sexta-feira, 29 de abril de 2011

Receita fecha escritório de fraudes

RIO DE JANEIRO. A Receita Federal desarticulou uma quadrilha acusada de fraudar declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IR) para obter restituições indevidas. As investigações, que resultaram na Operação Triplo S, duraram seis meses e detectaram indícios da fraude praticada por um escritório de contabilidade na praça central de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Segundo a Receita, os fraudadores atraíam os contribuintes com promessas de restituições elevadas ou exclusão da "malha fina". Eles informavam na declaração de seus clientes despesas dedutíveis que não ocorreram, obtendo, com essa prática, valores indevidos de restituições. Em troca recebiam um percentual da restituição.

Segundo a Receita, no escritório trabalhavam cinco pessoas que agiam juntas e serão investigadas pelo crime de formação de quadrilha. Ainda segundo a Receita, a quadrilha enviou quase 7.000 declarações desde 2009. Só ontem, o escritório teria enviado 111 declarações.

Por causa da fraude, diversos clientes do escritório serão chamados para serem fiscalizados e muitos poderão ter suas declarações bloqueadas até que passem por análise. 

Como sincronizar o seu marketing no mundo real e no virtual

Posted: 11 Apr 2011 01:34 PM PDT
Hoje em dia é impossível pensar em uma campanha de marketing sem planejar suas ramificações no mundo on-line: quais serão suas contrapartes no mundo virtual, qual será seu papel nas mídias sociais, etc.
O site HubSpot escreveu uma artigo para o Mashable, outro site que deve ser leitura obrigatória para qualquer empreendedor, dando algumas dicas sobre como sincronizar o marketing nesses dois universos. Confiram algumas:
Crie uma mensagem unificada
Segundo Grant Powell, CEO da agência Pomegranate, tudo começa com uma mensagem unificada. Sem essa base forte, você pode ser o quão criativo você quiser, e gastar quanto dinheiro possuir, mas sua campanha vai parecer desconjuntada no melhor estilo Frankenstein. Grant sugere a criação de um único, consistente e conciso guia de comunicação para ser aplicado a todos os meios envolvidos.
Tenha certeza de que tudo apareça primeiro no universo on-line
O universo virtual é uma boa oportunidade para você criar momentum para sua campanha em outros meios. Comece, portanto, dando pistas ou iniciando o marketing pela internet, em redes sociais como o Facebook. Há uma audiência social na internet bem maior do que aquela que irá presenciar sua campanha fisicamente, no mundo offline, esperando para poder compartilhar suas opiniões com outras pessoas.
Compartilhar é essencial
Muitas pessoas não poderão estar presentes para presenciar uma representação física e ao vivo de suas campanha. Ainda assim, pessoas que estiverem vão querer compartilhar isso com elas, portanto deixe claro por que meios elas poderão fazer isso. Determine os canais digitais que você quer que sua audiência use para conversar entre si dentro de sua campanha. E faça com que eles os conheçam com antecedência. Nisso, tudo vale: compartilhar por celular, Twitter, Facebook, etc.
Para ler o artigo original (em inglês), clique aqui.

A importância das mídias sociais

quarta-feira, 27 de abril de 2011

"Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..." (Fernando Pessoa)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Dicas de Feng Shui para montar o seu home office

