quinta-feira, 14 de abril de 2011

Jovens empreendedores e jovens artistas

Posted: 13 Apr 2011 04:00 PM PDT
cultura31
Além de velhos sonhos - fazer uma faculdade, ter a profissão desejada, conquistar o mercado de trabalho - outras possibilidades estão presentes nos planos dos jovens. São ideias e iniciativas que percebo lendo reportagens em sites, revistas, jornais, nas entrevistas que realizo para a PEGN e no meu dia a dia, em conversas com amigos. Estou falando de empreendedorismo, é claro. Mas também incluo nessa listinha de sonhos o desejo de trabalhar com cultura. São jovens que, independentemente da formação que tiveram, fazem coisas como cinema, teatro, documentário, arte. Sobre a junção dessas duas coisas, empreendedorismo e cultura, resumo alguns dados a seguir.

- Empreender, como muito se tem falado ultimamente, é atividade cada vez mais comum no Brasil. Muitos empreendem por necessidade, mas a maioria abre um negócio por vocação ou por visão de mercado. Uma pesquisa realizada no Brasil em 2009 pelo Global Entrepreneurship Monitor mostra que o país conta com 15% de sua população economicamente ativa empreendendo, contra 13% de anos anteriores. E, entre os empresários, a maioria é jovem: 52% dos empreendedores têm entre 18 e 34 anos.

- Em 2011, o Brasil chegou à marca de um milhão de registros no programa Empreendedor Individual. Nos próximos anos, quem sair da escola ou terminar a faculdade sonhando em ser dono do próprio negócio poderá encontrar mais condições favoráveis para alcançar isso. A criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa pelo governo, cujo projeto de lei encontra-se no Congresso Nacional, é uma das novidades muito esperadas pelo setor de pequenos negócios.
- Atuar como artista e disseminador cultural é outra possibilidade de vida, digamos assim, para os jovens de hoje. É verdade que ainda há muitas dificuldades para quem quer fazer cultura no Brasil. Entrar no mercado não é tarefa fácil. No entanto, muitos jovens que se arriscaram a fazer arte e cultura nos últimos anos têm alcançado grandes conquistas. Nas periferias de grandes cidades como São Paulo surgiram iniciativas como saraus de poesia, festivais de cinema e mostras de arte.
- No Brasil, o incentivo à cultura funciona principalmente baseado no mecenato, com apoio financeiro dado pelo Estado a projetos culturais. A Lei Rouanet, que viabiliza o patrocínio à cultura via renúncia fiscal por parte de empresas, completa 20 anos em 2011. Outro incentivo, criado em 2004, é o projeto de Pontos de Cultura, que reconhece e passa a apoiar grupos e entidades. Nos anos 2000, a própria “cultura” mudou. Hoje, artistas usam computadores e fazem arte digital e multimídia, como vídeos, sites e blogs.
- Novidades e caminhos encontram-se pela frente na área cultural. O Ministério da Cultura acaba de criar a Secretaria de Economia Criativa, que deverá olhar a criação cultural como uma forma de inovação. No mundo virtual, as ideias de compartilhamento e colaboração ganham força e se mostram como alternativa para a atividade cultural.
Empreender e fazer cultura são coisas diferentes. Podem se aproximar, coincidir ou não. Em comum, têm a necessidade de um bom plano de negócios para um e a de um bom projeto cultural para o outro. Você, empreendedor, como faria para trabalhar com cultura no Brasil?


