quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dinheirama Entrevista: Marcos Silvestre, Educador Financeiro e Economista


Dinheirama Entrevista: Marcos Silvestre, Educador Financeiro e EconomistaQuem não quer ficar rico? Pois é, mas o significado de riqueza é muito pessoal e subjetivo. A única certeza é que para atingir nossos objetivos e sonhos precisamos abrir as portas do conhecimento para a educação financeira e o aprendizado relacionado ao dinheiro. Como o tratamos, onde o investimos e se somos consumidores conscientes são alguns dos aspectos que merecem atenção.
Para tratar destes assuntos, conversamos com Marcos Silvestre, autor do best-seller "12 Meses para Enriquecer - O Plano da Virada" (Ed. Lua de Papel). Há 21 anos atuando como educador e planejador financeiro, idealizou na UNICAMP o PROF® (Programa de Reeducação e Orientação Financeira), conjunto integrado de programas em educação financeira pessoal, aplicados tanto individualmente a diversas famílias, quanto coletivamente aos colaboradores diversas organizações do país.
Fundador da SOBREDinheiro® Sociedade Brasileira de Estudos sobre Dinheiro, Marcos é também articulista e autor de guias utilitários, além de apresentador de coluna diária e do programa semanal "Na ponta do lápis" na BandNews FM, em rede nacional. Empreende o Projeto Tesoureiros do Reino®, iniciativa de ação voluntária em educação financeira solidária e é Diretor da Silvestre Educacional.
Trazemos mais uma entrevista exclusiva sobre os cuidados com o seu bolso. Não deixe de participar da promoção listada ao final do bate papo e faça contato direto com o Marcos pelo site www.oplanodavirada.com.br. Confira nossa conversa:
As mudanças econômicas no Brasil permitiram a ascensão de milhões de brasileiros a um novo patamar de consumo. A nova realidade acirrou o consumismo e a inclusão social pelas posses. Como tornar a educação financeira e o tema "planejamento financeiro" aspectos agradáveis e desejáveis em nossa sociedade?
Marcos Silvestre: Em uma sociedade de consumo – e o mundo globalizado é uma grande sociedade de consumo – todos desejam consumir. Consumir é bom, mas, para ser sustentável, o consumo tem que ser consciente, seja do ponto de vista ecológico, seja do ponto de vista das suas finanças pessoais. Os bons educadores e planejadores financeiros tem se esforçado para desenvolver abordagens pedagógicas cada vez mais leves, mais descomplicadas, até bem humoradas.
No entanto, cuidar bem do seu dinheiro – e cuidar de extrair o máximo de qualidade de vida dele – jamais será uma “brincadeira”, sempre demandará disciplina e comprometimento, partindo da noção bem realista (e sábia!) de que o esforço de planejar e gerir melhor seu relacionamento com o dinheiro é absolutamente imprescindível para determinar o quão boa sua vida neste mundo será (a sua e daqueles a quem você ama).
Mesmo quem não gosta de planejamento financeiro, mesmo quem considera esta área um “xarope amargo”, é melhor tomar sua dose se quiser preservar sua saúde financeira e material.
Quais são as principais características das pessoas bem-sucedidas financeiramente? O que o leitor mais jovem pode aprender com estas pessoas? Como colocar em prática tais lições?
M.S.: Quem se dá bem com dinheiro invariavelmente cultiva em sua vida quatro providências combinadas (a falta de uma delas comprometerá seriamente as outras três):
1.    Qualificar-se profissionalmente ao máximo, trabalhar e ganhar o máximo que conseguir (de forma ética!);
2.    Ter gastos mais econômicos, sempre enxutos e bem controlados, focados em seus verdadeiros objetivos de qualidade de vida;
3.    Ter dívidas mais prudentes, evitando assim o pagamento desnecessário de juros que achatam seu poder aquisitivo;
4.    Ter investimentos, e investimentos mais dinâmicos, para ganhar juros sobre juros (e de forma mais acelerada!), sem abrir mão da segurança, mas sempre acreditando que poupar e investir antes, ganhar juros durante, juntar e depois poder comprar à vista e com desconto é a melhor forma de “enriquecer” em sua vida financeira, a melhor maneira de extrair máxima qualidade de vida do dinheiro que – realisticamente falando – você conseguir produzir com seu trabalho nesta vida.
O orçamento doméstico é a ferramenta que auxilia no controle e previsão de gastos e receitas familiares. Quais os principais pontos que merecem atenção neste sentido? Há um limite ideal para o endividamento?
M.S.: É indispensável controlar seus diversos pagamentos na ponta do lápis (nas planilhas ou no programa de computador ou mídias móveis). Hoje em dia, a gente gasta dinheiro com muita coisa; se não controlar, perde de vista, e dinheiro “distante” é dinheiro “a perigo”. Então tem de controlar. Mas só controlar não basta! Se for para anotar todos os seus desembolsos e não mudar nada em seus hábitos de compra e consumo, bem como em suas decisões de dívidas e investimentos, é melhor nem registrar nada, porque será perda de tempo.
Por isso, quem estiver disposto a organizar o orçamento deve saber “planejar” + “executar o planejado” + “controlar o executado”. Daí, com bom senso e criatividade será possível gastar menos sem viver pior (vivendo até melhor!), liberando dinheiro bom para quitar dívidas preocupantes e iniciar investimentos dinâmicos. Planejar e controlar gastos é o princípio de um ciclo virtuoso no uso do dinheiro.
Dívida verdadeiramente boa, só há duas: a quem você nunca fez e a que você já quitou. Porque dívidas implicam em pagamentos de juros - e quem paga juros empobrece -, quando deveria estar enriquecendo seu poder de compra e consumo ao ganhar juros em seus investimentos. Assim, o planejamento e gestão de suas finanças pessoais devem sempre mirar uma situação (ainda que distantemente futura) de dívida zero.