Posted: 25 Apr 2011 12:59 PM PDT
Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock
Quer um ambiente mais harmonioso para trabalhar de casa? Quem sabe o Feng Shui não ajuda. Antes de montar o seu home office, veja as dicas abaixo, listadas no site da revista americana Inc.
Escolha o ambiente certo
Os adeptos do Feng Shui acreditam que a energia flui a partir da porta da frente e se espalha para o alto depois. Sendo assim, o melhor local para montar o escritório dentro de casa é relativamente perto da porta de entrada, no mesmo andar ou em algum piso acima.
Olhe quem entra
Assegure-se de colocar a sua mesa de trabalho não diretamente em frente à porta, mas olhando para a entrada do cômodo. Nem pense em posicioná-la de frente para uma janela ou parede. O canto mais longe da porta é o melhor local, assim você pode ver a sala inteira. Se o ambiente for muito pequeno e você precisar colocar a mesa de frente para a parede, a sugestão é colocar um espelho bem na sua frente. Assim você pode ver quem entra na sala e diminui uma possível sensação de aprisionamento.
Determine o seu elemento
Há cinco elementos no Feng Shui: madeira, fogo, terra, metal e água. Você deve incorporar todos esses elementos no seu home office de alguma forma. Para criar o ambiente ideal, dê mais ênfase aquele que melhor representa a sua personalidade e o setor da sua empresa. Para ajudá-lo na descoberta de qual é o seu elemento, lembre-se do seu local preferido para passar as férias. Praia ou montanha? E veja qual dos cinco elementos se encaixa melhor ali.
Inspire-se com a madeira
A madeira promove a criatividade e simboliza a lealdade. Tenha pelo menos um objeto deste material no seu escritório. Pode ser a mesa de trabalho ou um painel de parede. O melhor local para colocá-lo é no canto oriental da sala. As cores verde e marrom são as que melhor representam este elemento. São recomendadas para pessoas que trabalham com investimentos, direito ou área médica e querem confiança e oportunidades. Pintar o escritório ou a mesa nesses tons vai gerar motivação, inspiração e boa saúde.
Produza mais com o fogo
O fogo tem muita energia e deve ser usado para aumentar a ação e a produtividade no escritório. Naturalmente, o vermelho é a cor associada a este elemento. Deve ser usada em escritórios multi-coloridos, recomendados para artistas (para impulsionar a criatividade) e terapeutas (para atrair um leque maior de pessoas). Se o vermelho não ficar bom na decoração do seu home office, uma luminária ou uma vela pode solucionar a questão. Mas assegure-se de posicionar o elemento fogo no canto sul da sala.
Estabilize-se com a terra
Tons de terra, como os marrons leves, amarelos, laranjas e beges, são os que melhor representam este elemento. São recomendados para escritórios de advogados e de contadores, para promover concentração e prosperidade. Use no seu home office materiais feitos de argila, tijolo ou cerâmica ou tenha quadros de paisagens nas paredes. Este elemento deve ser posicionado no centro do escritório.
Enriqueça com os metais
O metal indica sucesso financeiro. Mas antes de construir um escritório de aço, entenda que o excesso de qualquer um dos elementos pode criar desarmonia. Prata, cinza, ouro e qualquer outra cor metálica remetem a este elemento. Objetos de pedra, ouro, cobre, prata ou mármore se encaixam aqui e darão um toque bem profissional ao seu home office. Posicione este elemento no canto ocidental da sala.
Comunique-se melhor com a água
A água é o elemento da comunicação e das oportunidades – essencial para qualquer escritório. Esse elemento promove networking, viagens e aprendizagem. Azul e preto são as cores mais associadas e devem ser usadas em escritórios acadêmicos ou estúdios de artistas para promover a concentração e a inteligência. Essas cores também podem ser usadas por advogados, médicos e investidores, com o objetivo de aumentar a confiança. Há uma grande variedade de itens “água” que podem ser usados no escritório, como espelhos, mini fontes, aquários ou qualquer coisa feita de vidro. Seja o que for, assegure-se de colocar o objeto no canto norte da sala.
Dê um fim na bagunça
A energia não consegue fluir através de pilhas e mais pilhas de papel. Por isso, organize tudo. Feng Shui é, na sua essência, equilíbrio e organização. Sendo assim, mantenha ao seu alcance o que você utiliza no dia-a-dia. Todo o resto pode ser arquivado e guardado.
Aposte nas plantas
Se depois de organizar o seu home office você sentir que ainda falta alguma coisa, coloque uma planta ou duas na sala. Você vai se surpreender com o equilíbrio que uma folhagem pode trazer ao ambiente. As plantas fazem as pessoas se sentirem mais saudáveis. Um detalhe: elas precisam ser de verdade.

Fonte: Papo de Empreendedor

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Fisco: contadores fazem cerão para atender aos contribuintes que deixam para a última hora (foto: Valquir Aureliano)



A exemplo de anos anteriores, a maioria dos contribuintes deve deixar para entregar a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2011, ano-base 2010. Por conta disse, vários escritórios de contabilidade consultados afirmaram estar trabalhando à noite para atender aos clientes atrasados. Além de não terem descansado neste feriado de Pàscoa, todos dos entrevistados afirmaram que não aceitarão novos pedidos para fazer a declaração além desta quarta-feira. E ainda avisam. “Se agora estamos cobrando R$ 200, conforme prevê a tabela do Sincotiba (Sindicato dos Contadores de Curitiba, a partir de segunda (25 de abril), o preço dobra”, disse a contadora Eliane Leal, do escritório E Leal Contabilidade.
Segundo as estimativas da Receita Federal do Brasil, entre 10% e 11% dos contribuintes costuma fazer a entrega da declaração apenas no último dia. “E este ano não será diferente”, afirma o assistente jurídico da 9ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil, lotado em Curitiba, Vergílio Conchetta. Ele conta que no ano passado, a Receita recebeu 2,761 milhões de delcaração no último dia. No Paraná são esperadas 1,560 milhão de declarações.

Dia 25/04 - Dia da Valorização da Classe Contábil.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Menos exigências na hora de contratar

Diante da escassez de mão de obra, empresas são forçadas a aceitar candidatos com menor preparo e a investir em treinamento e capacitação 

Renée Pereira, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - As posições começam a se inverter. Se no passado era o trabalhador que corria atrás das empresas para conseguir um bom emprego, hoje são as empresas que fazem qualquer negócio para contratar ou manter um funcionário. De acordo com pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral com 130 companhias, responsáveis por 22% do Produto Interno Bruto (PIB), 92% das empresas estão com dificuldade para contratar profissionais.

