sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Orçamento – Como calcular o custo médio mensal de seu carro – Parte 1/2


Orçamento - Como calcular o custo médio mensal de seu carro - Parte 1/2Uma das práticas administrativas mais importantes, em se tratando de controle financeiro, é a construção de uma boa planilha de fluxo de caixa. Compreender, portanto, como essa ferramenta pode auxiliar no bom andamento de suas finanças pessoais é essencial.
Basicamente, o fluxo de caixa permite controlar suas entradas e saídas de dinheiro (diariamente, semanalmente e por ai vai), tendo grande utilidade no planejamento financeiro. O fluxo de caixa oferece visibilidade para o futuro e permite analisar melhor o passado.
Para maiores detalhes sobre o assunto, sugiro os seguintes artigos que já publiquei: “Entenda o Balanço Patrimonial e o Fluxo de Caixa”, onde explico a diferença entre ambos e “O segredo do sucesso financeiro”, que demonstra como o fluxo de caixa tem papel fundamental na construção de riqueza.
Quanto custa ter um carro?
Nesse contexto, o objetivo do presente artigo é apresentar um método que permite considerar as despesas relativas a um carro dentro de uma planilha de fluxo de caixa. A aquisição de tal competência técnica permitirá:
  • Auxiliar na tomada de decisão quanto à compra ou não de um carro;
  • Melhorar a análise das variáveis importantes na compra de um veículo;
  • Auxiliar no planejamento financeiro de forma a prevenir situações de endividamento devido a gastos com o carro.
Para que esse objetivo seja alcançado, um roteiro simples será seguido neste artigo. Primeiro, serão descritos 3 passos para que se possa calcular a despesa média mensal de um carro. Depois, esses 3 passos serão usados com o auxílio de uma planilha, disponibilizada gratuitamente para download. Finalmente, com o valor da despesa média mensal em mãos, será apresentado um vídeo demonstrando como incorporar esses gastos dentro de uma abordagem de fluxo de caixa:
Cálculo da despesa média mensal do seu carro em apenas 3 passos
O que será exposto a partir de agora é útil tanto para quem já possui um carro como para aqueles que pretendem comprar um veículo, sendo essa compra (ou intenção de compra) à vista ou financiada. Faça o download da planilha “Despesas Médias Mensais do seu Carro”, em Excel, e siga os passos abaixo para seu correto preenchimento. Obs: complete com valores apenas as células em azul.
Planilha ExcelPlanilha de Controle e Simulação de Despesas Mensais com o Carro - Criada pelo Prof. Elisson de Andrade, esta planilha permite o controle de todas as despesas relacionadas ao seu carro e ajuda a avaliar quanto, além do valor do próprio veículo, você precisará ter para mantê-lo em sua garagem.
Passo 1. Calcular a quilometragem média mensal e o consumo de combustível
Uma primeira informação para alimentar a planilha é saber quantos quilômetros se percorre (ou pretende percorrer), em média, por mês. Isso porque pessoas que andam mais com o carro certamente terão maiores despesas.
Uma sugestão de como proceder é zerar o marcador de quilometragem do carro e verificar, depois de uma semana, a distância percorrida. Com esse número em mãos, basta multiplicá-lo por quatro para obter uma estimativa da quilometragem percorrida por mês.
Porém, independentemente da forma desejada de medir essa variável, cabe salientar que quanto pior for esse cálculo, menos útil será o resultado final oferecido pela planilha, pois seus resultados não irão condizer com a realidade.
Com relação ao consumo de combustível, muitos motoristas sabem quantos quilômetros seu carro percorre com um litro. Porém, boa parcela das pessoas que possuem carro, ou querem ter um, não tem ideia desse valor. Cabe aqui uma breve explicação de como obter esse número:
  1. Complete o tanque do carro e zere o marcador de quilometragem;
