pedir o parcelamento dos débitos, regularizar a situação e voltar ao Supersimples até 31 de janeiro. Os empresários que não conseguirem normalizar sua situação dentro do prazo só poderão tentar novamente em janeiro de 2013.

O parcelamento é feito no site da Receita Federal e pode chegar, no máximo, a 60 prestações mensais, corrigidas pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação de Custódia (Selic). Criado pela Lei Complementar 139/11, o benefício se aplica também às empresas que integram o Simples e que têm dívidas com o sistema. Até a promulgação da lei, as empresas do Simples não podiam parcelar os pagamentos pendentes.

Segundo dados da Receita Federal, há 560 mil empresas com débitos no sistema - 30 mil delas foram excluídas em janeiro do ano passado. Até agora, 58 mil pediram o parcelamento. “Os empresários precisam estar atentos para essa oportunidade”, alerta o secretário-executivo.

Silas Santiago lembra que as empresas com problemas para entrar no Simples por conta de débitos contraídos em outros regimes tributários, como Lucro Real e Lucro Presumido, podem resolver a situação quitando a dívida ou recorrendo a outros parcelamentos a que têm direito. “São parcelamentos administrativos, que podem ser solicitados pelas empresas a quem elas estiverem devendo e que normalmente conseguem ser pagos em até 60 meses”, explica a contadora e consultora do Sebrae Rosângela Bastos.

Cinco passos para uma boa avaliação dos funcionários

ShutterstockNo começo do ano, as empresas dão o pontapé inicial em estratégias para melhorar sua performance. Entre elas, uma das mais importantes é a avaliação do desempenho dos funcionários.
De nada serve improvisar quando chegar a hora de ter uma conversa franca com eles, lá por novembro ou dezembro. Para que a avaliação dê bons resultados, deve ser planejada já em janeiro.
Para muitos, chamar cada um dos subordinados diretos a sua sala para conversar sobre seus pontos fortes e fracos é o momento mais estressante do ano.
“Uma avaliação de performance requer que uma pessoa julgue a outra, o que é muito desconfortável”, afirma o consultor Dick Grote, autor de “How to Be Good at Performance Appraisals” (sem tradução para o português).
Como driblar esse desconforto e fazer com que a avaliação seja mais produtiva e menos tensa? Confira as dicas que ele e James Baron, professor da Yale School of Management (EUA), deram em um artigo publicado no blog da revista Harvard Business Review.
1. Defina critérios
No começo do ano, sente com cada subordinado direto para definir como ele será avaliado, esclarecendo quais são suas metas e expectativas.
“A melhora é imediata: todos sabem o que o chefe espera, e as pessoas podem ser cobradas ao fim do período”, diz Grote.
Também é essencial identificar as ambições do funcionário. “Gestores avaliam performance sem saber das aspirações de carreira dos subordinados. Não adianta presumir que todos querem ser CEO”, alerta Baron.
Ao entender a trajetória profissional planejada pelo funcionário, o gestor pode pensar em maneiras de colaborar com seu aperfeiçoamento para alcançar esse objetivo.
2. Refresque a memória
Duas semanas antes da avaliação, peça a cada funcionário para colocar no papel ações das quais ele se orgulhou ao longo do ano. Além de refrescar a memória, isso põe um foco positivo na reunião, geralmente considerada negativa, segundo Grote.
Aproveite e dê uma olhada no que você anotou sobre o funcionário ao longo do ano: um projeto bem executado, um prazo estourado, se lidou bem com um cliente difícil.
Pessoas que não trabalham intimamente com o funcionário avaliado também podem ser consultadas sobre seu desempenho. “Quanto mais avaliações independentes, melhor”, afirma Baron.
3. Quebre a surpresa
Uma hora antes da conversa, dê ao funcionário uma cópia do relatório de avaliação. Assim, ele terá privacidade para expressar sua primeira resposta emocional.
“Ao ler críticas vindas de outros, as pessoas têm um turbilhão de sentimentos. É preciso dar um tempo para que elas reflitam em particular”, diz Grote.
De cabeça fresca, o funcionário estará mais bem preparado para ter uma conversa racional – e construtiva.
4. Não seja condescendente
As reuniões de avaliação geralmente tomam a forma de um sanduíche de feedback: elogios, críticas, elogios. Isso mascara a mensagem clara que se quer passar. Pior: desmoraliza os profissionais talentosos e encoraja falsamente os que estão rendendo mal.
Para os que vão bem, concentre-se no que foi feito de bom – isso motivará os mais competentes. Para os que estão na média, não amenize as más notícias. A avaliação é o melhor momento para pedir que melhorem.
5. Dê conselhos construtivos
Ao final da conversa com seus melhores profissionais, peça a opinião deles sobre como vão as coisas. O que não está funcionando? Que ações a empresa deveria tomar? Só assim será possível dar conselhos direcionados e específicos.
“Não diga ‘você precisa ser proativo’, isso não significa nada. Diga ‘você precisa tomar mais a iniciativa de ligar para potenciais clientes”, diz Baron.
E você? Tem uma boa dica sobre como um empresário pode avaliar seus principais funcionários?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