"Ficar rico", "acumular um milhão de reais", "milionário", são muitas as palavras para definir um desejo de muitos jovens: ter muito dinheiro. Até que ponto esse anseio é saudável e como aproveitá-lo para tomar melhores decisões?
M.S.: Ter muito dinheiro para quê? Para viver bem! Então vamos mudar o foco: o objetivo final não está nos “cifrões” que você conseguir acumular, mas nos “sorrisos” que você puder dar e proporcionar a quem ama nesta vida (às vezes até quem você nem conhece, doando seu dinheiro a anônimos com boas causas humanitárias). O dinheiro deve ser um meio, um servo, uma alavanca para produzir sorrisos na vida da gente e no mundo.
Quem fica obcecado com os números perde o mais importante: cuidar dos gastos, dívidas e investimentos para que, com o dinheiro que você consegue realisticamente fazer no seu trabalho, possa cuidar de todos os seus pagamentos de forma harmônica. Em outras palavras, o foco deve ser a conquista de equilíbrio na relação com o dinheiro, distribuindo-o de forma balanceada entre suas diversas necessidades e preferências, sempre de acordo com suas possibilidades.
Se, para se realizar você acredita que é preciso juntar um milhão (ou dois, ou três...), e se der para se planejar para chegar lá, muito bem, vá fundo e faça! Mas planeje e gerencie seu dinheiro para poder viver bem. Conheço ricos multimilionários que não vivem bem, mas também sei de gente com renda bem modesta que toca sua vida material com dignidade e felicidade - e coleciona sorrisos. Entre ser feliz e ser rico, se não der para conciliar, fico com a primeira! E o dinheiro há de me ajudar nesta busca, sim senhor!
Uma das desculpas usadas pelo grupo dos não poupadores é a de que "economia é um assunto complicado". Afinal, qual a importância de estar bem informado em relação à economia nacional e mundial? Por que o jovem deve se interessar por isso?
M.S.: Não culpo quem pensa que “economia/finanças é complicado”. Hoje há na mídia excesso de informação, mas falta de explicação. Muito número, muito fato, mas pouco esclarecimento do verdadeiro impacto que tudo isso pode ter (ou não!) em sua vida financeira - e portanto em sua qualidade de vida (sim, ela depende também do trato com o dinheiro). Mas não pode ter preconceito: andar de bicicleta é difícil? Só para quem ainda não aprendeu... Pois vá aprender!
Então, selecione boas fontes, recorra a bons educadores, aprenda e veja que o “mundo das finanças pessoais” não é tão complicado, não. Tem mais: quando a gente domina, dá gosto de lidar direito com a coisa, porque é algo sobre o qual temos um controle positivo. Com finanças, não é diferente.
E quando os resultados deste “conhecimento aplicado” começarem a aparecer, você não desejará jamais voltar “às trevas” da fase anterior, quando ignorava realidades que vão chegar a seu bolso de uma forma ou de outra - e que seja sempre de forma positiva, mas isso depende de como lidará com cada situação, o que remete a conhecê-las e saber interpretá-las corretamente, para começar.
O que dizer aos leitores que desejam começar a investir, mas dispõem de pouco capital? É possível criar um plano de investimentos rentável e inteligente partindo de pouco dinheiro?
M.S.: Investir é sempre um ato enriquecer na sua vida, porque qualquer boa aplicação irá lhe pagar juros sobre juros e diminuir o sacrifício financeiro de se conquistar as coisas boas nesta vida. Se você aplicar R$ 200,00 na Poupança por 5 anos, terá investido 60 meses X R$ 200,00 = R$ 12 mil, porém colherá bem mais que isso: quase R$ 14.400, por conta dos juros ganhos sobre juros no período (R$ 2.400).
Muito melhor ainda será investir em algo tão seguro quanto, mas mais rentável, por exemplo, os títulos da dívida pública negociados através do Tesouro Direto: nesse caso, os R$ 12 mil virariam R$ 15.400, portanto R$ 3.400 de juros ganhos, R$ 1 mil a mais que na poupança, sem correr qualquer risco desnecessário.
E ainda há outras formas até mais dinâmicas de aplicar seu dinheiro, proporcionando ganho diferenciado sem correr riscos desnecessários (como o investimento em ações brasileiras de primeira linha.) Agora, eu lhe pergunto: qual o é o brasileiro que não consegue – se quiser e se planejar – guardar R$ 200,00 por mês? Até há famílias sem esta condição ainda hoje, mas felizmente já são minoria em nosso país.
Marcos, obrigado pela disponibilidade e parabéns pelo sucesso de seu trabalho. Por favor deixe uma mensagem final aos leitores do Dinheirama.
M.S.: Eu agradeço por demais o convite. Espaços sérios e dedicados como este são preciosos para a educação financeira do brasileiro! E quero deixar este recado final a quem nos lê: eduque-se financeiramente, transforme sua vida, não pense pobre, dê uma virada, cuide de passar a enriquecer de forma realista, explorando o melhor de suas verdadeiras possibilidades, sejam elas quais forem.
Cuide bem do seu dinheiro e ele saberá lhe dar o devido “ troco” em termos de uma qualidade de vida verdadeiramente diferenciada para suas possibilidade iniciais. Sucesso e até a próxima.
PROMOÇÃO E SORTEIO
Separamos dois exemplares de “12 Meses para Enriquecer - O Plano da Virada” para sorteio e queremos que você participe da promoção. Para concorrer ao livro, você precisa seguir o @Dinheirama e o @marcossilvestre no Twitter e enviar a mensagem abaixo a partir de seu Twitter pessoal:
#sorteiodinheirama Quer o livro “12 Meses para Enriquecer”? Siga @Dinheirama, @marcossilvestre e dê RT: http://migre.me/5NsdU
O sorteio acontecerá no dia 12/10, você tem duas semanas para participar. Quanto mais mensagens enviar, maior a sua chance de ganhar. Optamos por usar o Twitter para contar com sua ajuda na divulgação do @Dinheirama. Teremos mais resenhas e sorteios muito em breve. Participe e boa sorte!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Como crescer com poucos clientes