  2. Depois de alguns dias, em que o tanque estiver novamente próximo à reserva, complete-o novamente e anote quantos litros foram colocados no abastecimento;
  3. Por fim, basta dividir a distância percorrida pelo carro durante esse tempo pelo volume de combustível abastecido.
O resultado será expresso conforme exemplo: 10 quilômetros por litro. Esse valor que será usado na planilha. Para aqueles que estiverem apenas na intenção de comprar um carro, uma saída é perguntar ao vendedor ou a um especialista. Por último, basta pesquisar o preço por litro do combustível utilizado no carro em um posto de gasolina.
Passo 2. Levantamento das despesas fixas (que não dependem da quilometragem)
Muitas despesas relativas a um carro não dependem da quilometragem. No arquivo em Excel de “Despesas Médias Mensais”, preencha os itens das despesas fixas em valores anuais. Isso significa, por exemplo: somar o valor total pago pelo seguro do carro e IPVA em dado ano, multiplicar por 12 a mensalidade do estacionamento e gastos mensais com pedágio e assim por diante.
Muito interessante também seria incorporar no item “OUTROS” uma expectativa de gastos com pequenos reparos, pagamento de franquias em caso de acionamento do seguro, eventuais multas de trânsito, dentre outros. Como são eventos incertos, é difícil chegar a um valor exato. Sugestão: dependendo do veículo, considerar um gasto estimado entre R$ 50,00 e R$ 200,00 por mês pode ser interessante.
Atenção especial ao preenchimento da “Parcela do Financiamento”. Seu valor já nos é informado ao mês, devendo ser inserido desta forma na planilha, sem transformação alguma. Para compras à vista, esse valor será zero.
Passo 3. Levantamento das despesas variáveis (que dependem da quilometragem)
Algumas despesas dependem da quilometragem, significando que quanto mais se usa o carro, maiores elas serão. A mais óbvia é o gasto com combustível. Na planilha, esse valor já aparece automaticamente, não sendo necessário seu preenchimento. As demais despesas variáveis, como troca de óleo, alinhamento, balanceamento, amortecedores e etc. necessitam ser informadas na planilha. Tais informações se referem a:
  • Quilometragem (km) em que ocorre a despesa. É necessário pesquisar os dados referentes ao seu carro, conforme os exemplos a seguir: a troca de óleo deverá ser feita a cada X quilômetros; a troca dos pneus a cada Y quilômetros; troca dos amortecedores a cada Z quilômetros etc. Tomando-se esses exemplos, os valores de X, Y e Z é que deverão ser preenchidos na planilha;
  • Valor do serviço prestado. Da mesma forma que no item anterior, é necessário levantar algumas informações, conforme os exemplos: cada troca de óleo custará X reais; ao trocar os quatro pneus serão gastos Y reais; a troca dos amortecedores custará Z reais etc. Usando dos exemplos, os valores de X, Y e Z são exatamente os dados que deverão ser preenchidos na planilha.
Importante: esses valores dependem de diversos fatores, que deverão ser estimados para o seu carro. Tente ser bem específico na sua pesquisa e levantamento de valores.
Resumo das despesas
Finalizado o terceiro passo, clique no botão “Ir para Resumo das Despesas”. O valor da “Despesa Média Mensal Total” é um somatório de todas as despesas médias mensais calculadas durante a planilha. Esse será o valor utilizado para o planejamento do fluxo de caixa, a ser demonstrado na segunda parte deste conteúdo (em um próximo artigo).
Uma segunda informação do “Resumo das Despesas” é a multiplicação da despesa média mensal por 24, dando uma ideia de quanto do seu fluxo de caixa será afetado em relação ao carro nos próximos dois anos. Cuidado para não cair da cadeira!
Continuamos nossos cálculos e análises com um vídeo explicando a aplicação da planilha, em breve outra postagem sobre  "Orçamento - Como calcular o custo médio mensal de seu carro - Parte 2/2" . Para tirar proveito do conteúdo, baixe a planilha e vá se habituando com ela. Até mais.
Foto de sxc.hu.

