quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Débitos dificultam entrada de empresas no Supersimples

Brasília - Desde o dia 2 de janeiro, mais de 132 mil empresas procuraram a Receita Federal para ingressar no Supersimples. Dessas, apenas 25% foram bem-sucedidas. Segundo o secretário executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), Silas Santiago, os débitos com a União, os estados e os municípios são os principais entraves para a entrada no sistema.

O Simples Nacional conta atualmente com mais de 5,8 milhões de pessoas jurídicas registradas, das quais cerca de 1,9 milhão são empreendedores individuais. A adesão ao regime simplificado de tributação ocorre sempre no mês de janeiro – com exceção das novas empresas, que podem fazer a opção a qualquer momento, logo após se formalizarem. A adesão é feita pelo portal do Simples Nacional.

Segundo Silas Santiago, as empresas que saíram ou foram excluídas do sistema podem pedir o parcelamento dos débitos, regularizar a situação e voltar ao Supersimples até 31 de janeiro. Os empresários que não conseguirem normalizar sua situação dentro do prazo só poderão tentar novamente em janeiro de 2013.

O parcelamento é feito no site da Receita Federal e pode chegar, no máximo, a 60 prestações mensais, corrigidas pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação de Custódia (Selic). Criado pela Lei Complementar 139/11, o benefício se aplica também às empresas que integram o Simples e que têm dívidas com o sistema. Até a promulgação da lei, as empresas do Simples não podiam parcelar os pagamentos pendentes.

Segundo dados da Receita Federal, há 560 mil empresas com débitos no sistema - 30 mil delas foram excluídas em janeiro do ano passado. Até agora, 58 mil pediram o parcelamento. “Os empresários precisam estar atentos para essa oportunidade”, alerta o secretário-executivo.

Silas Santiago lembra que as empresas com problemas para entrar no Simples por conta de débitos contraídos em outros regimes tributários, como Lucro Real e Lucro Presumido, podem resolver a situação quitando a dívida ou recorrendo a outros parcelamentos a que têm direito. “São parcelamentos administrativos, que podem ser solicitados pelas empresas a quem elas estiverem devendo e que normalmente conseguem ser pagos em até 60 meses”, explica a contadora e consultora do Sebrae Rosângela Bastos.

Cinco passos para uma boa avaliação dos funcionários

ShutterstockNo começo do ano, as empresas dão o pontapé inicial em estratégias para melhorar sua performance. Entre elas, uma das mais importantes é a avaliação do desempenho dos funcionários.
De nada serve improvisar quando chegar a hora de ter uma conversa franca com eles, lá por novembro ou dezembro. Para que a avaliação dê bons resultados, deve ser planejada já em janeiro.
Para muitos, chamar cada um dos subordinados diretos a sua sala para conversar sobre seus pontos fortes e fracos é o momento mais estressante do ano.
“Uma avaliação de performance requer que uma pessoa julgue a outra, o que é muito desconfortável”, afirma o consultor Dick Grote, autor de “How to Be Good at Performance Appraisals” (sem tradução para o português).
Como driblar esse desconforto e fazer com que a avaliação seja mais produtiva e menos tensa? Confira as dicas que ele e James Baron, professor da Yale School of Management (EUA), deram em um artigo publicado no blog da revista Harvard Business Review.
1. Defina critérios
No começo do ano, sente com cada subordinado direto para definir como ele será avaliado, esclarecendo quais são suas metas e expectativas.
“A melhora é imediata: todos sabem o que o chefe espera, e as pessoas podem ser cobradas ao fim do período”, diz Grote.
Também é essencial identificar as ambições do funcionário. “Gestores avaliam performance sem saber das aspirações de carreira dos subordinados. Não adianta presumir que todos querem ser CEO”, alerta Baron.
Ao entender a trajetória profissional planejada pelo funcionário, o gestor pode pensar em maneiras de colaborar com seu aperfeiçoamento para alcançar esse objetivo.
2. Refresque a memória
Duas semanas antes da avaliação, peça a cada funcionário para colocar no papel ações das quais ele se orgulhou ao longo do ano. Além de refrescar a memória, isso põe um foco positivo na reunião, geralmente considerada negativa, segundo Grote.
Aproveite e dê uma olhada no que você anotou sobre o funcionário ao longo do ano: um projeto bem executado, um prazo estourado, se lidou bem com um cliente difícil.
Pessoas que não trabalham intimamente com o funcionário avaliado também podem ser consultadas sobre seu desempenho. “Quanto mais avaliações independentes, melhor”, afirma Baron.
3. Quebre a surpresa
Uma hora antes da conversa, dê ao funcionário uma cópia do relatório de avaliação. Assim, ele terá privacidade para expressar sua primeira resposta emocional.
“Ao ler críticas vindas de outros, as pessoas têm um turbilhão de sentimentos. É preciso dar um tempo para que elas reflitam em particular”, diz Grote.
De cabeça fresca, o funcionário estará mais bem preparado para ter uma conversa racional – e construtiva.
4. Não seja condescendente
As reuniões de avaliação geralmente tomam a forma de um sanduíche de feedback: elogios, críticas, elogios. Isso mascara a mensagem clara que se quer passar. Pior: desmoraliza os profissionais talentosos e encoraja falsamente os que estão rendendo mal.
Para os que vão bem, concentre-se no que foi feito de bom – isso motivará os mais competentes. Para os que estão na média, não amenize as más notícias. A avaliação é o melhor momento para pedir que melhorem.
5. Dê conselhos construtivos
Ao final da conversa com seus melhores profissionais, peça a opinião deles sobre como vão as coisas. O que não está funcionando? Que ações a empresa deveria tomar? Só assim será possível dar conselhos direcionados e específicos.
“Não diga ‘você precisa ser proativo’, isso não significa nada. Diga ‘você precisa tomar mais a iniciativa de ligar para potenciais clientes”, diz Baron.
E você? Tem uma boa dica sobre como um empresário pode avaliar seus principais funcionários?