ShutterstockQuanto mais clientes eu tiver, mais chances a minha empresa terá de crescer e se estruturar. Certo? Bem, não necessariamente. Ter poucos clientes – mas os clientes certos – pode muitas vezes ser uma melhor solução. É o que mostrou um acompanhamento feito por dois pesquisadores, ao longo dos últimos seis anos, com 180 jovens empresas britânicas da área de tecnologia. A conclusão, publicada em um artigo no site da revista Inc, foi que as empresas que haviam se concentrado em apenas um ou dois grandes clientes tinham alcançado maior sucesso do que aquelas que apostaram em um portfólio pulverizado.


A ideia para a pesquisa nasceu ainda nos anos 90, quando uma das pesquisadoras, Helena Yli-Renko, notou uma tendência entre pequenas empresas finlandesas de telecomunicações em batalhar por contratos com a gigante do setor Nokia, deixando de lado outros clientes menores. “Por fim, o que descobrimos é que a dependência de um cliente-chave tem, de fato, um impacto positivo para que a carteira de clientes continue crescendo”, disse Helena à Inc.
Para isso, alguns fatos devem ser levados em consideração.
A quem interessa o seu cliente. A principal coisa a se considerar em um negócio que será baseado em apenas um ou dois clientes é quem são estes clientes. Fornecer produtos ou serviços para uma companhia de porte, seja uma Apple, uma GM ou uma Petrobras, garante reputação à jovem empresa no mercado. “As outras empresas pensarão: ‘se a GM usa esse cara, nós também podemos usar’”, explica Helena.
Bons clientes são grandes referências – e bons padrinhos. Fornecer para uma grande empresa pode ser também uma forma de conhecer novos contatos. Helena cita o exemplo de um jovem imigrante indiano que, ao abrir uma pequena companhia de desenvolvimento de sites em Nova Jersey, focou os negócios na exclusividade e conseguiu um contrato com uma das maiores companhias de TI da região. O resultado foi que a própria companhia o apresentou para outras áreas internas e para outros clientes também, ampliando assim os seus negócios.
Mais confiança, e menos burocracia. Um dos erros mais recorrentes que os pesquisadores notaram ao longo dos seis anos de pesquisa foi um afobamento dessas pequenas empresas conforme a dependência de seu cliente-chave cresce. “Os empreendedores tendem a se preocupar e a exigir mais e mais contratos”, disse Helena. “Isso é um erro. Claro que é importante estruturar boas bases contratuais, mas o bom gestor saberá construir uma relação na base da confiança.” Na prática, isso significa estar flexível a renegociar contratos e acomodar pedidos e exigências diferentes conforme a situação.
Encontre o equilíbrio perfeito. Ter um grande cliente é bom; mas depender apenas dele é perigoso, de fato – qualquer problema que ele venha a ter leva o negócio inteiro junto. Uma vertente mais ortodoxa de especialistas alerta para o fato de que é necessário equilibrar os esforços entre agradar esses clientes-chave, por um lado, e não deixar de alimentar outras fontes de renda, por outro. O ideal é que não mais que metade da receita venha de apenas uma empresa, por mais atraente e sólida que ela possa parecer.

4 dicas para uma reunião de sucesso

ShutterstockReuniões com membros da equipe, clientes, sócios ou mesmo investidores são, muitas vezes, eventos temidos por empreendedores e diretores. Afinal, pelo fato de esses encontros discutirem assuntos relevantes para o negócio e culminarem com uma tomada de decisão, um erro pode ser fatal para o desenvolvimento de projetos.  Para evitar problemas, é preciso que todos os participantes estejam preparados para esse tipo de encontro. Conversando com especialistas e lendo artigos sobre o tema, preparei abaixo quatro dicas que podem ajudar você, empreendedor, a obter sucesso nas famosas reuniões.

Quem são os participantes da reunião?
Conhecer o currículo e o perfil de todos os integrantes do encontro é fundamental para que o empreendedor consiga se preparar para o evento. Isso permitirá descobrir quais são os cargos e as características de cada um deles e fazer um estudo prévio de como argumentar com essas pessoas. É importante também escolher as pessoas certas para esse encontro. Uma boa reunião é aquela que permite o surgimento de novas ideias e o debate de importantes decisões para a expansão do negócio.
Qual a pauta da reunião?
Reuniões devem ser marcadas quando existem assuntos relevantes para serem discutidos. Isso fará com que os participantes envolvidos no evento se sintam motivados a estar presentes na hora certa e pelo tempo que for necessário. Para que todos conheçam o tema que será abordado ao longo da reunião, é necessário elaborar uma pauta para o encontro. Todos os integrantes devem ter acesso ao tema da reunião e estudar previamente a pauta para dar sugestões e opiniões consistentes e fazer indagações pertinentes.
Qual o período de duração da reunião?
A boa reunião é aquela que tem hora para começar e terminar. A definição e o cumprimento de horários são essenciais para que os participantes possam se programar com tranquilidade para o evento. Além disso, conhecer o tempo da atividade permite aos integrantes calcular o tempo médio que terão para expor suas ideias e comentários. Caso a reunião seja muito demorada, é de bom tom pensar em maneiras de descontrair os convidados e evitar o cansaço. Uma das formas é oferecer lanches e bebidas e alternar as falas com apresentações de vídeo ou slides, por exemplo.
Como registrar o conteúdo discutido?
Para poder colocar as ideias discutidas e elaboradas pelos participantes durante a reunião em prática, é essencial a presença de alguém cuja função seja a de registrar tudo aquilo que foi debatido. O ideal é que um dos participantes da reunião tenha apenas esse papel. Isso permitirá um registro total daquilo que foi discutido e evitará a perda de atenção dos demais membros do encontro.