Confirmado: Carta de Correção em papel desaparece em 2012

A sistemática da Nota Fiscal Eletrônica sofreu mais uma alteração: a partir de 1º de julho de 2012 as empresas não poderão mais utilizar a Carta de Correção em papel para sanar erros em campos específicos da NF-e, conforme determina parte do Ajuste Sinief 10/2011 (*), promovido após reunião entre representantes do Conselho Nacional de Política Fazendária e da Receita Federal, no último dia 30 de setembro, em Manaus (AM), e publicado ontem (05-10) no Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com o professor Roberto Dias Duarte, diretor acadêmico e cofundador da Escola de Negócios Contábeis (ENC), a progressiva adoção dos meios eletrônicos em substituição ao papel é a essência do processo que envolve o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), do qual faz parte a NF-e.

Segundo o especialista, a chegada da Carta de Correção Eletrônica (CC-e) traduz-se em uma nova ferramenta, mais ágil e segura, para a regularização de transações comerciais com erros técnicos de procedimento.

"Mas as regras de validação da CC-e, tal qual ocorre com toda a NF-e, na verdade são sumárias e não garantem a plena conformidade fiscal tributária da operação", adverte. "Ou seja, uma CC-e poderá muito bem ser aprovada, mesmo que promova na transação comercial em si modificações incompatíveis com a legislação", esclarece.

Permanecem inalteradas, por exemplo, as circunstâncias em que ela não pode ser adotada, ou seja, modificação das variáveis que determinam o valor do imposto, tais como base de cálculo, alíquota, diferença de preço, quantidade, total da operação ou prestação; dados cadastrais que impliquem mudança do remetente ou do destinatário, assim como data de emissão ou saída”.

Autor do livro "Manual de Sobrevivência no Mundo Pós-SPED", 4ª obra da série Big Brother Fiscal, Duarte explica que tentar fazer com a CC-e o que muitos fazem hoje em relação à Carta de Correção em papel, ou seja, alterando indiscriminadamente qualquer campo do documento fiscal, poderá ser um péssimo caminho a seguir. “O fisco é implacável nesses casos", enfatiza o professor, lembrando que não mudam em nada as normas fiscais e tributárias vigentes, "mas apenas e tão somente a velocidade na propagação de erros e acertos", conclui.

O ESTRESSE E O PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE



 Os motivos são muitos, e incluem a alta complexidade das atividades desenvolvidas, grande fluxo de informações, prazos apertados para cumprimento de diferentes obrigações, necessidade de atualização contínua e pressão de clientes. 

Muito se fala sobre simplificação, mas essa palavra não faz parte do vocabulário conhecido pelo contabilista. Nos últimos anos, os profissionais da contabilidade enfrentam uma evolução nas suas atividades, e isso tornou muito complexa a sua atuação no mercado de trabalho. A tecnologia que deveria facilitar o trabalho desses profissionais trouxe ainda mais trabalho. De um lado eles têm o fisco, que altera a legislação a cada dia e aumenta significativamente o número de obrigações acessórias das empresas, do outro lado as empresas, no papel de empregadores ou de clientes, que tem uma expectativa crescente por respostas e qualidade dos serviços prestados pelos contabilistas, que estão no meio dessa tripla-relação. Quais são os efeitos de toda pressão sobre os contabilistas? Particularmente eu diria que a profissão contábil será uma das mais estressantes profissões dos próximos anos, colocando em risco a qualidade de vida e a saúde do profissional contábil. 

Com base em todo o cenário mencionado, muitos profissionais contábeis, já enfrentam uma carga excessiva de trabalho o que tem levado muitos a se afastarem de suas atividades por problemas relacionados com o estresse, transtornos de ansiedade e outros problemas emocionais. Diante de tudo isso, como podem os profissionais lidar com esse desafio? 

Primeiramente o modo como o profissional da contabilidade lida com os problemas que ele enfrenta é determinante sobre o seu nível de estresse. Entender claramente que ele está envolvido com o problema, mas que ele não é responsável direto pelo problema poderá amenizar o grau de desgaste pessoal. 

Estabelecer limites sobre a quantidade de horas de trabalho é outro fator importante. Obviamente o profissional contábil tem prazos a cumprir, isso exigem trabalho extra, mas a carga adicional de trabalho deve ser momentânea e não decorrente, de modo a evitar a estafa profissional.

A seletividade dos trabalhos e responsabilidades que ele aceitará, deve ser bem avaliado pelo contabilista. Assumir todos os serviços oferecidos pode ser um atenuante para a o estresse do profissional contábil, portanto ele deve dar desenvolver a habilidade de dizer não quando for necessário. 

Para um trabalho que é mentalmente desgastante, estabelecer intervalos na jornada e tornar o ambiente de trabalho adequado, por incluir atividades que dão prazer ao profissional ajudará a minimizar o desgaste físico e mental.