terça-feira, 10 de maio de 2011

Para Pensar...

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Imposto de Renda nos fundos de investimento em renda fixa: o famoso come-cotas

Posted: 09 May 2011 07:52 AM PDT
Imposto de Renda nos fundos de investimento em renda fixa: o famoso come-cotasAline comenta: “Navarro, sou uma investidora conservadora e tenho muito do meu capital em fundos de renda fixa. Fui alertada por um amigo sobre a cobrança de Imposto de Renda (IR) de forma semestral, em maio e novembro, mas não entendi bem como se dá o recolhimento. O valor é abatido das cotas? Esse é o tal ‘come-cotas’? Como funciona a cobrança de IR para os fundos de renda fixa? Obrigada”.
A cobrança de Imposto de Renda para os fundos de renda fixa é tema recorrente em eventos de finanças pessoais e investimentos. A maior parte dos investidores não se preocupa com a forma de cobrança, mas seu funcionamento merece atenção: a cobrança de IR dos fundos de renda fixa é feita semestralmente, de forma automática, independentemente da vontade do investidor.
O pagamento do imposto será realizado mesmo se não houver resgate de recursos por parte do aplicador. A cobrança ocorre no último dia dos meses de maio e novembro, por isso o tema sempre aparece com mais visibilidade nestes períodos. O texto de hoje explica um pouco melhor a prática tributária relacionada aos fundos de renda fixa e seu impacto geral.
Por que o apelido de come-cotas?
Come-cotas porque o recolhimento se dá por meio das próprias cotas que o investidor possui no fundo de renda fixa. Funciona assim:
1.    É feita uma simulação do resgate do capital aplicado no fundo. Este procedimento serve para calcular o rendimento do fundo no período;
2.    A quantidade de cotas é diminuída de acordo com o montante a ser pago a título de IR. É como se o investidor realizasse um resgate com o objetivo de pagar o imposto devido;
3.    Ao final, o valor das cotas não se altera. O que muda é a quantidade de cotas.
Quanto será descontado?
O come-cotas utiliza como referência a menor alíquota de cada tipo de fundo. Aqueles caracterizados como de curto prazo têm taxa de 20%. Os de longo prazo cobram 15%. As diferenças entre o IR cobrado semestralmente e aquele auferido quando do resgate são pagas quando o aplicador saca o dinheiro.
Na prática: suponha que você aplicou em um fundo de renda fixa de longo prazo, mas retirou o dinheiro depois de 10 meses (em que incide alíquota de 20%). A cobrança semestral será de 15%, valor mínimo para fundos do tipo longo prazo (sua escolha), mas a diferença será cobrada no momento do resgate (já que você não seguiu a regra do fundo escolhido). Assim, para evitar sustos com a rentabilidade líquida final é importante conhecer as características do produto que você contrata.
Todos os fundos pagam esse IR? Quem deve recolher o imposto devido?
De acordo com as regras tributárias vigentes, todos os fundos de investimento em renda fixa sem prazo de carência ou com prazo de carência superior a noventa dias devem pagar o imposto dessa forma. Todo o processo de simulação, cálculo e recolhimento do IR devido é feito pelo administrador do fundo (banco ou instituição financeira).
Por que o come-cotas é ruim?
Fica claro que há impacto na rentabilidade. Ora, o investidor não aproveita todo o capital poupado durante um ano inteiro, vendo diminuir seu montante investido – capital que é base para o cálculo da rentabilidade futura - a cada seis meses. Nas palavras de Ricardo Martins, diretor de renda fixa da corretora Concórdia, “o impacto sobre a rentabilidade se dá na medida em que o cotista fica impossibilitado de auferir essa rentabilidade sobre a parcela do come-cotas”. Leia mais em matéria especial da Folha de S. Paulo (para assinantes).
É possível fugir do come-cotas?
Não. Resgatar o dinheiro antes do último dia de maio ou novembro não fará a aplicação render mais. A razão é simples: o come-cotas nada mais é que uma antecipação do IR a ser pago.
Em um mercado que já passa da marca de R$ 1,7 trilhão em patrimônio, já é hora de rever a política de cobrança semestral. A Anbima (Associação Brasileira das Entidades do Mercado) já enviou uma proposta deste tipo ao governo, o que é muito interessante. A cobrança única, como já ocorre com os fundos de ações (alíquota de 15% sobre os lucros no momento do resgate), tende a atrair principalmente investidores de longo prazo.
Foto de sxc.hu.