5 lições que você não vai aprender em uma sala de aula

Embora uma boa formação seja algo valioso para um empreendedor, é impossível ignorar o fato de que algumas coisas só se aprendem na prática. Investir em educação sempre vale a pena, mas a diferença entre a teoria e a realidade é que a última sempre vem com um número de variáveis que podem definir o sucesso ou o fracasso de um negócio. Então, se você acha que vale a pena conferir alguns conselhos de quem já sentiu na pele os desafios de abrir uma empresa, veja as dicas abaixo, compartilhadas por Khary Cuffe, fundador da produtora de vinhos Heritage Link, no site da Inc.
1. Abrir um negócio requer sacrifícios
Embora a afirmação seja um clichê, sua repetição nunca é demais. Nenhuma aula no mundo pode preparar alguém para o estresse físico, mental e espiritual que a abertura de uma empresa envolve. Acabam-se os horários de ir para casa, as férias e as horas de sono. A vida social e familiar fica mais limitada. Antes de começar a empreender, pergunte-se se está pronto para encarar tudo isso.

2. O sucesso raramente ocorre da noite para o dia

Esqueça histórias romantizadas, como as do Google e do Facebook. Elas são exceções. Empresas como Amazon e LinkedIn levaram anos até se tornarem lucrativas. Se você quer criar algo significativo, seja paciente, pois esse é um processo lento.
3. Se necessário, faça mudanças
Na maioria dos casos, é difícil manter-se extremamente fiel à sua visão original. É preciso estar atento e acompanhar as mudanças da economia e do mercado. Em vez de deixar fatores externos destruírem a sua ideia, aproveite a oportunidade para repensar o seu modelo de negócios e melhorar seus resultados.
4. Estratégias de vendas não podem ser ensinadas
Independentemente do seu público ou produto, é fundamental estar em contato direto com seus clientes para fechar um negócio. Você pode até aprender estratégias de vendas em uma sala de aula, mas o carisma de um bom vendedor é adquirido apenas ao longo dos anos.
5. Pense grande (mesmo que você seja pequeno)
Pensar em grande escala obriga o empreendedor a estabelecer metas ambiciosas e criar processos que viabilizem esse crescimento. Por outro lado, é importante conhecer as suas limitações para não crescer desordenadamente, dando passos maiores que as pernas. No final, tudo tem a ver com correr atrás do seu sonho dentro do seu próprio ritmo.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Empresa de um sócio tem baixa adesão na 1ª semana


  Isadora Brant/Folhapress  
O empresário Nilton Neres, que pretende transformar sua sociedade limitada em Eireli
O empresário Nilton Neres, que pretende transformar sua sociedade limitada em Eireli