Nesse cenário, vale tudo para preencher uma vaga, desde importar mão de obra de países vizinhos e fazer anúncios de emprego durante a missa até designar profissionais para promover a imagem do grupo entre candidatos. Foi-se o tempo também que para encontrar um bom emprego era preciso ter pós-graduação, mestrado e doutorado, além de experiência na área. Hoje muitas companhias já abrem mão dessas exigências.
Dados da pesquisa da Dom Cabral mostram que 54% das companhias reduziram os requisitos na contratação de pessoal para a área técnica e operacional. Nos cargos estratégicos, 28% das empresas também diminuíram as exigências, como pós-graduação, fluência em idiomas e experiência. A solução tem sido contratar o profissional sem experiência, treiná-lo e capacitá-lo com cursos moldados à necessidade da companhia.
"O poder mudou de lado", resume o professor da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, responsável pela pesquisa. Na avaliação dele, hoje quem está dando as cartas no mercado são os trabalhadores, e não mais as empresas. "A situação é resultado de uma série de armadilhas criadas pela própria sociedade. Primeiro desvalorizou-se a mão de obra técnica. Depois inundamos o mercado com profissionais diplomados e baixa qualidade."
Para o professor, o Brasil precisa acelerar a criação de uma nova política de emprego para não atrapalhar o ciclo de investimentos que se intensificará com a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Apenas as empresas pesquisadas pela Dom Cabral afirmaram que vão demandar nos próximos seis anos 28 mil pessoas na área operacional, 21 mil engenheiros e 10 mil técnicos.
Mesmo reduzindo as exigências, algumas companhias demoram até seis meses para encontrar um profissional. "A concorrência está muito grande. Enquanto você prepara a contratação, o candidato já conseguiu outra proposta e temos de começar tudo de novo", diz a gerente de Recursos Humanos da Masb Desenvolvimento Imobiliário, Mariangela Tolentino, que tem 250 vagas em aberto.
Embora atinja todos os níveis, o problema é mais delicado em cargos técnicos e operacionais. Falta de tudo, de engenheiro a pedreiro. " Temos de investir em novas tecnologias para reduzir a dependência da mão de obra", diz o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe

Vale a pena sonegar? Uma questão que deve ser pensada


13/04/2011 - Tiziane Machado

Talvez este não seja exatamente o questionamento que o contribuinte brasileiro tem feito a si próprio. Mas a indignação pelo crescente aumento da carga tributária, que compromete os resultados das empresas, associada à impunidade daqueles que cometem ilícitos comprometedores da moral nacional, muitas vezes obriga o empresário a simplesmente não recolher exatamente o que deve.
Por outro lado, a grande maioria dos cidadãos brasileiros desconhece o que vem a ser exatamente sonegar, quais as conseqüências em razão da sua prática e as informações que diariamente alimentam o banco de dados da Secretaria da Receita Federal e das Fazendas Estaduais e Municipais.
Prestar declaração falsa ou omiti-la do Fisco, omitir rendimentos ou operações em livros fiscais, alterar faturas ou notas fiscais, contabilizar despesas inexistentes através de notas fiscais frias, constituem crime de sonegação fiscal. Se condenado, o cidadão estará sujeito à detenção de seis meses a dois anos, além de multa de duas a cinco vezes o valor do tributo.
Mas, ainda assim, o contribuinte pode se questionar: quais as chances de ser apanhado pelo Fisco? No caso de uma empresa, dentro de um universo de milhares cadastradas nos órgãos públicos, em que medida serão investigadas as informações prestadas e, se inexatas, apanhadas pelo Fisco?
Aos que ainda se questionam, aí vão algumas informações que talvez não sejam conhecidas:
- As instituições financeiras informam mensalmente, por CPF e CNPJ, todos os débitos de lançamentos em contas correntes à Receita Federal. Além disso, quando é solicitado pelas autoridades fazendárias, os bancos entregam, independente de autorização judiciária, toda a movimentação financeira do investigado.
- As administradoras de cartões de créditos, da mesma forma, são obrigadas a informar as compras efetuadas por seus titulares mensalmente, por CPF e CNPJ, quando os valores ultrapassam R$ 5.000,00 por pessoa física e R$ 10.000,00 por pessoa jurídica;
- As imobiliárias, construtoras, incorporadoras e Cartórios informam sobre todas as operações de comercialização de imóveis, identificando as partes envolvidas, o valor e a localização da transação, ainda que tenha havido a intermediação de terceiros.
Todas essas informações são auditadas pelo Fisco. Havendo divergências, uma luz amarela acende e o órgão arrecadador abre fiscalização rigorosa e detalhada contra aquele contribuinte. Outra informação que pode ser útil àqueles desavisados é que as Fazendas Estaduais e Municipais trocam constantemente informações com a Receita Federal e o INSS.
Sonegar é crime! Omitir receita ou contabilizar despesa fictícia é crime! Importar bens por preços efetivamente não praticados, é crime! E cometer um crime não é uma alternativa para aqueles que supõem auferir vantagens financeiras com a sua prática.
Qual seria, então, a alternativa, questionam para aqueles empresários que se entediam lendo ou ouvindo as informações acima? Destinar de 25 a 30% do faturamento para o esgoto da arrecadação tributária no Brasil? - indagam.
Sonegar ou recolher todos os tributos não são alternativas entre si. As alternativas que existem são: planejar ou não planejar a empresa tributariamente.
Antes de realizar um fato gerador de uma obrigação tributária, o contribuinte deve planejar para que, sobre este fato, incida a menor carga tributária possível. Não se trata aqui de simular fatos ou atos, mas sim de realizá-los tendo o seu propósito negocial concretizado, mas de uma forma que sobre o mesmo não haja um “desperdício” tributário. Esta é uma alternativa possível, além de ser uma alternativa legal.
O planejamento tributário eficiente exige um conhecimento profundo e atualizado da legislação. Existem ferramentas e estratégias disponíveis legalmente capazes de minimizar esse custo excessivo e o trabalho dos profissionais especializados consiste exatamente em disponibilizar o conhecimento necessário para que as empresas em ascensão não comprometam seu fluxo financeiro e sua lucratividade. Ou seja, a iniciativa de realizar um planejamento tributário é a solução mais adequada contra o “desperdício”.
A experiência adquirida durante anos estruturando projetos de planejamento tributário para empresas de pequeno a grande porte, confirma cada vez mais a seguinte mensagem aos empresários: sonegar pode parecer economicamente interessante a princípio, mas, se a estratégia realizada ilegalmente for desmascarada pelo Fisco – e existem grandes e concretas chances de isso vir a ocorrer -, o prejuízo empresarial será infinitamente superior a todos os tributos pagos.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O leão está de olho em você