Pequenas empresas inovam para reter seus talentos

SÃO PAULO - É uma disputa que muitos consideram difícil de vencer. De um lado, micro e pequenas empresas tentam reter seus bons funcionários; de outro, grandes corporações contam com dinheiro e benefícios mais do que atraentes para ganhar a batalha. Se essa era uma luta perdida, hoje as pequenas perceberam a necessidade de investir na retenção.
"As empregadoras menores têm fama de formar o profissional, mas não conseguir mantê-lo por não poder oferecer salários maiores", diz o consultor do Sebrae - SP Ruy Soares de Barros. "Mas há maneiras de manter o funcionário sem dar aumento."
Elaine Saad, gerente-geral da consultoria Right Management, concorda. Segundo ela, competir em valores é um erro, porque a chance de perder é alta, mesmo que, em média, a diferença entre o salário atual e o oferecido seja de apenas 10%. É hora, diz Elaine, de tirar vantagem do que só uma empresa de pequeno porte pode oferecer. "É possível compensar a remuneração mais baixa com tratamento único e especial para cada empregado", diz. Para o sócio da Recruiters, empresa de seleção de pessoas, Othamar Gama Filho, é preciso ser criativo e usar de persuasão.
"Crie um clima amigável na empresa, seja mais aberto na forma de comandar e deixe que os funcionários opinem sobre os rumos do seu negócio", sugere. Fora de caixa. Em 2007, a francesa Alexandrine Brami abriu a escola de francês Ifesp e contratou Pauline Charoki para ser professora, mas percebeu nela uma sócia em potencial."Ela tinha habilidades que eu não tinha, por isso propus a parceria", afirma Alexandrine. Entre a contratação e a sociedade, foram apenas três meses. "Senti que havia oportunidade para crescer e dei o máximo de mim", diz Pauline.
Hoje, a empresa conta com 15 funcionários - sendo seis professores - e uma política criativa de retenção. Os professores, que têm um perfil mais maduro, usam os contatos da Ifesp para conseguir "bicos" de tradução, o que é incentivado pela direção. O restante do grupo é composto de jovens que recebem projetos específicos para comandar dentro da empresa. "Lidamos com perfis diferentes de maneiras específicas. Os jovens, não querem estabilidade, mas desafios", diz Alexandrine.
Além disso, os demais empregados ganham bolsa integral de francês e também podem fazer críticas e sugerir ações toda sexta-feira, dia voltado ao debate.
Já a consultoria Plura, que trabalha na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho,foi radical para barrar o assédio a sua mão de obra especializada.
Para incentivar os empregados a permanecerem na empresa, oferece sociedade. "O funcionário passa por níveis e, se mostrar capacidade, é convidado a assumir a responsabilidade. É um plano de carreira que termina com ele dividindo o comando", conta o presidente da empresa, Alex Vicintin.
Dos 17 funcionários da Plura, 12 já são sócios e participam da divisão dos lucros, além do salário. "Alguns clientes já tentaram recrutá-los. Mas eles não saem. Estão comprometidos com a companhia", diz Vicintin. Na competitiva área de tecnologia, o gerente de projeto Raide da Silva, da Websoftware, arranjou uma forma simples de estimular a permanência de seus oito programadores na empresa.
Ao perceber que alguns moravam longe, ele organizou uma república perto da sede, com direito a transporte ao trabalho. Além disso, deu pequenos mimos no serviço, como máquina de café e lanches, e financia metade dos cursos na área. O resultado é claro: há um ano e meio, ninguém sai. "Estamos ajustados."