O sucesso financeiro de seus filhos virá do conhecimento


O sucesso financeiro de seus filhos virá do conhecimentoComo educadora, tenho a satisfação de afirmar que o sucesso financeiro de seu filho(a) virá do conhecimento. O sucesso a qual me refiro está relacionado ao uso consciente do recurso “dinheiro” e suas implicações/consequências. A aprendizagem é o caminho mais eficaz para que seu pequeno se transforme em um adulto capaz de lidar com o dinheiro de uma forma inteligente.
O primeiro e inesgotável local de aprendizagem é o lar. Os primeiros e mais importantes mestres são e serão sempre os pais. Sabemos que o cotidiano familiar é extraordinário e complexo: muitas demandas, muitas surpresas e vários desafios. Os exemplos dados em casa são tão importantes quanto o ensino formal encontrado nas escolas.
Esse artigo é um lembrete carregado de reflexões para quem tem criança ou adolescente em casa. Em meio a tantas coisas e demandas, os pais ou responsáveis precisam estar atentos também às questões financeiras relacionadas ao universo infanto-juvenil. Sem essa de “dinheiro é assunto de gente grande”.
Para iniciar essa reflexão, é preciso voltar a uma conhecida afirmação de base: nossas crianças aprendem pelo exemplo. Assim, o primeiro passo é analisar como você e seu parceiro(a) lidam com as questões relacionadas a esse universo:
§ O clima costuma ficar pesado na hora de pagar as contas?
§ Estranham-se dentro da loja na hora da compra de algum produto?
§ Como anda a consciência ecológica da família?
§ Costumam fazer planejamento mensal ou das próximas férias?
§ Envolvem as crianças nesse planejamento?
§ Qual foi a última vez que levou seu filho ao supermercado e ele te ajudou na pesquisa de preços ou na escolha do melhor produto?
§ Seu filho(a) sabe usar o dinheiro da mesada? O que você faz quando a quantia acaba logo e ele pede mais?
§ A última festinha de aniversário deixou a sua conta corrente no vermelho?
Sempre as mesmas questões, não é mesmo? Ora, sem essa análise fica mais difícil traçar metas sustentáveis e manter uma boa qualidade de vida!
Depois de relembrar que seus filhos estão muito atentos a cada atitude sua, procure desenvolver a inteligência financeira deles através de conversas informais sobre conceitos como pagamento à vista, a prazo, descontos, renda, mensalidade e etc. Compare valores mostrando a relação custo-benefício, fale da importância de poupar e dos perigos do consumismo.
Faça isso dentro de um clima agradável e respeitando a idade de cada um. As explicações devem ser passadas para os menores de forma simples e. À medida que vão crescendo, os mesmos conceitos serão aprofundados gradativamente, por vocês (pais) e pela escola.
O estímulo aos conhecimentos financeiros provoca muitas surpresas agradáveis. Lembro-me que quando minha sobrinha tinha 10 anos ela apareceu com uma planilha de produtos, e os respectivos preços, feita especialmente para seu pai, que iria fazer uma viagem ao exterior. Ela não só fez a lista de pedidos como aproveitou a Internet para cotar os valores. Superdotada? Não. Esse comportamento é fruto do aprendizado obtido por ela desde pequena junto a seus pais!
Não adianta exigir atitudes maduras de seu filho, por exemplo, quando ele vai morar sozinho na época da faculdade. Não adianta ficar nervoso(a) quando a fatura do cartão de crédito dele é alta. Inútil pedir para que ele cuide bem do tênis novo, da mochila nova e que não desperdice comida. Eu pergunto para você: qual foi o modelo que ele assimilou nos primeiros anos da infância? Quais os valores que foram absorvidos a cada dia? Quais os ensinamentos financeiros e ecológicos que você transmitiu?
Somos falíveis. “Não foi possível ou não sabíamos da importância de cuidar da inteligência financeira de nossos jovens e crianças”. Ainda assim, com o tempo ele acabará aprendendo as melhores condutas e os comportamentos financeiros adequados, mas o caminho será mais difícil. Os erros, é claro, sempre ensinam.
O mundo cada vez mais exigente está aí e a vida precisa ser vivida com sabedoria. Nós, adultos, temos a grata responsabilidade de cuidar e formar o adulto de amanhã. Um adulto consciente e responsável formado sobre as bases sólidas do amor, carinho, compreensão e conhecimentos adquiridos em casa, na escola, nos livros e em sites qualificados. Enfim, um adulto inteligente e criado dentro do universo de saberes disponíveis.

Pimentel defende ampliação do Supersimples no Senado

Para o senador, o Projeto de Lei Complementar 77/11 amplia a formalização e em consequência a arrecadação e geração de empregos
Dilma Tavares
Bernardo Rebello/ASN
O relator do PLC 77/11, senador José Pimentel (PT/CE), durante reunião da CAE
O relator do PLC 77/11, senador José Pimentel (PT/CE), durante reunião da CAE
 Brasilia – “Os estados que são contrários à ampliação do Supersimples não entendem de economia nacional”, afirmou o relator do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/11, aprovado hoje pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, José Pimentel (PT/CE).

A declaração foi feita pelo senador durante análise do seu parecer na CAE, rebatendo os senadores Aloysio Nunes (PSDB/SP) e Lobão Filho (PMDB/MA). Segundo Aloysio Nunes, os governadores de São Paulo, Goiás e Maranhão estão preocupados com as perdas de arrecadação decorrentes da ampliação do Supersimples - o PLC ajusta em 50% as faixas de faturamento até o teto da receita bruta anual das empresas desse sistema especial de tributação. Lobão chegou a contestar informações sobre possíveis ganhos para os estados com as mudanças.
Pimentel lembrou os impactos positivos para os estados com o incentivo à formalização e consequente aumento de arrecadação tributária, além da geração de emprego. Ele explicou ainda que o projeto não altera a arrecadação do ICMS porque mantém os subtetos estabelecidos com base na participação de cada estado no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A avaliação é que mesmo aqueles com participação no PIB acima de 5% - para os quais vale o teto máximo do Supersimples - na prática, não terão perdas em virtude dos ganhos com formalização.

“Buscaremos amplo consenso para votar essas mudanças”, disse o Senador ao defender a aprovação do projeto sem alterações. A decisão, explicou, visa garantir urgência na aprovação do projeto e garantir a validade de boa parte das mudanças ainda em 2011, como a permissão para que empresas do Supersimples possam parcelar débitos junto à Receita Federal.
Além disso, o relator destacou que esses estados praticam largamente a cobrança do ICMS via substituição tributária de empresas do Supersimples, o que anula a redução do imposto dentro do sistema. “São Paulo teria é que devolver imposto, porque implantou a substituição tributária que neutralizou os efeitos do Simples”, disse.

A aprovação do projeto também foi defendida pelos senadores Armando Monteiro (PTB/PE) e Roberto Requião (PMDB/PR). “Todas as experiências indicam que as políticas tributárias de apoio aos pequenos negócios foram exitosas, houve multiplicação de empresas”, explicou Monteiro, ressaltando que a ampliação do Supersimples apenas corrige a inflação do período – já que a lei é de 2006 e, desde então, a tabela não foi atualizada.

Roberto Requião chegou a ser aplaudido ao rechaçar alegações de perda de arrecadação por parte dos estados. Para ele, trata-se de “visão burocrática e fazendária dos Estados” quando, na verdade, o incentivo tributário aos micro e pequenos negócios tem impactos positivos na economia. O senador lembrou que implantou o Simples quando governava o Paraná e também enfrentou resistências com alegações de que iria quebrar o governo estadual. “Os resultados mostraram o contrário com aumento de arrecadação, empregos e dinamização da economia”, completou.