Jornal do Brasil Antonio Gonçalves


Desde os acontecimentos no final do ano passado nos quais o sistema de sigilo e integridade dos dados dos contribuintes foram afetadas e questionados a Secretaria da Receita Federal do Brasil implementou uma série de modificações que afetaram diretamente o contribuinte para a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física de 2011.
O endurecimento varia desde um maior rigor na fiscalização quanto à criação de parâmetros especiais a serem melhor observados quanto à declaração. O plano de metas deste ano pela Secretaria da receita Federal do Brasil é fiscalizar as informações advindas de locações, compra e venda de imóveis e, especialmente, as despesas médicas.
Já existia, no passado, um critério subjetivo, um limite de até 15% da renda ser tolerado a título de despesas médicas. Ora, se o contribuinte possui o dinheiro e passa por necessidade, por que a Receita irá colocá-lo na Malha Fina a seu bel prazer? Isso mesmo, e pior: para os mais experientes, leia-se acima de 65 anos, o drama é ainda maior: o plano de saúde cobra mensalidades astronômicas e o prêmio fiscal é ser conduzido diretamente para a malha por ser “incompatível com a renda”.
Além disso, a receita deseja olhar com mais atenção os abatimentos em busca de fraudes, valores lançados a maior ou inexistentes, tudo para arrecadar e obter uma restituição.
Na mesma esteira temos os aluguéis, muitas vezes omitidos quando entre pessoas físicas e as transações imobiliárias feitas entre particulares, nas quais se convenciona um valor menor que o da venda. A fraude existe e a Receita está ávida pela arrecadação e distribuição de Autos de Infração, que o contribuinte fique atento, pois, definitivamente, o Leão está de olho.
 


Como manter um fluxo de caixa saudável

Posted: 14 Apr 2011 03:09 PM PDT
Sua empresa está sem dinheiro para pagar contas e fazer investimentos? O valor das despesas é maior do que o montante que o negócio está faturando? Para que a sua empresa não acabe em uma dessas situações, é fundamental cultivar um bom fluxo de caixa. Brad Sugars, “coach” de negócios e colunista do site da Entrepreneur, levantou algumas maneiras de manter no azul a diferença entre a receita da empresa e as suas despesas. Confira.

1. Conheça os seus gastos. Ainda que dar descontos – por meio de sites de compras coletivas ou em sua própria loja – ajude a atrair clientes, vender itens de modo a causar perdas para o negócio não ajuda a garantir um fluxo de caixa positivo. Saiba quais são os seus custos e o impacto do desconto que você está oferecendo e esteja preparado para a perda. Tenha em mente também qual é o preço ideal para esse produto, o custo do que você oferta e a margem de lucro que isso representa para a empresa. Assim, você verá se está perdendo dinheiro.
2. Crie outros produtos ou serviços. Se você sabe que a sua oferta para atrair clientes não vai ser lucrativa, encontre maneiras de criar produtos ou serviços de maior valor agregado – e preço mais alto. Por exemplo: a primeira hora de um serviço de bufê é grátis, mas as horas subsequentes têm preço alto.
3. Fidelize o cliente. Se o seu negócio ganha no volume, conquistar fregueses habituais é o segredo para o seu fluxo de caixa, lucro e crescimento. Portanto, considere implementar programas de fidelidade e ofertas exclusivas. Também tenha em mente que a palavra “grátis” é um incentivo para consumidores, e os custos de pagar por um brinde podem ser cobertos desde que você lide com um excesso de estoque ou com produtos de custo baixo.
4. Faça pré-venda de produtos ou serviços. Para empresários que queiram estimular vendas antes do lançamento do item, é recomendável fazer uma pré-venda. Isso permite que o consumidor se planeje ou antecipe as compras para uma determinada data.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Jovens empreendedores e jovens artistas

