terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A importância do primeiro passo


A importância do primeiro passoVocê já se viu em situações onde fez diversos planos, mas não conseguiu colocá-los em prática? Certamente sim. Isso ocorre porque, para muitos, é muito difícil dar o primeiro passo.
Acredito que, na maioria dos casos, isso acontece porque definimos um “primeiro passo” muito grande (“Só vou começar a investir quando souber comprar e vender ações e quando tiver R$ 20 mil disponível para isso”) ou sabotamos nossos próprios planos.
Obviamente é necessário se planejar. Mas também é necessário tirar o plano do papel e colocá-lo em prática. E, para isso, é necessário ter atitude e dar o primeiro passo. Por menor que ele seja. Vamos ver alguns exemplos neste artigo.

Livre-se das dívidas

Quem tem (ou já teve) dívidas, sabe o quanto isso é perturbador. Mesmo quando elas estão sob controle (prestações do carro ou apartamento), ainda assim incomoda bastante saber que está “preso” a um financiamento longo por anos.
Para quitar suas dívidas, é necessário se organizar para saber quanto realmente está devendo, para quem está devendo e negociar com cada credor o pagamento.
Para muitos, isso parece tão complicado que não dá coragem nem de começar. Mas é essencial dar o primeiro passo.
Que tal então parar de aumentar a dívida? Ou simplesmente quebrar seu cartão de crédito e só tornar a usá-lo quando quitar essa dívida (e tiver consciência para gastar!)? São passos simples, mas que iniciam uma mudança.
Para saber mais sobre esse tema, recomendo a leitura do artigo ‘Controle suas dívidas‘.

Livre-se das tarifas bancárias

Quem nunca olhou seu extrato e, ao se deparar com uma cobrança de taxa de manutenção de conta no valor de R$ 15 (ou 20 ou 30 reais), ficou revoltado? Acredito que muita gente já passou por essa situação.
O problema é que a “preguiça” e/ou a “falta de tempo” para ir ao banco causa enormes rombos nos nossos bolsos (e grandes lucros aos bancos).
Certo dia, conversando com uma gerente de banco, ela comentou que apenas as taxas de manutenção cobrada dos cliente da agência pagava toda a folha daquela agência! Dá para imaginar quanto as pessoas tem perdido por aí?
Falo em “perder dinheiro” porque atualmente existem diversas opções de conta corrente em que não há cobrança de taxa de manutenção e até mesmo de DOC e TED. São as contas com pacotes de serviços essenciais e as contas digitais.
Basta uma visita ao banco e em poucos minutos, você consegue migrar sua conta para uma modalidade sem cobrança de tarifas.
Para saber mais, leia o artigo ‘Livre-se das tarifas bancárias‘.

Faça uma poupança

Quando falo em “fazer uma poupança”, não quero dizer necessariamente que você deve aplicar na caderneta de poupança. O objetivo aqui é incentivá-lo a poupar parte do dinheiro que você recebe para ter uma boa reserva financeira para emergências e também para realizar sonhos a longo prazo.
O problema é que muitas pessoas acham que ganham tão pouco que preferem não poupar, pois pensam que 50 reais por mês não é nada. E estão enganados!
Pensam assim: “Se eu juntar 50 reais por mês, só terei 600 e poucos reais no final do ano. Sacrifiquei-me para poupar R$ 50 e não obtive nem 30 reais de juros durante um ano inteiro”.
O problema aqui é que se não poupar nada, certamente também não terá nada no final do ano. Ou quando mais precisar.
A ato de poupar dinheiro, por menor que seja o valor, tem vários propósitos: (1) adquirir disciplina de poupar, que será muito útil quando tiver mais dinheiro; (2) ter sempre algum dinheiro para se proteger se imprevistos (ou realizar sonhos) e não precisar se endividar; (3) ensinar uma bela lição para a educação financeira dos seus filhos.
Comece agora a cortar gastos e poupar dinheiro. A aplicação onde esse dinheiro será investido inicialmente é o que menos importa.
À medida que o montante for crescendo, aí sim vale a pena se preocupar com as melhores opções de investimento. O primeiro passo, nesse caso, é a disciplina para poupar.