Ganho até R$ 1.500 deve ser afetado pelo seguro-desemprego

Nova regra alcançaria trabalhadores cujas funções registram mais vagas disponíveis


DO "AGORA"

A nova regra do seguro-desemprego, que pode suspender o benefício caso o trabalhador recuse, sem justificativa, um emprego oferecido pelo governo, deverá afetar mais quem ganha até R$ 1.500 por mês, afirma Rodolfo Peres Torelly, diretor do Departamento de Emprego e Salário, órgão que pertence ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
O motivo é que os trabalhadores nessa faixa de renda é que hoje recebem mais o seguro e ocupam funções que têm mais vagas disponíveis em centros públicos de empregos, de onde o ministério tira as oportunidades recomendadas ao trabalhador.
Um engenheiro, por exemplo, que ganha R$ 6.000 por mês e fica desempregado, dificilmente será recolocado pelo programa do ministério. Se não houver vagas disponíveis para ele, o benefício será liberado normalmente.
Mas, para esse trabalhador, não vale a pena receber o seguro. Isso porque o valor máximo pago é de R$ 1.019,70, bem menos do que ele recebia na função anterior.
O valor mínimo do seguro-desemprego é de R$ 545, equivalente ao salário mínimo nacional.
A medida do ministério é para coibir fraudes. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical disseram, porém, que a medida é desarticulada e fere os direitos de liberdade de escolha do trabalhador.



 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Seguro para desempregado é limitado a ida a entrevistas

Até o fim do ano, regra valerá para todo o país


MARIA APARECIDA SILVA

DO "AGORA"

O governo federal criou novas regras para limitar o pagamento do benefício do seguro-desemprego.
Em São Paulo, já está sendo implementado o sistema: o trabalhador, quando for pedir o benefício, receberá até três cartas de recomendação de emprego. Se faltar às entrevistas ou recusar a vaga, sem justificativa, terá o seguro-desemprego suspenso.
Para recusar as propostas de emprego, que deverão ser compatíveis com a função do trabalhador e com salário igual ou maior que o anterior, o desempregado poderá alegar doença, que está fazendo curso profissionalizante (para exercer novo cargo) ou dificuldade de locomoção.
A nova regra começou a ser aplicada em setembro do ano passado na Paraíba e chegará a todo o país até o fim do ano, segundo o Ministério do Trabalho. Hoje, não há exigência de entrevista de emprego nem curso de qualificação para receber o seguro.
O tempo de liberação do benefício continuará de 30 dias após o pedido. Durante o recebimento, o trabalhador também poderá ser chamado para entrevistas de emprego.
O objetivo, segundo o Ministério do Trabalho, é coibir fraudes e facilitar a recolocação dos trabalhadores.
Segundo o advogado Paulo Sérgio João, da PUC-SP, há desempregados que atuam como autônomos só para se beneficiar da lei. As centras sindicais não comentaram.

Decisão sobre mudanças no Simples Nacional pode sair nesta terça-feira

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) retoma nesta terça-feira (27) o exame do projeto de lei complementar que reajusta em 50% as tabelas de enquadramento das micro e pequenas empresas no Simples Nacional (Supersimples), regime especial de tributação que possibilita o pagamento de diversos tributos por meio de alíquota única. A previsão é de que o reajuste passe a valer a partir de 1º de janeiro de 2012
Com outros aperfeiçoamentos na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a proposta do governo chegou ao Legislativo em agosto e foi aprovada rapidamente pela Câmara dos Deputados. No Senado, onde tramita como o Projeto de Lei da Câmara 77/11 - Complementar, o texto ainda terá de ser examinado em Plenário. Se aprovado, seguirá à sanção presidencial.  
Na semana passada, um pedido de vistaSolicitação feita pelo senador para examinar melhor determinado projeto, adiando, portanto, sua votação. Quem concede vista é o presidente da comissão onde a matéria está sendo examinada, por prazo improrrogável de até cinco dias. Caso a matéria tramite em regime de urgência, a vista concedida é de 24 horas, mas pode ser somente de meia hora se o projeto examinado envolve perigo para a segurança nacional. coletivo adiou o exame da matéria depois da leitura do relatório pelo senador José Pimentel (PT-CE). Ele rejeitou as dez emendas que haviam sido apresentadas à comissão, só incluindo uma alteração de sua própria iniciativa, para correta menção do Comitê do Simples Nacional (CGSN) no texto. Outras duas emendas foram apresentadas nos últimos dias e ainda estão sem parecer.  
Ao ler o relatório, José Pimentel esclareceu que rejeitou as emendas de mérito para evitar que o texto retornasse à Câmara, com atraso na aplicação dos benefícios previstos. No entanto, conforme explicou, as emendas serão consideradas em substitutivo do PLS 467/2008, que também altera a lei do Simples Nacional e que está sendo analisado pelo Plenário do Senado. 
O projeto já havia passado na Câmara dos Deputados deixando de lado emendas semelhantes, para atender outras demandas do segmento da micro e pequena empresa. Os deputados abriram mão de modificar o texto para que seu exame não fosse atropelado por medidas provisórias que estavam entrando em pauta. Porém, no acordo de líderes, ficou a promessa de que o Senado examinaria as alterações. Ficou de fora, por exemplo, a permissão para a entrada de novas categorias econômicas no Simples Nacional.
Novas faixas 
Com o ajuste de 50% nas tabelas de tributação, a receita bruta anual máxima para que as microempresas possam optar pelo regime simplificado passa de R$ 240 mil para R$ 360 por ano. Para a pequena empresa, a nova faixa de enquadramento irá de R$ 360 mil até o teto de R$ 3,6 milhões. O projeto também amplia o limite para o Empreendedor Individual (EI), de R$ 36 mil para R$ 60 mil anuais.  
Parcelamento 
O projeto também autoriza o parcelamento dos débitos tributários dos optantes do Simples Nacional, com prazo de até 60 meses A medida alcança tributos federais e também municipais e estaduais, como o Importo Sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em 2006, o regime simplificado foi aprovado sem assegurar o esperado parcelamento dos débitos.  
- Hoje, quando uma pequena empresa ultrapassa dois meses sem recolhimento de um dos impostos, ela é excluída e vai para a tabela de lucro presumido. Com isso, nem consegue pagar o que devia e nem sobrevive, indo a falência - explicou José Pimentel na semana passada. 
Substituição tributária 
Um dos pontos que ficaram de fora do texto foi a reivindicação para o fim da substituição tributária quando sua incidência afetasse micro ou pequena empresa. Utilizada especialmente pelos estados, a substituição permite a uma empresa do início de uma cadeia de sucessivas vendas - uma cervejaria, por exemplo - cobrar e recolher ao fisco o imposto devido pelo cliente.  
A substituição é considerada prejudicial quando o cliente é uma micro ou pequena empresa optante do Simples Nacional porque o ICMS recolhido pelo fornecedor terá de ser novamente pago como uma fração da alíquota única da tributação simplificada. É uma facilidade para a fiscalização e a cobrança do tributo que, na prática, representa bi-tributação para as micro e pequenas empresas ou desestímulo à adesão ao Simples Nacional.