Posted: 13 Apr 2011 04:00 PM PDT
cultura31
Além de velhos sonhos - fazer uma faculdade, ter a profissão desejada, conquistar o mercado de trabalho - outras possibilidades estão presentes nos planos dos jovens. São ideias e iniciativas que percebo lendo reportagens em sites, revistas, jornais, nas entrevistas que realizo para a PEGN e no meu dia a dia, em conversas com amigos. Estou falando de empreendedorismo, é claro. Mas também incluo nessa listinha de sonhos o desejo de trabalhar com cultura. São jovens que, independentemente da formação que tiveram, fazem coisas como cinema, teatro, documentário, arte. Sobre a junção dessas duas coisas, empreendedorismo e cultura, resumo alguns dados a seguir.

- Empreender, como muito se tem falado ultimamente, é atividade cada vez mais comum no Brasil. Muitos empreendem por necessidade, mas a maioria abre um negócio por vocação ou por visão de mercado. Uma pesquisa realizada no Brasil em 2009 pelo Global Entrepreneurship Monitor mostra que o país conta com 15% de sua população economicamente ativa empreendendo, contra 13% de anos anteriores. E, entre os empresários, a maioria é jovem: 52% dos empreendedores têm entre 18 e 34 anos.

- Em 2011, o Brasil chegou à marca de um milhão de registros no programa Empreendedor Individual. Nos próximos anos, quem sair da escola ou terminar a faculdade sonhando em ser dono do próprio negócio poderá encontrar mais condições favoráveis para alcançar isso. A criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa pelo governo, cujo projeto de lei encontra-se no Congresso Nacional, é uma das novidades muito esperadas pelo setor de pequenos negócios.
- Atuar como artista e disseminador cultural é outra possibilidade de vida, digamos assim, para os jovens de hoje. É verdade que ainda há muitas dificuldades para quem quer fazer cultura no Brasil. Entrar no mercado não é tarefa fácil. No entanto, muitos jovens que se arriscaram a fazer arte e cultura nos últimos anos têm alcançado grandes conquistas. Nas periferias de grandes cidades como São Paulo surgiram iniciativas como saraus de poesia, festivais de cinema e mostras de arte.
- No Brasil, o incentivo à cultura funciona principalmente baseado no mecenato, com apoio financeiro dado pelo Estado a projetos culturais. A Lei Rouanet, que viabiliza o patrocínio à cultura via renúncia fiscal por parte de empresas, completa 20 anos em 2011. Outro incentivo, criado em 2004, é o projeto de Pontos de Cultura, que reconhece e passa a apoiar grupos e entidades. Nos anos 2000, a própria “cultura” mudou. Hoje, artistas usam computadores e fazem arte digital e multimídia, como vídeos, sites e blogs.
- Novidades e caminhos encontram-se pela frente na área cultural. O Ministério da Cultura acaba de criar a Secretaria de Economia Criativa, que deverá olhar a criação cultural como uma forma de inovação. No mundo virtual, as ideias de compartilhamento e colaboração ganham força e se mostram como alternativa para a atividade cultural.
Empreender e fazer cultura são coisas diferentes. Podem se aproximar, coincidir ou não. Em comum, têm a necessidade de um bom plano de negócios para um e a de um bom projeto cultural para o outro. Você, empreendedor, como faria para trabalhar com cultura no Brasil?


