quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Como crescer com poucos clientes

ShutterstockQuanto mais clientes eu tiver, mais chances a minha empresa terá de crescer e se estruturar. Certo? Bem, não necessariamente. Ter poucos clientes – mas os clientes certos – pode muitas vezes ser uma melhor solução. É o que mostrou um acompanhamento feito por dois pesquisadores, ao longo dos últimos seis anos, com 180 jovens empresas britânicas da área de tecnologia. A conclusão, publicada em um artigo no site da revista Inc, foi que as empresas que haviam se concentrado em apenas um ou dois grandes clientes tinham alcançado maior sucesso do que aquelas que apostaram em um portfólio pulverizado.


A ideia para a pesquisa nasceu ainda nos anos 90, quando uma das pesquisadoras, Helena Yli-Renko, notou uma tendência entre pequenas empresas finlandesas de telecomunicações em batalhar por contratos com a gigante do setor Nokia, deixando de lado outros clientes menores. “Por fim, o que descobrimos é que a dependência de um cliente-chave tem, de fato, um impacto positivo para que a carteira de clientes continue crescendo”, disse Helena à Inc.
Para isso, alguns fatos devem ser levados em consideração.
A quem interessa o seu cliente. A principal coisa a se considerar em um negócio que será baseado em apenas um ou dois clientes é quem são estes clientes. Fornecer produtos ou serviços para uma companhia de porte, seja uma Apple, uma GM ou uma Petrobras, garante reputação à jovem empresa no mercado. “As outras empresas pensarão: ‘se a GM usa esse cara, nós também podemos usar’”, explica Helena.
Bons clientes são grandes referências – e bons padrinhos. Fornecer para uma grande empresa pode ser também uma forma de conhecer novos contatos. Helena cita o exemplo de um jovem imigrante indiano que, ao abrir uma pequena companhia de desenvolvimento de sites em Nova Jersey, focou os negócios na exclusividade e conseguiu um contrato com uma das maiores companhias de TI da região. O resultado foi que a própria companhia o apresentou para outras áreas internas e para outros clientes também, ampliando assim os seus negócios.
Mais confiança, e menos burocracia. Um dos erros mais recorrentes que os pesquisadores notaram ao longo dos seis anos de pesquisa foi um afobamento dessas pequenas empresas conforme a dependência de seu cliente-chave cresce. “Os empreendedores tendem a se preocupar e a exigir mais e mais contratos”, disse Helena. “Isso é um erro. Claro que é importante estruturar boas bases contratuais, mas o bom gestor saberá construir uma relação na base da confiança.” Na prática, isso significa estar flexível a renegociar contratos e acomodar pedidos e exigências diferentes conforme a situação.
Encontre o equilíbrio perfeito. Ter um grande cliente é bom; mas depender apenas dele é perigoso, de fato – qualquer problema que ele venha a ter leva o negócio inteiro junto. Uma vertente mais ortodoxa de especialistas alerta para o fato de que é necessário equilibrar os esforços entre agradar esses clientes-chave, por um lado, e não deixar de alimentar outras fontes de renda, por outro. O ideal é que não mais que metade da receita venha de apenas uma empresa, por mais atraente e sólida que ela possa parecer.

4 dicas para uma reunião de sucesso

ShutterstockReuniões com membros da equipe, clientes, sócios ou mesmo investidores são, muitas vezes, eventos temidos por empreendedores e diretores. Afinal, pelo fato de esses encontros discutirem assuntos relevantes para o negócio e culminarem com uma tomada de decisão, um erro pode ser fatal para o desenvolvimento de projetos.  Para evitar problemas, é preciso que todos os participantes estejam preparados para esse tipo de encontro. Conversando com especialistas e lendo artigos sobre o tema, preparei abaixo quatro dicas que podem ajudar você, empreendedor, a obter sucesso nas famosas reuniões.

Quem são os participantes da reunião?
Conhecer o currículo e o perfil de todos os integrantes do encontro é fundamental para que o empreendedor consiga se preparar para o evento. Isso permitirá descobrir quais são os cargos e as características de cada um deles e fazer um estudo prévio de como argumentar com essas pessoas. É importante também escolher as pessoas certas para esse encontro. Uma boa reunião é aquela que permite o surgimento de novas ideias e o debate de importantes decisões para a expansão do negócio.
Qual a pauta da reunião?
Reuniões devem ser marcadas quando existem assuntos relevantes para serem discutidos. Isso fará com que os participantes envolvidos no evento se sintam motivados a estar presentes na hora certa e pelo tempo que for necessário. Para que todos conheçam o tema que será abordado ao longo da reunião, é necessário elaborar uma pauta para o encontro. Todos os integrantes devem ter acesso ao tema da reunião e estudar previamente a pauta para dar sugestões e opiniões consistentes e fazer indagações pertinentes.
Qual o período de duração da reunião?
A boa reunião é aquela que tem hora para começar e terminar. A definição e o cumprimento de horários são essenciais para que os participantes possam se programar com tranquilidade para o evento. Além disso, conhecer o tempo da atividade permite aos integrantes calcular o tempo médio que terão para expor suas ideias e comentários. Caso a reunião seja muito demorada, é de bom tom pensar em maneiras de descontrair os convidados e evitar o cansaço. Uma das formas é oferecer lanches e bebidas e alternar as falas com apresentações de vídeo ou slides, por exemplo.
Como registrar o conteúdo discutido?
Para poder colocar as ideias discutidas e elaboradas pelos participantes durante a reunião em prática, é essencial a presença de alguém cuja função seja a de registrar tudo aquilo que foi debatido. O ideal é que um dos participantes da reunião tenha apenas esse papel. Isso permitirá um registro total daquilo que foi discutido e evitará a perda de atenção dos demais membros do encontro.