Gorette Brandão e Iara Altafin / Agência Senado  

O sucesso tem perseverança, motivação, disciplina e muitos fracassos


O sucesso tem perseverança, motivação, disciplina e muitos fracassosPatrícia comenta: “Navarro, vejo por ai muitos livros que falam de como atingir o sucesso, como ficar rico e se dar bem na carreira. Ao mesmo tempo, vejo muita gente criticar esse tipo de obra. Para alguém jovem, que sonha e que entende que é preciso muita força pessoal para vencer, o que levar em conta? Por onde começar? O que ler? Obrigada”.
Particularmente, eu gosto das histórias de sucesso bem detalhadas. Em geral, histórias de sucesso bem contadas oferecem alguns ingredientes comuns: perseverança, motivação, disciplina e muitos fracassos. Vistas assim, essas palavras podem mesmo parecer artimanhas de mais um texto de autoajuda. Cuidado! Não se engane, esses diferenciais são raros e dependem muito mais de reações e decisões diante das circunstâncias que de uma “vontade extra de vencer” nascida diante de uma leitura qualquer.
Os desafios que enfrentamos
As razões para escolher entre os caminhos possíveis são pessoais; a necessidade de lidar com as consequências também. Falemos diretamente de dinheiro: quando você escolhe a compra de um novo bem ou produto, em hora errada e com condições comerciais ruins para o seu bolso, usa suas razões para justificar a compra, mas sabe muito bem que tipo de decisão tomou.
Em outras palavras, seu orçamento será prejudicado, você terá dificuldades para realizar outras metas e terá menos dinheiro ao final do mês. E você sabe disso. A partir daí, você terá, de modo forçado, que reavaliar suas prioridades – e fazer isso a contragosto não costuma dar bons resultados. Então, apesar de saber o que houve, é provável que você prefira esconder-se dos erros, usando desculpas esfarrapadas e discursos furados para sustentar sua situação.
A diferença está em encarar o problema
Depois de um começo pesado, tratando de problemas financeiros chatos, volto às histórias de sucesso. Experimente lê-las. Você vai perceber que errar é uma constante, mas há aprendizado e seguidas tentativas de vencer os desafios, fazer mais e sobressair. Existe um desejo genuíno de ser melhor (não confunda com ser mais rico ou ter mais). Diante de uma situação como a que descrevi parágrafos atrás, resta a você duas alternativas:
1.    Aceitar, enfrentar, mudar e insistir. Traduzir aprendizado assim parece querer complicar as coisas, mas a verdade é que não encontrei outras palavras para isso;
2.    Desistir, blasfemar e se endividar ainda mais. Afinal, tapar os olhos para o que acontece com você e sua família e parecer feliz é mais fácil e certamente traz conforto. Se esse estilo de vida é sustentável? A resposta você já sabe.
Vamos trabalhar as palavras que mencionei no início do texto?
Persistência
Ainda que o caminho não seja o apropriado (é difícil conhecê-lo de antemão), o bem-sucedido insiste e envolve mais gente em torno de suas metas. Ele não sabe bem onde suas ações vão dar, mas “paga pra ver” e arrasta um exército com ele. Ele não desiste. Ele persiste.
Motivação
As razões para continuar tão focado não vêm dos tapinhas nas costas dados por seus amigos e colegas, mas de seu próprio processo de tomada de decisões. O resultado só será conhecido se o compromisso de buscá-lo permanecer maior que as desculpas. Se quiser olhar de outra forma, pense que a energia para acertar ou errar é a mesma.
Disciplina
É nítida a relação entre conhecimento, prática e resultados. Um problema só encontra solução se sobre ele forem aplicados suor, lágrimas e muitas tentativas. Treino, formação continuada e muito trabalho resultam em um ser humano que faz muito mais que aquilo que esperam dele. Ele vai além porque se disciplina a enfrentar os perigos da rotina e da zona de conforto.
Fracassos
Algumas portas fechadas, tombos, recomeços e notícias ruins fazem parte do cotidiano de todos nós. Gosto muito de uma frase de Roberto Shinyashiki, autor do ótimo livro "Tudo ou Nada" (Ed. Gente), que diz que “desistir de mudar é muito mais fácil que decidir mudar”. Fracassar faz parte; sofrer também. As frustrações deveriam ser encaradas de forma tão natural quanto as vitórias – ambas fortalecem o caráter.
O recado final é simples: algumas coisas dependem realmente de você. Muitas outras dependem de como você reage e decide agir em relação às consequências daquilo que escolheu. Ou seja, quer encare isso como autoajuda ou não, você tem responsabilidades imensas para consigo mesmo e seu sucesso, seja lá o que isso signifique para você.
Faça uma reflexão sobre a situação de suas finanças. Você ainda acha justo culpar o baixo salário (ele sempre será baixo), as promoções/liquidações irresistíveis e seu desejo incontrolável pelos seus problemas financeiros e endividamento cada vez maior? Cômodo demais, mas nada prático, não acha?
Hora de começar a agir. Anotar receitas e despesas, negociar melhor, definir objetivos interessantes (capazes de motivá-lo), rever prioridades, poupar, ler e raciocinar mais. Ah, e não se apegue muito ao debate quente sobre o que é ou não autoajuda, isso só vai fazer você ler menos e ficar mais chata(0). 
Até mais.

Foto de sxc.hu.

Câmara aprova projeto que concede aviso prévio de até 90 dias

A Câmara dos Deputados aprovou projeto que concede aviso prévio de até 90 dias, proporcional ao tempo de trabalho. Atualmente, os trabalhadores têm direito a 30 dias.

A proposta, que foi votada pelo Senado Federal em 1989, segue agora para sanção presidencial. Ela regulamenta a Constituição Federal e estava parada na Câmara desde 1995.