Seis formas de saber se você caminha para o sucesso financeiro

Posted: 06 Apr 2011 07:06 AM PDT
Seis formas de saber se você caminha para o sucesso financeiroO sucesso financeiro, que muitas pessoas associam com negócios ousados, “grandes tacadas” ou mesmo pura sorte é, em grande parte, resultado de bons hábitos. A consistência nas ações cria os hábitos, e bons hábitos criam o sucesso. A seguir detalho alguns desses bons hábitos. Se você já os cultiva, ótimo; se não, preste atenção e procure mudar sua realidade para comportá-los.
1. Você é capaz de cumprir compromissos consigo mesmo
Você estabelece para si determinadas metas como, por exemplo, “guardar 10% daquilo que ganha, todo mês”. Não é um compromisso assumido com o banco, com a financeira, com seu patrão, seu cônjuge ou seu pai. É um compromisso assumido apenas consigo mesmo. Se você falhar, ninguém vai lhe punir ou aplicar uma multa. Será apenas você com você mesmo.
A maioria das pessoas, infelizmente, só consegue cumprir compromissos quando há algum tipo de ameaça externa, uma perspectiva concreta de punição, ou então quando há o risco de magoar uma pessoa próxima. Mas poucos se preocupam em não magoar a si mesmos.
2. Você alimenta um ceticismo saudável
Você tem uma mínima noção de quais são os retornos esperados para a maioria dos investimentos e empreendimentos. Você pode não ser um PhD em finanças, mas tem um mínimo de senso crítico para saber que aquele esquema oferecido pelo seu primo, que promete 30% ao mês investindo na engorda de ovelhas ou em títulos financeiros de algum país obscuro, é uma barca furada.
Também sabe que aquilo que deu certo no passado não necessariamente repetirá o desempenho no futuro. Se seu vizinho conseguiu trocar de carro com as ações que ele comprou no ano passado, isso não significa que você conseguirá o mesmo comprando ações este ano.
3. Você controla seus impulsos
Você é capaz de passar na frente de uma vitrine, se apaixonar por determinado produto, mas ainda assim ter o autocontrole necessário para se retirar e pensar melhor na necessidade daquela compra. Pessoas que conseguem esperar pelo menos um dia após verem um produto “apaixonante” têm grande possibilidade de chegar à conclusão de que aquela compra não seria um bom negócio. No dia seguinte, se a necessidade ainda existir em sua cabeça, você irá à loja e comprará o produto, sem culpa.
Pessoas que não resistem à tentação da compra por impulso são o “sonho dourado” de todo vendedor, que usará todo seu arsenal de desculpas esfarrapadas (tipo “é a última unidade e o fabricante não vai entregar mais” ou “este preço só vale hoje, amanhã muda a tabela”) para criar um senso de urgência e uma falsa necessidade de adquirir aquele e outros produtos.
4. Você tem um fluxo de caixa positivo
Fluxo de caixa? Positivo? Bem, vamos colocar em termos mais simples: você gasta menos do que ganha. Você sabe que a quantia de dinheiro que tem é o resultado de uma operação matemática simples: aquilo que você ganha menos o que gasta é aquilo que sobra.
Se aquilo que você ganha não é tanto assim, você entende que terá que ter um padrão de vida mais modesto para que a conta “feche”. E se quiser elevar esse padrão de vida, o fará procurando aumentar aquilo que ganha e não gastando aquilo que não tem.
5. Você evita dívidas
Você sabe o quanto as dívidas podem comprometer sua vida e a vida de sua família quando elas se descontrolam e também sabe que o descontrole é algo que acontece muito facilmente. Você faz contas antes de comprar qualquer bem parcelado, para ver qual é o seu custo real.
Aquela conversa de que “a parcela cabe na orçamento” simplesmente não existe para você. E se passar por algum aperto financeiro, você sempre buscará alternativas antes de recorrer a um banco (ou a um agiota).
6. Você se interessa por suas próprias finanças
Você não tem medo de olhar para seu extrato bancário e nem “terceiriza” sua vida financeira, confiando cegamente em seu gerente de banco. Você procura saber o mínimo sobre opções de crédito e investimento para, pelo menos, conseguir se comunicar adequadamente com o responsável por sua conta.
E, quando precisa de alguma informação, você sabe onde procurar e não vai recorrer às “dicas infalíveis” daquele seu amigo que diz que entende tudo de finanças, mas vive endividado e “enrolado”.
Hora de valorizar os bons hábitos! Boa sorte e até a próxima.



------
Este artigo foi escrito por Andre Massaro.
Administrador e pós-graduado em Economia, sócio do MoneyFit, já foi executivo financeiro de empresas e instituições financeiras. Autor do livro "MoneyFit" (Ed. Matrix) e co-autor do livro "Por Dentro da Bolsa de Valores" (Ed. Matrix), atualmente é consultor em finanças pessoais e corporativas, educador financeiro e palestrante.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama