quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Independência financeira, trabalho e qualidade de vida

Independência financeira, trabalho e qualidade de vidaVocê parou para pensar por que trabalha? O principal objetivo para a maioria das pessoas é obter uma renda suficiente para pagar as contas e, se possível, sobrar algum dinheiro para coisas supérfluas ou até mesmo investir esse dinheiro.
Existe, entretanto, uma minoria que trabalha simplesmente no que gosta, onde o objetivo não é gerar renda para se manter. Muitas vezes até ganham um bom dinheiro com esse trabalho, mas essas pessoas acumularam um patrimônio que gera riqueza suficiente para bancar as despesas. Essas pessoas são financeiramente independentes.
O objetivo deste artigo é mostrar a importância de três metas fundamentais na vida de qualquer pessoa: conquistar a independência financeira, trabalhar com prazer e buscar qualidade de vida.

Invista para trabalhar menos e ganhar mais

Quando escrevi o artigo ‘Invista para trabalhar menos e ganhar mais‘, mostrei que devemos trabalhar não apenas para obter uma receita para se manter. Devemos nos preocupar em investir esse dinheiro para gerar riqueza.
Dessa forma, a rentabilidade obtida com esses investimentos diminuirá mensalmente a dependência do salário, a ponto de suprir totalmente a necessidade mensal para manutenção. Nesse ponto, você não dependerá mais do dinheiro advindo do seu trabalho para viver, tendo então liberdade para fazer o que realmente lhe dá prazer

Gastar menos ou ganhar mais?

Existem duas formas de acelerar o processo para alcançar a independência financeira: gastar menos ou ganhar mais. Apesar de não ser fácil fazer essa opção, gastar menos é sem dúvida a alternativa mais rápida. Quanto menos precisamos para viver, menor será a necessidade de rendimentos dos nossos investimentos.
O grande problema é que erroneamente interpretamos aumentos de salário como possibilidade de aumentar o padrão de vida, comprar um carro novo, mudar-se para uma casa maior. E não como uma excelente oportunidade de antecipar a conquista da independência financeira.

Qual o significado da independência financeira?

Enquanto muitas pessoas pensam que independência financeira significa aposentadoria, eu acredito que ser financeiramente independente é ser livre. Ter liberdade para trabalhar exclusivamente com o que gostamos.
Sou formado em Ciência da Computação, tenho muito orgulho da minha profissão (por sinal, ontem foi o dia do profissional de informática) e ainda trabalho na área. Mas descobri que minha grande paixão é a educação financeira, meu objetivo desde então é conquistar minha independência financeira para trabalhar exclusivamente com isso.
Há uma belíssima frase de Confúcio (muitos devem conhecê-la), que resume brilhantemente esse objetivo:
“Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida”
Na minha opinião, essa frase é 100% verdade. Trabalho diariamente pelo menos 12 horas por dia. Nunca trabalhei tanto. E tenho muito prazer nisso. Porque não sinto que trabalho. Sinto que me divirto. E tenho certeza que é nisso que quero trabalhar por um bom tempo, pois ainda tenho muito a fazer.

Não se esqueça da qualidade de vida

Você já parou para pensar quanto tempo dedica ao trabalho? Vamos pensar num horário padrão, de 8:00 às 18:00. De cara já “perdemos” 10 horas do dia por conta do trabalho. Se considerarmos que precisamos de, no mínimo, 30 minutos para ir ao trabalho e mais 30 para retornar para casa (quem mora em cidade grande, sabe que apenas 30 minutos é irreal), dedicamos pelo menos 11 horas diariamente para o trabalho.
Se você considerar que uma boa noite de sono dura 8 horas, sobrariam apenas 5 horas para se dedicar à família, se divertir com os amigos ou praticar um hobby. Isso é muito pouco! E se o trabalho não lhe dá prazer, é ainda pior.
Mesmo quando trabalhamos no que nos dá satisfação, ainda assim temos que nos preocupar com a qualidade de vida.
Ser rico, na minha opinião, é viver com qualidade de vida e acumular paulatinamente um patrimônio que gere rendimentos cada vez maiores para que eu dependa cada vez menos da renda obtida através do meu trabalho.