Seis formas de saber se você caminha para o sucesso financeiro

Posted: 06 Apr 2011 07:06 AM PDT
Seis formas de saber se você caminha para o sucesso financeiroO sucesso financeiro, que muitas pessoas associam com negócios ousados, “grandes tacadas” ou mesmo pura sorte é, em grande parte, resultado de bons hábitos. A consistência nas ações cria os hábitos, e bons hábitos criam o sucesso. A seguir detalho alguns desses bons hábitos. Se você já os cultiva, ótimo; se não, preste atenção e procure mudar sua realidade para comportá-los.
1. Você é capaz de cumprir compromissos consigo mesmo
Você estabelece para si determinadas metas como, por exemplo, “guardar 10% daquilo que ganha, todo mês”. Não é um compromisso assumido com o banco, com a financeira, com seu patrão, seu cônjuge ou seu pai. É um compromisso assumido apenas consigo mesmo. Se você falhar, ninguém vai lhe punir ou aplicar uma multa. Será apenas você com você mesmo.
A maioria das pessoas, infelizmente, só consegue cumprir compromissos quando há algum tipo de ameaça externa, uma perspectiva concreta de punição, ou então quando há o risco de magoar uma pessoa próxima. Mas poucos se preocupam em não magoar a si mesmos.
2. Você alimenta um ceticismo saudável
Você tem uma mínima noção de quais são os retornos esperados para a maioria dos investimentos e empreendimentos. Você pode não ser um PhD em finanças, mas tem um mínimo de senso crítico para saber que aquele esquema oferecido pelo seu primo, que promete 30% ao mês investindo na engorda de ovelhas ou em títulos financeiros de algum país obscuro, é uma barca furada.
Também sabe que aquilo que deu certo no passado não necessariamente repetirá o desempenho no futuro. Se seu vizinho conseguiu trocar de carro com as ações que ele comprou no ano passado, isso não significa que você conseguirá o mesmo comprando ações este ano.
3. Você controla seus impulsos
Você é capaz de passar na frente de uma vitrine, se apaixonar por determinado produto, mas ainda assim ter o autocontrole necessário para se retirar e pensar melhor na necessidade daquela compra. Pessoas que conseguem esperar pelo menos um dia após verem um produto “apaixonante” têm grande possibilidade de chegar à conclusão de que aquela compra não seria um bom negócio. No dia seguinte, se a necessidade ainda existir em sua cabeça, você irá à loja e comprará o produto, sem culpa.
Pessoas que não resistem à tentação da compra por impulso são o “sonho dourado” de todo vendedor, que usará todo seu arsenal de desculpas esfarrapadas (tipo “é a última unidade e o fabricante não vai entregar mais” ou “este preço só vale hoje, amanhã muda a tabela”) para criar um senso de urgência e uma falsa necessidade de adquirir aquele e outros produtos.
4. Você tem um fluxo de caixa positivo
Fluxo de caixa? Positivo? Bem, vamos colocar em termos mais simples: você gasta menos do que ganha. Você sabe que a quantia de dinheiro que tem é o resultado de uma operação matemática simples: aquilo que você ganha menos o que gasta é aquilo que sobra.
Se aquilo que você ganha não é tanto assim, você entende que terá que ter um padrão de vida mais modesto para que a conta “feche”. E se quiser elevar esse padrão de vida, o fará procurando aumentar aquilo que ganha e não gastando aquilo que não tem.
5. Você evita dívidas
Você sabe o quanto as dívidas podem comprometer sua vida e a vida de sua família quando elas se descontrolam e também sabe que o descontrole é algo que acontece muito facilmente. Você faz contas antes de comprar qualquer bem parcelado, para ver qual é o seu custo real.
Aquela conversa de que “a parcela cabe na orçamento” simplesmente não existe para você. E se passar por algum aperto financeiro, você sempre buscará alternativas antes de recorrer a um banco (ou a um agiota).
6. Você se interessa por suas próprias finanças
Você não tem medo de olhar para seu extrato bancário e nem “terceiriza” sua vida financeira, confiando cegamente em seu gerente de banco. Você procura saber o mínimo sobre opções de crédito e investimento para, pelo menos, conseguir se comunicar adequadamente com o responsável por sua conta.
E, quando precisa de alguma informação, você sabe onde procurar e não vai recorrer às “dicas infalíveis” daquele seu amigo que diz que entende tudo de finanças, mas vive endividado e “enrolado”.
Hora de valorizar os bons hábitos! Boa sorte e até a próxima.



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Este artigo foi escrito por Andre Massaro.
Administrador e pós-graduado em Economia, sócio do MoneyFit, já foi executivo financeiro de empresas e instituições financeiras. Autor do livro "MoneyFit" (Ed. Matrix) e co-autor do livro "Por Dentro da Bolsa de Valores" (Ed. Matrix), atualmente é consultor em finanças pessoais e corporativas, educador financeiro e palestrante.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Presidenta Dilma e seus primeiros cem dias de governo