PATRÍCIA BASILIO
de são paulo
 
Há quase uma semana em vigor, a Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) caminha a passos lentos. De segunda a sexta-feira, 41 empresas foram protocoladas -entre constituições e migrações de modelo- na Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo). No Rio de Janeiro, uma foi constituída.
Criado em 2011, o formato permite a empresários abrir negócio sem sócio e resguardar os bens pessoais ao separá-los do patrimônio social do empreendimento.
A adesão "inexpressiva" deve-se à demora na divulgação da regulamentação da lei -publicada em novembro de 2011- e à dificuldade para aplicá-la, pondera José Constantino de Bastos Júnior, presidente da Jucesp. "Faltou informação para o empresário. Esperamos para analisar as normas, mas elas só vieram no fim do ano", assinala.
O veto à abertura da Eireli por pessoas jurídicas, imposto pelo DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comércio), resultou em "esvaziamento" de interessados, diz.
Na prática, uma empresa ou um grupo não podem abrir uma Eireli para expandir suas atividades -apenas o empresário, como pessoa física.
A decisão, segundo Romulo Rocha, coordenador-geral do DNRC, "reflete o entendimento prevalente no meio jurídico e entre procuradores das juntas comerciais".
Alguns pontos ainda estão em debate. O Supremo Tribunal Federal deve analisar tópicos como o valor do capital social exigido (R$ 62,2 mil) e sua indexação ao salário mínimo (leia mais na página 2).
Com as indefinições, advogados e contadores aconselharam clientes a esperar a maturação do modelo. O advogado Rodrigo de Camargo foi um deles. "Só valerá a pena apostar na lei quando ela for definida."
AMADURECIMENTO
Esse também é o posicionamento do tributarista Miguel Silva. "Jogaram um balde de água fria vetando o que havia sido aprovado", diz ele, sobre a proibição de pessoa jurídica abrir Eireli.
Disposto a dar fim a uma sociedade de três anos em empresa de construção civil devido a desentendimentos com o sócio, Nilton Neres, 38, orientado por seu contador, decidiu esperar ao menos uma semana para migrar para a Eireli.
"Quero continuar meu trabalho sem pedir favor [para abrir sociedade] a ninguém."


Exigência de capital social adia inscrição
Valor mínimo de R$ 62,2 mil afasta quem gostaria de aderir ao formato
de são paulo
 
Para abrir uma empresa de tradução há dois anos, a professora de letras Damiana de Oliveira, 28, teve de constituir sociedade limitada. Sócia majoritária, deixou cota de 10% a uma amiga para cumprir as exigências da legislação.
Com a vigência da Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), a empresária pensou em migrar para o modelo. A ideia, no entanto, dissipou-se quando soube da necessidade de ter capital social de cem salários mínimos (R$ 62,2 mil).
"É uma exigência ridícula. Pequenos negócios como o meu não têm condições de acumular esse montante."
A dificuldade encontrada por Oliveira para acabar com o sócio fictício é comum entre micro e pequenos empreendimentos, segundo especialistas e órgãos governamentais ouvidos pela Folha.
Levantamento feito em setembro do ano passado com empresas registradas na Jucesp aponta que 15% delas dispõem de capital social para transformar-se em Eireli.
Com o reajuste do salário mínimo, que foi de R$ 535 para R$ 622 em 1º de janeiro deste ano, não passam de 14%.
"Apesar de o objetivo da lei ser acabar com os sócios-fantasmas, ela mesma traz limitações que inviabilizam o alcance da proposta", diz Leandro Cossalter, sócio da Macro Auditoria e Consultoria.
O alto valor do capital social existe para avalizar o pagamento de tributos, rebate Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
PESO FINANCEIRO
"O montante é pesado, mas acessível para o empresário que ter bom faturamento. Quem não tiver poderá aderir à sociedade limitada", sugere Santos.
Nas ligações recebidas pelo Sebrae (0800-5700800), questionamentos sobre o valor do capital social lideram o ranking, destaca.
"Se [o valor] não é exigido nos demais modelos, não há por que ser cobrado na Eireli, que é formada por um sócio e ideal para pequenas empresas", contesta Marcos Castro, sócio do escritório Castro e Hayashi Contabilidade.
Para aderir à Eireli, a A10TI, empresa de software para segurança virtual na qual Belmir Menegatti, 48, é diretor administrativo, contou com reserva financeira.
"O valor é alto, mas, como o dono tem outros negócios, não foi uma dificuldade", afirma ele, que constitui a Eireli em 9 de janeiro, dia em que a lei entrou em vigor.

