segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O Papel do Contador na Gestão Tributária dos Pequenos Empreendimentos

GESTÃO DE TRIBUTOS

A gestão de tributos é um dos fatores primordiais para o sucesso de qualquer
empreendimento no Brasil. Não é à toa que a carga tributária é uma das principais
dificuldades apontadas pelos empresários, pois, de fato, a voracidade do fisco, velha
conhecida do povo brasileiro, traz graves impactos à operacionalização de qualquer
empresa e é um dos principais componentes do chamado “Custo Brasil”. Existem, porém,
maneiras de minimizar o efeito dos impostos, taxas e contribuições na saúde financeira e
econômica dos empreendimentos.
Em um país no qual são criadas cerca de trinta e sete novas normas tributárias a cada dia
(segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT), os gestores
devem estar, acima de tudo, muito bem informados. Ainda assim, o que notamos, em
especial nas micro e pequenas empresas, é a falta de orientação dos empresários, os
quais muitas vezes não realizam sequer um planejamento tributário adequado.
A falta de preparo para lidar com os altos tributos faz com que uma grande parte desses
empreendimentos atuem na informalidade ou recorram a práticas ilícitas de sonegação
fiscal para manter as suas atividades e sobreviver, o que é prejudicial para a sociedade,
para o mercado, para a economia e para a própria empresa, a qual terá dificuldades de
crescimento.
Para que o empreendimento se desenvolva corretamente é preciso que a gestão tributária
seja implementada desde o seu nascimento, ainda na escolha do regime de tributação,
pois, ao contrário do que crê o senso comum, nem sempre a opção pelo Simples Nacional
é a mais vantajosa.
Destaca-se aí o papel do contabilista nesse processo de educação tributária de seus
clientes de pequeno porte. O contador é o profissional responsável pela geração de
informações sobre o patrimônio da empresa, evidenciando a sua situação econômica e
financeira. Assim, não basta apenas apurar os impostos e gerar guias de recolhimento,
ele deve ter também um papel-chave na construção de uma rotina de gestão de tributos.
Especialmente nas micro e pequenas empresas, onde os gestores (que, normalmente,
são os próprios empresários) não possuem, na maioria dos casos, o conhecimento
necessário da legislação tributária, o contador deve voltar esforços para expor com
clareza as opções disponíveis para a tomada de decisão, indicando as vantagens e
desvantagens de cada caminho.
Ressalta-se que, para assumir esse papel, o contador deve estar preparado para encarar
esse desafio. Dessa forma, é importante que o profissional da contabilidade esteja
sempre atualizado, atento às mudanças repentinas desse confuso cenário tributário
brasileiro. É um trabalho árduo, porém bastante recompensador.
Outro aspecto vital para uma boa gestão tributária é a organização. E para que uma
empresa possa ser considerada realmente organizada não basta apenas manter em boa
ordem os seus documentos. A organização, em um sentido mais amplo, abrange também
a “organização contábil”, com a manutenção de uma escrituração completa (ainda que
simplificada, no caso das micro e pequenas empresas) e que reproduza fielmente a
situação patrimonial, econômica e financeira daquela entidade.
Muitas pequenas empresas utilizam-se de regalias concedidas pela legislação fiscal para
não manter os registros contábeis completos, o que, no final das contas, acaba se
tornando um “tiro no pé”, pois nenhum empreendimento consegue se desenvolver de
forma sólida sem as informações geradas pela contabilidade.
De maneira geral, a Gestão Tributária é a principal arma dos pequenos empreendimentos
contra a voracidade do fisco e cabe ao contador a tarefa de muni-la com as informações
necessárias para o seu correto funcionamento.
Por: André Charone Tavares Lopes

Controle as suas emoções



shutterstock
Na semana passada, eu estava demasiadamente atarefada com um projeto da faculdade para conseguir me formar no final do ano. Eu tinha 20 dias para escrever um livro que havia começado a apurar em abril desse ano. O tempo passava, e a temida data para entregar o meu trabalho se aproximava. Em momentos como esse, é comum estarmos com os nervos à flor da pele e bastante preocupados. Afinal, quem não tem medo de falhar?
Pensando sobre esse assunto, descobri dicas valiosas para conseguir manter o controle e enfrentar momentos de grande emoção e adrenalina. As emoções não se misturam bem com os negócios ou mesmo com a vida profissional. Não importa se uma pessoa está triste, feliz, estressada ou preocupada – para que não ocorram erros no momento de uma tomada de decisão ou na conclusão de um importante projeto, é preciso manter a calma e, principalmente, usar a lógica. Neil Patel, empreendedor inglês e cofundador das empresas Crazy Egg e KISSmetrics, escreveu em seu blog Quick Sprout alguns conselhos para que empresários consigam controlar as suas emoções e obter negócios com um sucesso cada vez maior. Essas dicas podem ajudá-lo a ter a calma necessária para fechar o tão sonhado contrato.
1. Tenha os pés no chão
No caso de receber uma notícia ruim ou que não atinja todas as suas expectativas, o empreendedor não pode ficar deprimido. Ele deve pensar que nos demais negócios ou empresas existirão sempre empresários com problemas maiores e mais complexos que os seus. Caso a notícia seja positiva, o empreendedor também não pode acreditar que a batalha esteja ganha. Deve pensar que o acontecido é ótimo para os seus negócios, porém que é preciso ter a consciência de que outros empresários estarão conquistando feitos maiores que os seus.
Para controlar as suas emoções, empreendedores devem comemorar as vitórias, aprender com os fracassos e sempre desejar experimentar mais conquistas. Isso permitirá ao empreendedor não ficar feliz ou pessimista em excesso.
2. Evite pessoas muito emocionais
Aqueles que estão à nossa volta são responsáveis por influenciar as nossas atitudes e pensamentos. Por isso, para que projetos atinjam o desejado sucesso, é importante cercar-se de pessoas centradas, uma vez que estar rodeados de amigos com grandes dramas emocionais podem deslocar a atenção do empresário e até mesmo deixá-lo irritado ou perturbado.
Isso não quer dizer que o empreendedor deva cortar os laços de amizade ou companheirismo com aqueles que estão com problemas. Ele deve apenas conseguir certo grau de distanciamento para que o problema dos outros não prejudique o desempenho dos negócios e a tomada de decisão.
3. Amigos, amigos, negócios à parte
Durante o tempo de trabalho, é importante estar com todas as energias e pensamentos voltados para o sucesso do negócio. O empreendedor deve mostrar para os seus amigos e familiares que não precisa ser incomodado com besteiras enquanto está no dia a dia da empresa. Mas é valido ressaltar que essas pessoas devem procurá-lo quando tiverem informações úteis para serem discutidas. Do contrário, as conversas informais e as brincadeiras devem ficar exclusivamente para os momentos de lazer e diversão.
4. Não cante vitória antes da hora
O anúncio de um novo contrato mexe com as emoções de qualquer empresário. Para brindar a conquista, muitos fazem “happy hour”, festinhas na empresa ou mesmo almoços com sócios. Mas, antes que o contrato esteja devidamente assinado e parte do dinheiro esteja depositado na conta da empresa, é preciso ficar atento e evitar grandes comemorações. Isso fará com que o empreendedor esteja preparado emocionalmente caso alguma coisa dê errado e os planos não aconteçam da maneira que foi prevista.
E você, empreendedor, como faz para controlar as emoções e manter o equilíbrio?