O sucesso financeiro de seus filhos virá do conhecimento


O sucesso financeiro de seus filhos virá do conhecimentoComo educadora, tenho a satisfação de afirmar que o sucesso financeiro de seu filho(a) virá do conhecimento. O sucesso a qual me refiro está relacionado ao uso consciente do recurso “dinheiro” e suas implicações/consequências. A aprendizagem é o caminho mais eficaz para que seu pequeno se transforme em um adulto capaz de lidar com o dinheiro de uma forma inteligente.
O primeiro e inesgotável local de aprendizagem é o lar. Os primeiros e mais importantes mestres são e serão sempre os pais. Sabemos que o cotidiano familiar é extraordinário e complexo: muitas demandas, muitas surpresas e vários desafios. Os exemplos dados em casa são tão importantes quanto o ensino formal encontrado nas escolas.
Esse artigo é um lembrete carregado de reflexões para quem tem criança ou adolescente em casa. Em meio a tantas coisas e demandas, os pais ou responsáveis precisam estar atentos também às questões financeiras relacionadas ao universo infanto-juvenil. Sem essa de “dinheiro é assunto de gente grande”.
Para iniciar essa reflexão, é preciso voltar a uma conhecida afirmação de base: nossas crianças aprendem pelo exemplo. Assim, o primeiro passo é analisar como você e seu parceiro(a) lidam com as questões relacionadas a esse universo:
§ O clima costuma ficar pesado na hora de pagar as contas?
§ Estranham-se dentro da loja na hora da compra de algum produto?
§ Como anda a consciência ecológica da família?
§ Costumam fazer planejamento mensal ou das próximas férias?
§ Envolvem as crianças nesse planejamento?
§ Qual foi a última vez que levou seu filho ao supermercado e ele te ajudou na pesquisa de preços ou na escolha do melhor produto?
§ Seu filho(a) sabe usar o dinheiro da mesada? O que você faz quando a quantia acaba logo e ele pede mais?
§ A última festinha de aniversário deixou a sua conta corrente no vermelho?
Sempre as mesmas questões, não é mesmo? Ora, sem essa análise fica mais difícil traçar metas sustentáveis e manter uma boa qualidade de vida!
Depois de relembrar que seus filhos estão muito atentos a cada atitude sua, procure desenvolver a inteligência financeira deles através de conversas informais sobre conceitos como pagamento à vista, a prazo, descontos, renda, mensalidade e etc. Compare valores mostrando a relação custo-benefício, fale da importância de poupar e dos perigos do consumismo.
Faça isso dentro de um clima agradável e respeitando a idade de cada um. As explicações devem ser passadas para os menores de forma simples e. À medida que vão crescendo, os mesmos conceitos serão aprofundados gradativamente, por vocês (pais) e pela escola.
O estímulo aos conhecimentos financeiros provoca muitas surpresas agradáveis. Lembro-me que quando minha sobrinha tinha 10 anos ela apareceu com uma planilha de produtos, e os respectivos preços, feita especialmente para seu pai, que iria fazer uma viagem ao exterior. Ela não só fez a lista de pedidos como aproveitou a Internet para cotar os valores. Superdotada? Não. Esse comportamento é fruto do aprendizado obtido por ela desde pequena junto a seus pais!
Não adianta exigir atitudes maduras de seu filho, por exemplo, quando ele vai morar sozinho na época da faculdade. Não adianta ficar nervoso(a) quando a fatura do cartão de crédito dele é alta. Inútil pedir para que ele cuide bem do tênis novo, da mochila nova e que não desperdice comida. Eu pergunto para você: qual foi o modelo que ele assimilou nos primeiros anos da infância? Quais os valores que foram absorvidos a cada dia? Quais os ensinamentos financeiros e ecológicos que você transmitiu?
Somos falíveis. “Não foi possível ou não sabíamos da importância de cuidar da inteligência financeira de nossos jovens e crianças”. Ainda assim, com o tempo ele acabará aprendendo as melhores condutas e os comportamentos financeiros adequados, mas o caminho será mais difícil. Os erros, é claro, sempre ensinam.
O mundo cada vez mais exigente está aí e a vida precisa ser vivida com sabedoria. Nós, adultos, temos a grata responsabilidade de cuidar e formar o adulto de amanhã. Um adulto consciente e responsável formado sobre as bases sólidas do amor, carinho, compreensão e conhecimentos adquiridos em casa, na escola, nos livros e em sites qualificados. Enfim, um adulto inteligente e criado dentro do universo de saberes disponíveis.