Pronúncia correta
Apesar de a sigla Eireli ser pronunciada com ênfase na letra "e" (Ei-ré-li), a forma correta foneticamente deve destacar a letra "i" (Ei-re-lí), já que palavras terminadas em "i" ou "u" compondo sílaba com outra letra são oxítonas.

Lei que criou empresa de apenas um sócio entra em vigor hoje no país

Entra em vigor hoje a lei nº 12.441/2011, que criou a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), modalidade de pessoa jurídica que protege os bens pessoais do empreendedor.
A lei foi aprovada em junho de 2011 pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 11 de julho.
Constituída por um só titular, a Eireli garante a distinção entre o patrimônio do empresário e o patrimônio social da empresa, o que reduz de forma significativa os riscos para o empreendedor.
Caso a empresa passe por algum tipo de problema, como processos trabalhistas, somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas, sem que os bens pessoais do empresário sejam afetados.
Para constituir uma Eireli, é preciso capital social de, no mínimo, cem salários mínimos -R$ 62,2 mil em valores atuais- e as regras são as mesmas aplicadas às sociedades limitadas.
Até a aprovação da lei, o Código Civil previa apenas a figura do microempreendedor individual (MEI) -que, ao contrário da empresa individual limitada, responde com seu patrimônio pessoal por eventuais compromissos decorrentes da atividade empresarial.
Durante a tramitação do projeto, o governo argumentou que a nova lei contribuirá para aumentar a formalização, especialmente de microempresários que são resistentes a constituir empresas.
Outra vantagem apontada foi o fato de a modalidade acabar com as figuras dos sócios "faz de conta", que se associam aos empreendedores de fato apenas para cumprir a norma de que as empresas tinham de ter pelo menos dois sócios.
O nome empresarial deverá, necessariamente, conter a expressão Eireli, do mesmo modo como hoje ocorre com as sociedades limitadas (Ltda.) e as anônimas (S.A.). É proibido ao empresário individual de responsabilidade limitada figurar em mais de uma empresa da mesma modalidade.

(Priscilla Oliveira

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cinco resoluções de Ano-Novo para aspirantes a empreendedor

papo_resolucoesAs festas passaram, a ressaca, também, e é mais que hora de colocar em 2012 em prática. E, no começo do ano, muitas pessoas querem concretizar a resolução de começar um negócio novo. Mas por onde começar? Tony Navarro, fundador e CEO da Streamcal, que faz calendários inovadores para a web, dá algumas lições para os aspirantes a empreendedor. As dicas foram publicadas no site do Young Entrepreneur Council, organização sem fins lucrativos que reúne jovens e promissores empreendedores. Confira:

1. Faça uma lista de ideias. Quando Navarro conta para as pessoas que é um empreendedor, muitas respondem: “Eu também seria, se tivesse A ideia”. A verdade é que não é necessário ter um conceito revolucionário para começar um negócio. Se você quer mesmo ser empreendedor, você será conduzido pela oportunidade. Empreendedores procuram as ineficiências, os problemas e necessidades não resolvidos. Se você é mãe, terá insights sobre os cuidados com crianças. Se é um estudante, saberá economizar dinheiro. Mantenha um diário dos problemas, questione o status quo e escreva as ideias conforme elas vierem.
2. Pare de ficar pensando. Um grande passo para o empreendedor é aprender a dar o primeiro salto e colocar ideias em prática. No início, as dúvidas terão peso maior do que os fatos, os dados e as respostas. Vai funcionar? Por que ninguém fez isso ainda? O mercado é grande o suficiente? Todas são questões razoáveis e o ajudarão nos próximos passos. Mas elas não devem ser justificativa para a estagnação. Se você ficar preso nas ervas daninhas, não dará o salto.
3. Comece a fazer. Como se passa de um desenho em um guardanapo de papel para um produto? O único jeito é fazê-lo. Você pode mitigar riscos conforme obtém dados sobre a ideia. O feedback inicial é gratuito: fale sobre o produto com clientes e fornecedores. E não precisa ser um item finalizado – faça um protótipo ou uma simulação. Não se preocupe demais com a possibilidade de alguém roubar a sua ideia. Ao compartilhar o conceito, é mais provável que você encontre investidores.
4. Não seja impulsivo. Só comece a desenvolver produto quando estiver confortável com os fatos que você coletou sobre a ideia. Muitas pessoas começam a gastar dinheiro antes de validar o conceito. Mas lembre-se de que quanto mais você aprende, mais você progride. Se for contratar alguém para fabricar seu produto, faça uma investigação sobre o fornecedor. Tenha certeza de que ele é confiável e capaz.
5. Tenha paciência e coragem. Novos negócios encontram um número enorme de desafios, mas você é o maior obstáculo. Criar um negócio leva tempo, o que significa que você terá de se programar para uma longa jornada e se cercar de pessoas que possam apoiá-lo. Os empreendedores de maior sucesso aprenderam que uma casa é feita tijolo por tijolo, sobre uma fundação sólida. Ouvimos muitas histórias de sucesso repentino, mas há muito suor e lágrimas atrás da cortina.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Como se manter sempre motivado?