Posted: 12 Apr 2011 06:27 AM PDT
Presidenta Dilma e seus primeiros cem dias de governoE passaram voando os primeiros e representativos cem dias de governo da Presidenta Dilma Rousseff. As pesquisas divulgadas há poucas semanas mostram que a população apóia o governo, mas que há um receio muito grande em relação à escalada da inflação. O fantasma dos preços altos assusta alguns brasileiros e traz de volta as discussões em torno de uma figura mítica, o Dragão. Será que ele acordou?
A inflação é, ao lado da desvalorização do dólar, um dos principais problemas do atual momento do governo. No campo inflacionário existe uma queda de braço entre o mercado, que pede maior atuação por parte do Banco Central (BC) na elevação da Taxa Selic, e o governo (leia-se Ministro Guido Mantega), que defende a preservação do crescimento do PIB perto de 5% em 2011. As palavras de Mantega convergem para a ideia de que a manutenção da política de aumento dos juros significaria a interrupção do crescimento.
Em tese, o BC aceitaria uma inflação fora do centro da meta em 2011. Em 2012, o BC acredita, ou ao menos passa a ideia, que o centro da meta, 4,5%, estaria próximo ao índice da inflação. Acontece que o IPCA (12 meses) divulgado agora mostra que a inflação já está em 6,3%: estamos saindo do sinal amarelo e entrando no vermelho.
Taxa Selic, um tiro no pé?
O aumento da Taxa Selic, apesar de ser defendido pela maior parte dos analistas e gurus do mercado, também tem seus efeitos colaterais: aumenta a dívida pública e cria dificuldades para empresas do país em manter a cadeia produtiva em funcionamento, já que encare o crédito usado como fonte de investimentos por parte destas companhias e desestimula o consumo, diminuindo o faturamento.
Acredito que o que precisamos buscar é uma forma de acabar com a indexação da economia e percebo que poucos defendem um debate mais amplo e racional sobre esse tema. O país não aguenta mais ter que recorrer sempre ao aumento dos juros para conter a inflação: o passo precisa ser dado antes, na formação dos preços.
A infraestrutura e alocação de recursos também precisam melhorar. O país tem que aperfeiçoar sua capacidade industrial e agir para que os investimentos diretos para estruturar seu crescimento saiam do papel e dos discursos.
Dólar teima em cair
Outro ponto crucial para o futuro diz respeito à pressão cambial. Medidas foram tomadas, aumentando o IOF para empréstimos aqui e lá fora, sem um resultado positivo. O dólar continua a cair e a renúncia fiscal que o governo fez ao corrigir a tabela do Imposto de Renda já foi compensada com esses aumentos: é dar com uma mão e pegar com a outra.
A “caixa de maldades” está aberta e o governo tem a faca e o queijo na mão para tomar outras medidas. A arrecadação crescente com a mudança no IOF parece ser motivo de alegria para alguns integrantes da base governista. Há quem veja na alta do IOF uma sombra da CPMF. Sendo sincero, tudo que se pede é eficiência nas medidas.
Não podemos nos esquecer dos cortes no orçamento, da ordem de R$ 50 bilhões em 2011. Um corte de despesas que ainda não foi realizado e tido apenas como manobra. As despesas correntes, ao contrário do que se pregava, aumentaram e trazem grande temor para o futuro.
A falta de estrutura para a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016
A cada dia ficamos mais próximos dos eventos esportivos de 2014 e 2016. Estamos flertando com o perigo de não termos estádios e infraestrutura mínima para acomodar e receber os turistas que virão para o evento. Um dos pontos mais críticos é a situação vexatória dos nossos aeroportos: pequenos, inseguros e despreparados para o mínimo de conforto de quem necessita viajar de avião.
Dilma "encara" as duas grandes potências
Nestes cem dias também foi notícia a viagem do Presidente dos EUA, Barack Obama, ao Brasil. Dilma mostrou firmeza nas negociações e deixou claro que o Brasil busca parceiros e não abaixará a cabeça à vontade americana. Obama entendeu o recado e percebeu que o Brasil tem muito a oferecer, mas também tem suas exigências.
Justamente no centésimo dia de governo, Dilma Rousseff estava em viagem oficial rumo à China. Nada mais representativo e importante, já que mostra a disposição brasileira de valorizar o crescimento comercial com o novo parceiro preferencial. Temos muito a negociar e, principalmente, a discutir sobre o protecionismo chinês. Tomara que com a mesma clareza que foi usada diante dos EUA.
Os cem primeiros dias ficaram para trás. Os desafios só começaram. Estamos de olho. Até a próxima.

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Este artigo foi escrito por Ricardo Pereira.
Educador financeiro, palestrante, autor do livro "Dinheirama" (Blogbooks), trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama. No Twitter: http://twitter.com/RicardoPereira
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
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Oportunidade de trabalho na área financeira


Posted: 12 Apr 2011 08:01 PM PDT
O Quero Ficar Rico, a pedido da DPaschoal, vem divulgar uma excelente oportunidade de emprego na área de finanças e controladoria. A Companhia DPaschoal de Participações (CDP) é composta por um conjunto de organizações, dentre as quais podemos citar: DPaschoal, DPK e AutoZ.
O propósito deste artigo é apresentar sucintamente as organizações que compõem a companhia, detalhar a oportunidade de emprego, mostrando as principais atividades e o perfil esperado dos candidatos e, por fim, informar como você poderá participar desta seleção.

Grupo DPaschoal

O Grupo DPaschoal, como já abordei acima, é composto pela DPaschoal, DPK e AutoZ, além da Fundação Educar DPaschoal e Daterra. Conheça agora um pouco sobre as três primeiras:
DPaschoal: Desde 1949 atende o segmento automotivo e é líder no segmento de pneus e baterias, amortecedores e freios. Está presente em 8 estados com mais de 200 lojas DPaschoal e mais de 300 lojas Top Service.
DPK: Distribuição de auto-peças em todo território nacional através de 17 Centros de Distribuição. Conhecida por trabalhar apenas com produtos de primeira linha e estar sempre a frente no lançamento de novos produtos.
AutoZ: Um dos primeiros Portais especializados em acessórios, som automotivo e auto-peças, é até hoje o líder no segmento de shopping automotivo online.

Perfil da vaga

A vaga oferecida é para a função de Analista de Controladoria Sênior, para trabalhar em Campinas/SP, sede da empresa, com contratação imediata. O horário de trabalho é das 8:00 às 17:50 e o sexo do candidato é indiferente.
É necessário estar formado em uma das seguintes áreas: Administração, Economia, Ciências Contábeis, Finanças, Engenharia ou Matemática. Possuir um título de pós-graduação ou MBA é um diferencial. Além disso, conhecimentos em informática é imprescindível.