Pimentel defende ampliação do Supersimples no Senado

Para o senador, o Projeto de Lei Complementar 77/11 amplia a formalização e em consequência a arrecadação e geração de empregos
Dilma Tavares
Bernardo Rebello/ASN
O relator do PLC 77/11, senador José Pimentel (PT/CE), durante reunião da CAE
O relator do PLC 77/11, senador José Pimentel (PT/CE), durante reunião da CAE
 Brasilia – “Os estados que são contrários à ampliação do Supersimples não entendem de economia nacional”, afirmou o relator do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/11, aprovado hoje pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, José Pimentel (PT/CE).

A declaração foi feita pelo senador durante análise do seu parecer na CAE, rebatendo os senadores Aloysio Nunes (PSDB/SP) e Lobão Filho (PMDB/MA). Segundo Aloysio Nunes, os governadores de São Paulo, Goiás e Maranhão estão preocupados com as perdas de arrecadação decorrentes da ampliação do Supersimples - o PLC ajusta em 50% as faixas de faturamento até o teto da receita bruta anual das empresas desse sistema especial de tributação. Lobão chegou a contestar informações sobre possíveis ganhos para os estados com as mudanças.
Pimentel lembrou os impactos positivos para os estados com o incentivo à formalização e consequente aumento de arrecadação tributária, além da geração de emprego. Ele explicou ainda que o projeto não altera a arrecadação do ICMS porque mantém os subtetos estabelecidos com base na participação de cada estado no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A avaliação é que mesmo aqueles com participação no PIB acima de 5% - para os quais vale o teto máximo do Supersimples - na prática, não terão perdas em virtude dos ganhos com formalização.

“Buscaremos amplo consenso para votar essas mudanças”, disse o Senador ao defender a aprovação do projeto sem alterações. A decisão, explicou, visa garantir urgência na aprovação do projeto e garantir a validade de boa parte das mudanças ainda em 2011, como a permissão para que empresas do Supersimples possam parcelar débitos junto à Receita Federal.
Além disso, o relator destacou que esses estados praticam largamente a cobrança do ICMS via substituição tributária de empresas do Supersimples, o que anula a redução do imposto dentro do sistema. “São Paulo teria é que devolver imposto, porque implantou a substituição tributária que neutralizou os efeitos do Simples”, disse.

A aprovação do projeto também foi defendida pelos senadores Armando Monteiro (PTB/PE) e Roberto Requião (PMDB/PR). “Todas as experiências indicam que as políticas tributárias de apoio aos pequenos negócios foram exitosas, houve multiplicação de empresas”, explicou Monteiro, ressaltando que a ampliação do Supersimples apenas corrige a inflação do período – já que a lei é de 2006 e, desde então, a tabela não foi atualizada.

Roberto Requião chegou a ser aplaudido ao rechaçar alegações de perda de arrecadação por parte dos estados. Para ele, trata-se de “visão burocrática e fazendária dos Estados” quando, na verdade, o incentivo tributário aos micro e pequenos negócios tem impactos positivos na economia. O senador lembrou que implantou o Simples quando governava o Paraná e também enfrentou resistências com alegações de que iria quebrar o governo estadual. “Os resultados mostraram o contrário com aumento de arrecadação, empregos e dinamização da economia”, completou.

Ganho até R$ 1.500 deve ser afetado pelo seguro-desemprego

Nova regra alcançaria trabalhadores cujas funções registram mais vagas disponíveis


DO "AGORA"

A nova regra do seguro-desemprego, que pode suspender o benefício caso o trabalhador recuse, sem justificativa, um emprego oferecido pelo governo, deverá afetar mais quem ganha até R$ 1.500 por mês, afirma Rodolfo Peres Torelly, diretor do Departamento de Emprego e Salário, órgão que pertence ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
O motivo é que os trabalhadores nessa faixa de renda é que hoje recebem mais o seguro e ocupam funções que têm mais vagas disponíveis em centros públicos de empregos, de onde o ministério tira as oportunidades recomendadas ao trabalhador.
Um engenheiro, por exemplo, que ganha R$ 6.000 por mês e fica desempregado, dificilmente será recolocado pelo programa do ministério. Se não houver vagas disponíveis para ele, o benefício será liberado normalmente.
Mas, para esse trabalhador, não vale a pena receber o seguro. Isso porque o valor máximo pago é de R$ 1.019,70, bem menos do que ele recebia na função anterior.
O valor mínimo do seguro-desemprego é de R$ 545, equivalente ao salário mínimo nacional.
A medida do ministério é para coibir fraudes. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical disseram, porém, que a medida é desarticulada e fere os direitos de liberdade de escolha do trabalhador.