Conclusão

Todos nós somos livres para fazer escolhas e ter os mais diversos objetivos. Mas, na minha opinião, três objetivos são essenciais:
1.     Independência financeira. Quanto menos dependermos do dinheiro, mais livres seremos.
2.     Gostar do trabalho. Quanto mais gostarmos do nosso trabalho, menor será a sensação de perda de tempo.
3.     Qualidade de vida. Aproveite seu tempo da melhor maneira possível, tentando sempre estar próximo às pessoas que realmente são importantes para você.
Por fim, sugiro a leitura do artigo ‘Qualidade de vida e educação financeira‘.

Executar é mais importante do que ter boas ideias?

ShutterstockNovos empreendedores digitais estão cada vez mais encantados com os princípios da “lean startup”, cujo ponto principal é desenvolver produtos e lançá-los rapidamente para o público testar e indicar as correções a serem feitas.
Tanto que um de seus principais ideólogos, o norte-americano Eric Ries, está fazendo uma turnê pelos EUA para lançar seu livro “The Lean Startup”. O que os atrai é a possibilidade de enxugar custos e validar as mudanças com os consumidores.
Mas será que priorizar a rápida execução conta mais do que desenvolver ideias? O empreendedor norte-americano Ryan Healy acha que não, e conta por que neste artigo que escreveu para o Young Entrepreneurs Council.
Neste ano que passou, o mundo da tecnologia esteve bastante obcecado com a ideia da “lean startup”, um conjunto de princípios idealizados por empreendedores como Steve Blank e Eric Ries. É um mapa para startups desenvolverem, testarem e redesenharem seus produtos até chegar ao que é perfeitamente adequado para as necessidades do mercado
A ideia central é ser ágil e capaz de mudar a qualquer momento – se o produto não pegar, pense em algo completamente novo. Não discuta o próximo passo, só mande ver e analise os resultados, afinal, diz a nova sabedoria que ninguém é esperto suficiente para desvendar o que o público quer.
No entanto, há vários perigos nessa nova maneira de construir um negócio. Não acho que ideias não interessem e que a execução seja tudo. Uma ideia ruim não vai vingar, mesmo que a execução seja perfeita, e mudar para uma nova ideia fraca não vai levar ao sucesso.
Ideias são essenciais: empreendedores estão criando o futuro e precisam pensar em como desenvolver produtos que ajudem as pessoas, resolvam problemas, criem valor e, acima de tudo, sejam modelos replicáveis e escaláveis.
O custo e o tempo de desenvolvimento de um novo produto caíram acentuadamente nos últimos anos. Isso não quer dizer que o prazo e o trabalho duro acerca de uma nova ideia para o modelo de negócio tenham diminuído. Ao contrário: como é bem mais fácil colocar novos produtos no mercado, as ideias por trás deles ficam muito mais importantes.
Todas as startups que têm uma boa equipe de engenheiros estão no mesmo nível, do ponto de vista técnico. Assim, o ingrediente secreto são ideias bem desenvolvidas, inovadoras, que rompem com padrões e mudam as regras do jogo, como o Groupon, o Living Social e o Kickstarter.
Esvaziar a importância da ideia por trás de um produto faz com que seja mais fácil desistir se ela não decolar imediatamente. A maioria dos grandes produtos não são adotados imediatamente em grande escala, só depois dos ajustes certos.
Minimizar o valor da ideia permite ao empreendedor pular a parte do trabalho duro quando algo não funciona perfeitamente. Se ela vai resolver um problema importante, é provável que resulte em um negócio de sucesso se você for persistente e tentar executá-la de um modo inovador.
Peneirar um milhão de variáveis para achar um modelo de negócio é a parte mais dura de empreender – estou agora mesmo no meio desse processo. Não há atalhos, por isso a metodologia da “lean startup” não deve ser usada como desculpa para desistir quando aparecem as dificuldades.
Essas ideias devem simplesmente providenciar uma estrutura para criar um negócio do zero. Lembre-se: uma ideia existe antes mesmo de você criar um negócio. E é ela – ou uma variação dela – que sustenta sua empresa.