Principais responsabilidades/atividades

§ Projetos;
§ Trabalho propositivo – apresentando informações com inteligência para a tomada de decisão;
§ Elaboração e análise de informações gerenciais;
§ Análise de viabilidade financeira;
§ Acompanhamento e participação nas diversas atividades da área;
§ Melhoria nos relatórios;
§ Olhar diário sobre os resultados.

Características pessoais, competências e técnicas

§ Visão analítica, financeira e global;
§ Raciocínio lógico;
§ Ética com informações confidenciais;
§ Dinamismo (agilidade) / praticidade.

Quer concorrer a essa vaga?

Se você se encaixa nesse perfil, gostou da empresa e quer concorrer a essa vaga, basta enviar um e-mail com currículo para “oportunidades@dpaschoal.com.br” com o título “Currículo – Vaga Analista de Controladoria Sênior“.
Fique também à vontade para deixar dúvidas através dos comentários, que faremos o possível para responder todas as questões que não forem confidenciais.


terça-feira, 12 de abril de 2011

Compra coletiva: um negócio da china?

Posted: 08 Apr 2011 06:13 AM PDT
Compra coletiva: um negócio da china?Para o consumidor, um descontão e parcelamento. Do ponto de vista do investidor, uma boa oportunidade de alavancar as vendas e divulgar a marca. Parece que a expressão “negócio da china” se concretizou através do fenômeno mundial das compras coletivas. Será? Depende.
O princípio por trás da compra coletiva não é nenhuma grande novidade. Uma prática muito comum quando era criança, inclusive na minha família, era juntar familiares ou vizinhos para viabilizar compras em centros atacadistas. Isso garantia uma boa economia em relação às despesas do mês com alimentação, produtos de higiene e limpeza.
A compra coletiva pode ser, de fato, o “negócio da china”. Mas é preciso ter cautela, para não acabar transformando esse jeito de comprar em uma fonte de experiências comerciais negativas, que acabariam reduzindo o fenômeno a mais um modismo passageiro.
Como transformar a compra coletiva numa aliada
Para se tirar o melhor proveito das compras coletivas é preciso aprender a lidar com a cabeça e com as emoções. Como as compras coletivas são muito sedutoras e, além disso, viraram mania nacional, elas são um prato cheio para que o consumidor mais desavisado acabe recebendo em casa, pelo sistema delivery, o “pacote surpresa” que acompanha os cupons de desconto: uma fatura de cartão de crédito impagável!
Para dar um exemplo, vamos supor que você entre num restaurante, sem estar com fome, só para dar uma olhada no cardápio. Aí você constata que esse restaurante está oferecendo naquele dia ótimos preços e pratos maravilhosos e ainda aceita cartão de crédito! Diante dessa oportunidade única, o que você faz? Empanturra-se e ainda leva um marmitex para casa.
O exemplo acima pode parecer esdrúxulo. Mas a maioria das pessoas percorre os sites de compras coletivas sem nenhum outro propósito a não ser o de verificar as ofertas do dia. E acaba efetuando a compra levando em consideração apenas o desconto. Muitas delas se concentram tanto nesse item que não conseguem avaliar se o preço final cabe no bolso, se vão ter tempo hábil para usufruir do produto e se a aquisição daquele produto é realmente relevante para o seu estilo de vida.
Um bom uso da compra coletiva deve ter como conseqüência para você, consumidor, um dinheirinho sobrando no final do mês, ou o acesso a um bem ou serviço que seria impraticável se você tivesse que pagar o preço cheio.
Os cuidados que o investidor deve ter
Segundo um estudo conduzido por Utpal Dholakia, da Rice Univesrsity, denominado How Effective Are Groupon Promotions for Businesses? (Quão Eficazes São as Promoções da Groupon para os Negócios?), 66% dos anunciantes entrevistados obtiveram lucro, 32% não obtiveram lucro algum e 42% não voltariam a participar das promoções da Groupon.
Além disso, especialistas afirmam que a participação nessas promoções, na maioria dos casos, funciona mais como um investimento do que como forma de incrementar os lucros.
Portanto, é preciso saber se a compra coletiva é de fato eficaz para o seu negócio. E a melhor forma de fazer isso é evitar tomar decisões baseadas no comportamento de manada. Isto é, não é porque todo mundo está aderindo que o negócio é 100% seguro e interessante. E isso vale tanto para o anunciante, quanto para quem está pensando em montar o seu próprio site de compras coletivas.
Perceber, avaliar e decidir por algo que realmente nos traga benefícios duradouros não é um mecanismo com o qual já nascemos. Recorro às palavras da Dra. Vera Rita de Mello Ferreira e seu livro “Decisões Econômicas: você já parou para pensar?”:
“Por isso, fica fácil nos enganarmos – basta a coisa parecer simpática a nós, que já tendemos a acreditar que é verdadeira.”
É preciso treino, repetição e disciplina para instalarmos esse mecanismo em nosso funcionamento mental. A boa notícia é que uma vez instalado ele estará sempre ligado e à nossa disposição. E se usado no contexto de compra coletiva, pode transformá-la numa grande aliada!
Foto de sxc.hu.