motivação

Sucesso, prosperidade e crescimento profissional foram alguns dos desejos feitos a cada ondinha no Ano-Novo. Mas como fazer para que esses pedidos não morram na praia? A revista Inc separou algumas estratégias simples que podem ajudar os empresários a não perder a energia, alegria e força de empreender durante o resto do ano. Elas podem parecer um pouco clichê, mas, quando aplicadas, podem tornar o cotidiano mais leve e produtivo. E falta de tempo não é desculpa. Separe um horário na agenda para investir na sua própria motivação pessoal e profissional. Trace um plano, firme compromissos com você e siga-os à risca.
- Mente sã, corpo são. Pensamentos positivos trazem benefícios para a saúde física. A recíproca também é verdadeira. Portanto, aposte em uma alimentação balanceada e na prática de atividades físicas sempre que tiver um tempinho na agenda.
- Afaste-se de pessoas negativas. Invejosos estão sempre de plantão, e a melhor coisa é manter suas ideias, sucessos e descobertas distantes deles.
- Motive as pessoas ao seu redor. Positividade é contagiante e pode tornar a sua equipe mais unida e preparada na hora de enfrentar dificuldades.
- Não se atenha tanto aos seus objetivos. Ao longo dos meses, as prioridades podem mudar. Seja flexível e não se apegue tanto a antigas ideias. Além disso, não se esqueça de arcar com as responsabilidades de suas ações, tanto as bem como as mal-sucedidas.
- Lembre-se das suas origens. Visitar uma casa antiga ou passar perto da escola que frequentava quando criança são ações que podem despertar lembranças importantes, fazendo com que você se lembre do caminho que percorreu para chegar até aqui.
- Não seja tão perfeccionista. Não há dúvidas de que querer que tudo saia perfeito é o que todo empresário deve ter em mente antes de iniciar qualquer projeto. Mas, como tudo na vida, o perfeccionismo em excesso atrapalha e faz com que a satisfação nunca seja alcançada. Aposte na excelência, e não no inatingível.
- Celebre seus erros. Não lembramos direito quantas notas boas já tiramos em nossa carreira escolar, mas daquele(s) zero(s) não esquecemos tão facilmente. É lá no fundo do poço que aprendemos as maiores lições. Saiba extrair o melhor de todas as situações, inclusive e principalmente das piores. E também não se deixe acomodar com o sucesso.
- Pense antes de falar. A máxima diz: não é por acaso que temos dois ouvidos e uma boca.
Incluir e praticar essas dicas no dia a dia pode aumentar a produtividade e a satisfação pessoal e atrair coisas boas para o negócio. Todo o resto, com o suor do trabalho diário, pode ser alcançado.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Os chefes também ouvem (quando querem)

ShutterstockQuando chegam às posições de comando, os executivos param de receber avaliações no ambiente de trabalho. Por um lado, eles não têm mais chefes, orientadores e coaches que façam isso. Por outro, os colegas e os subordinados adotam uma postura distante, entre outras coisas por medo de que críticas sejam mal-recebidas. Mesmo assim, as chefias precisam e até sentem falta de feedback. Quando as opiniões aparecem em avaliações anônimas ou outros momentos esporádicos da vida corporativa, os executivos costumam se surpreender com o que ouvem ou leem. Um professor de gestão empresarial da Harvard Business School (EUA) e autor de vários livros, Robert Kaplan, monitorou um executivo em sua busca de feedback entre os subordinados e o ajudou num processo árduo para destravar as opiniões de sua equipe. A experiência foi publicada pela “McKinsey Quarterly”.