A nova lei determina que seja mantido o prazo atual de 30 dias de aviso prévio, com o acréscimo de três dias por ano trabalhado, até o máximo de 60 dias. Ou seja, a partir de 20 anos de trabalho o empregado já tem direito aos 90 dias.
Segundo o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a proposta não é retroativa. Ou seja, o pagamento não deve ser estendido para aquelas pessoas que foram demitidas antes de as novas regras entrarem em vigor.
Aqueles que já estão no mercado de trabalho poderão usufruir do novo benefício. Vale tanto para o empregado que for demitido como para aquele que pedir demissão.

O que é investir?


O que é investir?Muito simples: investir significa colocar seu dinheiro para trabalhar para você. É uma forma diferente de pensar sobre como fazer dinheiro. A maioria das pessoas pensa que só podemos ganhar mais dinheiro através do trabalho. E é exatamente o que a maioria faz. Há um grande problema nisso: se você quer mais dinheiro, tem que trabalhar mais. Entretanto há um limite para a quantidade de horas por dia para trabalhar, sem mencionar o fato que ter um monte de dinheiro não é divertido se não tiver tempo livre para aproveitá-lo.
Como não é possível criar uma cópia de si mesmo para aumentar seu tempo de trabalho, você precisa enviar uma extensão de si mesmo – seu dinheiro – para trabalhar. Dessa forma, enquanto você estiver trabalhando, viajando, dormindo ou se divertindo, também está ganhando dinheiro. Colocar o dinheiro para trabalhar para você potencializa seus ganhos independente de receber um aumento, decidir trabalhar mais horas ou procurar por um emprego com melhor salário.

Opções de investimento

Há várias maneiras para investir. Você pode colocar seu dinheiro em ações, títulos públicos, fundos de investimento ou previdência privada (entre muitos outros), ou até mesmo abrir seu próprio negócio. O ponto é que não importa que método você escolhe para investir seu dinheiro, pois o objetivo é sempre colocar seu dinheiro para trabalhar para você e obter um rendimento extra. Mesmo parecendo uma ideia simples, esse é o mais importante conceito a ser entendido.

O que NÃO é investir?

Investir não é apostar. Apostar é colocar seu dinheiro em risco ao aplicá-lo num investimento incerto com a esperança que você ganhe dinheiro. Parte da confusão entre investir e apostar vem da forma como algumas pessoas fazem seus investimentos. Exemplo: comprar ações de uma empresa que você nunca estudou e sem ter conhecimento sobre esse mercado é essencialmente a mesma coisa que fazer apostas num cassino.
Para investir, você precisa participar de alguma forma. Um investidor “de verdade” não joga seu dinheiro num investimento qualquer; ele realiza uma análise consistente e só “arrisca” parte do capital se houver uma razoável expectativa de lucro. Sim, ainda há risco e não há garantia de retorno, mas simples fato de ter analisado o investimento permite minimizar os riscos e maximizar a expectativa do retorno.

Por que investir?

Obviamente todo mundo quer mais dinheiro. É fácil entender porque devemos investir. Afinal todos querem aumentar a liberdade financeira, sentir-se seguro em relação ao dinheiro e ter capacidade de comprar coisas que queremos na vida.
Entretanto, investir está se tornando uma necessidade. Os dias em que as pessoas trabalhavam no mesmo emprego durante 30 anos e se aposentavam com um provento bem gordo se foram. Para boa parte das pessoas, investir não é apenas uma ferramenta de ajuda, mas a única maneira de se aposentar e manter o padrão de vida atual.
Algumas pessoas não querem acreditar, mas o modelo existente de previdência social do Brasil (e resto do mundo) está falido. O rombo do INSS cresce anualmente e o governo vem “tampando” com o dinheiro arrecado agora. Nossas contribuições estão pagando as aposentadorias dos nossos pais. E quem vai pagar as nossas?
Cada vez mais a responsabilidade do planejamento para aposentadoria está sendo deslocado com governo para os indivíduos. Há muita discussão sobre até quando a previdência social conseguirá atender aos contribuintes. 10, 20, 30 anos? Mas por que arriscar? Ao planejar sua aposentadoria, você pode garantir estabilidade financeira para esse período. É bem melhor que contar com a sorte.
Nota: a principal fonte para esse texto foi o artigo “What is investing?” (texto em inglês), da Investopedia.

Saúde e dinheiro: como fica o bem estar físico, mental e financeiro?

Saúde e dinheiro: como fica o bem estar físico, mental e financeiro?Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a definição da saúde é um estado completo de bem estar físico, mental e social. Essa definição já gerou algumas críticas, pois não gera “metas” a serem atingidas. O raciocínio por trás da polêmica é simples: o que para alguns pode significar o ápice do bem estar, para outros pode ser só o começo.
Existe, também, uma segunda definição, criada pela própria OMS, que pode ser considerada mais tangível: “A medida em que um indivíduo ou grupo é capaz, por um lado, de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o meio ambiente”. A saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida diária, não o objetivo dela; abranger os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas, é um conceito positivo.
Bom, quando se fala de recursos, nós temos os recursos naturais, como a terra em que podemos plantar, nossos recursos (nossa saúde e disposição para realizar as tarefas) e o recurso criado pelo homem, que se chama dinheiro. Segundo o último censo, 84% dos brasileiros vivem em áreas urbanas – logo, não deve sobrar muito espaço em seus apartamentos ou casas para se plantar alguma coisa.
Só sobra realmente o recurso do dinheiro para satisfazer suas necessidades (algumas básicas, como comer e ter onde morar). E assim ter saúde, que é um recurso para a vida diária. Assim, fica mais óbvia a chance de fecharmos um ciclo, que seria de saúde, dinheiro, nossas metas sociais, saúde...
A falta de dinheiro pode causar um rompimento nesse ciclo. A maneira com a qual lidamos com esse recurso é de grande importância para o nosso bem estar. As empresas, através de seus departamentos de Recursos Humanos, além de se preocupar com a saúde e o ambiente de trabalho onde seus funcionários passam a maior parte do dia, já começam a se preocupar com a saúde financeira de seus colaboradores. Ter uma “dieta” saudável com o dinheiro e tão importante quanto ter uma boa dieta alimentar (dieta não precisa significar corte, mas sim equilíbrio).
É comum encontrarmos muitas pessoas que não tem um plano para o seu recurso, que são elas mesmas. Só precisam de sua saúde para levantar, trabalhar, cumprir suas tarefas e pronto. Daí, de repente, o corpo começa a emitir sinais de desgaste, de “falta de uso” de algumas partes. Quem nunca ouviu a famosa frase “problema de junta”, que todos dizem na primeira lesão?
Alguma semelhança com o dinheiro? Mera coincidência? Eu diria que é difícil formular uma pergunta tipo “a falta de saúde gera a falta de dinheiro?” ou “a falta de dinheiro gera a falta de saúde?”.
Em nossa sociedade tão ligada ao social de cada um, onde cada dia mais as pessoas gostam de usufruir do recurso “dinheiro” sem realmente possuí-lo (através de créditos, financiamentos e parcelas), fica o alerta para parar, refletir e, quem sabe, começar uma dieta voltada para o seu bem estar.
Procure olhar a questão a partir de uma ótica mais objetiva: se um dia o recurso “dinheiro” faltar, como vai ficar a sua saúde?