O executivo em questão era o mais graduado de uma empresa farmacêutica de porte médio. Quando Kaplan perguntou com quem ele se aconselhava, respondeu com nomes de pessoas de fora da empresa. Kaplan retrucou: “Mas quem de fato observa seu comportamento regularmente e pode dizer coisas que você não quer ouvir?” O executivo não respondeu, mas deve ter entendido a pergunta. Apesar de resistir a ser avaliado pelos subordinados, ele também se queixava de não conseguir um consenso na diretoria da empresa sobre várias questões estratégicas.
Contra a vontade, ele aceitou “entrevistar” pessoalmente cinco de seus subordinados diretos, seguindo uma sugestão de Kaplan. Depois de gastar muito tempo para convencê-los de que ele estava genuinamente interessado nas respostas e que isso o ajudaria a tomar decisões, o executivo descobriu que era visto como alguém que raramente consultava os subordinados, não sabia ouvir, era “defensivo”, não compartilhava suas convicções sobre questões de interesse comum e conduzia reuniões como se fossem apenas para anunciar decisões, e não para discutir ideias. O executivo passava a impressão de ser criativo, brilhante como estrategista, mas ineficiente como administrador e líder.
Ouvir essas verdades amargas o levou a adotar algumas medidas sob a orientação de Kaplan: estabeleceu reuniões periódicas com cada um dos subordinados diretos para discutir suas discordâncias específicas, criou um jantar mensal entre as chefias para conversarem francamente sobre assuntos de trabalho e reviu seu modo de estabelecer relacionamentos, incluindo o jeito de emitir opiniões, fazer perguntas e ouvir a equipe. Finalmente adotou como rotina o “exercício do papel em branco”, pedindo a funcionários de todos os níveis que escrevessem textos a partir de perguntas como: “Se você tivesse que começar uma empresa do nada, que tipo de mercado procuraria?” Ou: “Que tipo de produto ofereceria?” Ou: “Que tipo de pessoa contrataria?” E assim por diante, abordando questões organizacionais cada vez mais complexas.
Segundo Kaplan, depois de tudo isso, a empresa conseguiu agilizar os processos de decisão, criar um ambiente mais crítico e criativo e aumentar a motivação dos funcionários.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Inovação acessível

Shutterstock
Recentemente, falei aqui no blog sobre a relação entre tendências e inovação e como esses dois conceitos podem significar coisas completamente diferentes. Entre os pontos abordados, acredito que deixei de falar sobre uma questão importante nessa discussão: a acessibilidade. Afinal de contas, ideias realmente inovadoras causam um grande impacto na vida das pessoas, certo? E quando falamos de pessoas, isso deve (ou deveria) estar inserido em um contexto mais abrangente, de sociedade.


Na área de tecnologia, em particular, isso faz mais sentido ainda. De que adianta criar novos gadgets e plataformas incríveis se o acesso é restrito a uma parcela ínfima da população? Um exemplo prático: no início do ano, uma pesquisa da GfK revelou que 57% dos brasileiros têm grande interesse em comprar um tablet, como o iPad. Mas o que impede que milhões de aparelhos sejam vendidos a cada mês, em vez dos 450 mil que saíram das lojas no primeiro semestre? A resposta é simples: preços altos e falta de acessibilidade.
Pensando nisso, me deparo com esse post escrito pela Zoe Fox, editora-assistente do Mashable, que levantou algumas ideias inovações de tecnologia que realmente podem causar um grande impacto em países em desenvolvimento. Dá uma olhada:
Aakash
Logo após o lançamento do Kindle Fire, da Amazon, o governo indiano anunciou o lançamento do Aakash, um tablet de apenas US$ 60 (US$ 35 para estudantes, com subsídio do governo). A ideia de inclusão digital será reforçada com a distribuição de 100 mil aparelhos para escolas e universidades.
One Laptop Per Child
O OLPC é um projeto que tem como objetivo produzir em larga escala o XO, laptops funcionais de US$ 200 (a ideia inicial era desenvolver uma máquina de US$ 100), distribuídos gratuitamente para a rede pública de ensino de países da África e da América Latina. Aqui no Brasil, a Unicamp é parceira da iniciativa.
Vodafone 150
Um aparelho celular que custa menos de US$ 15 e oferece as funções de chamadas, SMS e pagamentos mobile. Foi lançado em 2010 na Índia, na Turquia e em alguns países da África, causando um grande impacto na vida de pessoas que nunca haviam segurado um celular na vida.
SunSaluter
Vencedora do torneio Startups For Good, a empresa desenvolveu um projeto de fornecimento de energia solar de baixo custo para comunidades remotas. Desenvolvido por Eden Full, uma jovem estudante de engenharia da Universidade Princeton, o sistema custa apenas US$ 10 para ser implantado.


Como causar uma primeira impressão matadora

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Causar uma boa primeira impressão quando você é apresentado a um possível cliente ou parceiro é muito importante – principalmente porque você tem só uma chance para fazer isso. Mas como ter certeza de que as pessoas que você conhece vão pensar coisas boas? Para Vanessa Van Petten, especialista em pesquisas sobre inteligência social e emocional, o bom aproveitamento desses contatos inclui ser autêntico – os interlocutores sabem de cara que alguém está fingindo.
Ela também dá dicas de como começar uma conversa com o pé direito e garantir uma boa impressão. As sugestões foram publicadas no site do Young Entrepreneur Council, organização sem fins lucrativos que promove o empreendedorismo como uma solução ao desemprego e ao subemprego. Confira.

1. Determine as suas intenções. Isso é muito importante em eventos grandes, em que você vai conhecer muitas pessoas, como conferências ou festas. Antes de chegar ao local, reflita sobre o tipo de pessoa que você quer encontrar e que tipo de interação quer ter. Esse processo o ajudará a concentrar a sua energia no que é realmente importante.
2. Pense sobre seus ornamentos. Roupas, maquiagem, joias, relógios e sapatos são itens que as pessoas levam em consideração quando fazem julgamentos iniciais. Reúna suas roupas e acessórios e mostre-os para amigos em quem você confia. Pergunte o que eles acham. Muitos homens não percebem o quanto seu relógio pode dizer sobre eles. Para mulheres, bolsas e brincos vistosos podem alimentar determinadas avaliações. Certifique-se de que aquilo que você veste ou como você arruma o cabelo ou a maquiagem passam a mensagem certa para as pessoas que você vai conhecer.
3. Preste atenção na linguagem corporal. Essa é uma parte crucial das primeiras impressões e inclui desde a sua postura até como você anda e para que lado vira o corpo. Muitas vezes, simplesmente pensar na sua linguagem corporal já causa melhorias. Se puder, faça um vídeo de você andando por um ambiente. Algumas dicas para aprimorar essa linguagem são prestar atenção na direção para onde você aponta os pés, a posição dos seus ombros e o seu aperto de mão.
4. Evite os dias ruins. As pessoas que vão a coquetéis depois de terem passado por um dia ruim normalmente continuam tendo um dia ruim. Se você está de mau humor ou ansioso, outras pessoas vão perceber isso na sua expressão facial, nos seus comentários e na sua linguagem corporal. Se o dia está ruim, fique em casa! Se não der, encontre uma maneira de sair dessa nuvem negra. Faça exercícios ou assista a vídeos engraçados no YouTube. Isso vai melhorar o seu humor.
5. Seja interessado e interessante. Se você realmente quer conhecer pessoas e está aberto para aprender quem eles são, isso irá transparecer na primeira impressão. Nós todos já tivemos a experiência de encontrar alguém e saber instantaneamente que eles foram arrastados até lá por um amigo e não veem a hora de ir embora. Quando se aproximar de alguém, mostre um interesse genuíno em quem a pessoa é. Isso é contagioso, e você terá conversas melhores e contatos mais duradouros.