Foto de sxc.hu.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Crédito Consignado: uma boa ideia que se tornou um grande problema


Crédito Consignado: uma boa ideia que se tornou um grande problemaAfirmar que o brasileiro ainda tem dificuldades em lidar com o crédito é “chover no molhado”. Muitos acreditam que o crédito faz parte da renda e trabalham com os valores do dinheiro emprestado somados à sua receita líquida real para fechar o orçamento. Ao utilizar o crédito dessa forma, mais cedo ou mais tarde uma bola de neve se formará – muitos só percebem o perigo quando ela fica gigantesca e incontrolável.
Um dos tipos de crédito que mais cresce é o chamado Crédito Consignado, uma linha de crédito criada durante o governo Lula. Ofertas acessíveis e mais baratas de crédito eram concedidas a partir da garantia do débito diretamente na folha de pagamento das empresas. A certeza de pagamento era maior (risco de inadimplência muito mais baixo) e os juros mais civilizados.
Uma ótima ideia na teoria, mas um “terror” na prática
Claro que a ideia é muito bem vinda, em um país como o Brasil, onde os juros são tão altos, ter a disponibilidade de linhas mais baratas significou um grande avanço. O grande problema começou a surgir quando a facilidade dessa linha crédito se chocou com a necessidade das pessoas em tomar o empréstimo.
As pessoas começaram a utilizar o empréstimo consignado para consumir bens e produtos dos mais variados tipos. Começou a ser comum o empréstimo ser utilizado para troca de celular, compra de TV nova, viagens e todo tipo de consumo. Um dinheiro mais barato que, apesar da burocracia, permitia comprar mais e mais coisas.
Outro ponto está relacionado ao quanto cada pessoa pode usar dessa modalidade de crédito. O empréstimo consignado oferece bons valores de crédito, além do que vários empréstimos eram concedidos à mesma pessoa. A prática se transformou em problemas para muitas famílias: quase como uma corda para o enforcamento.
Como anda a educação financeira nas empresas?
Em pouco tempo, as empresas começaram a perceber que o empréstimo consignado estava se tornando um verdadeiro problema, já que gerenciar a lista de empréstimos e a velocidade com que mais e mais funcionários o solicitavam é atribuição também dos departamentos de Recursos Humanos.
Com o endividamento, a produtividade caiu e mais problemas começaram a surgir. Um funcionário com problemas financeiros tem seu desempenho totalmente comprometido. A situação pode ser comprovada em qualquer grande empresa que queira falar abertamente sobre o crédito consignado.
Muitas empresas decidiram criar programas de educação financeira para orientar os funcionários, valendo tanto para aqueles que se interessavam em pedir e usar linhas de crédito, quanto para o grupo daqueles que já estavam terrivelmente comprometidos com diversos empréstimos.
A edição de setembro da Revista Você S/A mostra o exemplo do Hospital Santa Paula, em São Paulo. Segundo a revista, após a implementação do programa de educação financeira, a utilização do crédito consignado pelos funcionários caiu pela metade. Trata-se de um exemplo a ser seguido.
Ganhos x gastos: o que realmente faz a diferença?
O fenômeno registrado pelo Hospital Santa Paula e descrito na revista mostrou que, mesmo com bons salários, a falta de planejamento para a realização dos sonhos de consumo resultava em péssimas escolhas, que logo se traduziam em dívidas. O funcionário via no crédito consignado a chance de “cobrir” os problemas e seguir em frente.
Infelizmente, apenas algumas empresas adotam o programa de educação financeira como beneficio para seus funcionários. A grande maioria, mesmo sabendo do “tamanho da encrenca” em que seus funcionários se meteram, ainda não despertou para essa necessidade. Atenção empresários, é hora de acordar!
Outros que sofrem com a má utilização de crédito e a baixa renda são os aposentados, que também se utilizam do crédito consignado para manter as contas em dia ou mesmo para o consumo. De acordo com a Previdência Social, no primeiro semestre de 2011 cerca de 6 milhões de aposentados e pensionistas solicitaram acesso à linha de crédito, um número 8,7% maior do que o mesmo período em 2010.
Crédito, uma ferramenta para ser usada com inteligência
A lição que fica é nossa população ainda é extremamente carente de informações sobre a utilização das ferramentas financeiras disponíveis. Faltam conhecimentos mínimos, sem os quais boas ideias se transformam em verdadeiras armas. O crédito, mesmo o consignado, ainda é muito caro se compararmos com a boa parte do mundo. Logo, manter a realização de nossos sonhos apenas com dinheiro dos outros pode tornar o sonho um pesadelo.
Lidar mais tarde com a frustração da dívida e os problemas para voltar as ter as finanças em dia é uma experiência muito pesada, que exigirá muita disciplina e controle emocional. Sempre há saída, mas em se tratando de crédito, o melhor é não abusar e evitar o caminho mais fácil e rápido.
Imagine uma criança com um martelo na mão. Para quem sabe o que fazer, utilizar uma ferramenta assim pode ser extremamente importante. A criança terá problemas e poderá se ferir gravemente. Esse é o resultado que o crédito acaba levando para dentro de muitos lares brasileiros.
O crédito consignado pode ser uma alternativa inteligente para quem tem dívidas com juros maiores ou para quem precisa de um valor a ser usado em uma emergência. Caso contrário, o melhor continua sendo planejar suas finanças e guardar dinheiro, sempre respeitando os seus limites de renda.
O que você pode fazer para mudar esse quadro?
Se você é empresário, pense com carinho na possibilidade de criar um programa sério de educação financeira. Se você é funcionário, passou por esse problema e quer evitar que outras pessoas também sofram essas situações, converse com um contador.

Conte com a CredConf Contabilidade.