Aprenda a investir

Conheço diversas pessoas (alguns clientes meus, inclusive) que possuíam volumosos montantes em dinheiro “parado” na caderneta de poupança. Essa aplicação pode ter sua função no auxílio a montar uma poupança, mas como investimento, é uma péssima escolha.
Dessa forma, ter R$ 100 mil aplicado na caderneta de poupança ao invés de títulos públicos, significa uma perda aproximada de R$ 200 por mês!
Alguns acham que investir no Tesouro Direto, CDB ou mesmo ações é tão complicado, que preferem deixar o dinheiro comodamente aplicado na poupança, deixando de ganhar muito dinheiro.

Conclusão

Dar um primeiro passo é importante porque permite que saiamos do lugar onde estamos em busca de algo melhor. E muitas vezes esse passo, por menor que seja, é o início de uma grande mudança. Isso serve para qualquer coisa na vida. E não apenas nossas finanças.
E dar esse passo é simples. Basta ter atitude. Para quem precisa de ajuda, coloquei todo meu conhecimento no livro digital Como Investir Dinheiro (e em dois outros livros que fazem parte do pacote), onde ensino tudo que sei sobre investimentoseducação financeira e isenção de tarifas bancárias.
Tenho certeza que a aquisição desse material facilitará bastante a vida de quem estiver interessado. Mas ele não é essencial. É possível fazer tudo isso sozinho. Basta se esforçar e ter dedicação para dar o primeiro passo. E os demais também.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Óculos: o próximo produto revolucionário

oculos

A grande novidade tecnológica de 2012 deverá ser um par de óculos. O projeto está sendo desenvolvido a portas fechadas pelo Google e deverá ver a luz do dia no fim do ano. Os óculos vão captar informações em tempo real sobre os lugares e objetos vistos pelo usuário, como localização, dados sobre as imediações e indicações de que pessoas conhecidas estão nos arredores. O monitoramento da imagem real será feita por uma câmera de baixa resolução embutida nos óculos. A sobreposição de imagens virtuais a um ambiente real é o que se costuma chamar de “realidade aumentada”.

Os detalhes sobre o aparelho foram publicados no blog de Nick Bilton, no site do New York Times, na quarta-feira (22), e retomados pela versão impressa nesta quinta (23). As informações não foram comentadas pelo Google. A empresa teria a intenção de, em médio prazo, fazer com que os óculos venham a concorrer com os smartphones. Segundo as fontes citadas, os óculos operariam com o sistema Android, teriam conexão 3G ou 4G, sensores de movimento e GPS. O preço nas lojas, calcula-se, será o mesmo dos smartphones, de US$ 250 a US$ 600. O design seria semelhante ao dos Oakley Thumps, óculos de sol equipados com um tocador de MP3.
A ideia do Google não é investir em produção de larga escala, mas testar as possibilidades do produto já no mercado. Não se espera que se tornem acessórios de uso permanente, mas alguns engenheiros da empresa preveem que algumas pessoas vão adotar a novidade em tempo integral. Segundo Bilton, a Apple estaria desenvolvendo algo semelhante, só que na forma de um aparelho a ser preso ao pulso.
Comentando a notícia do “New York Times”, Stan Schroeder, do site Mashable, observou que os óculos são o sonho dos fanáticos por ficção científica, mas não parecem suficientemente úteis para se tornarem um sucesso de vendas. Ele lembra que nenhum produto de realidade aumentada conseguiu isso até hoje.
A reportagem que saiu no jornal nesta quinta explora possíveis cenas provocadas pelo uso dos óculos, comparáveis à estranheza causada pelos fones de ouvidos conectados aos smartphones, que fazem seus usuários parecerem zumbis falando sozinhos pelas ruas. Um professor da Universidade de Miami previu pessoas fazendo movimentos bruscos em reação a informações súbitas ou para desviar de objetos virtuais.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Inspiração Empreendedora

crowleyAlgumas histórias de empreendedores nos inspiram e podem render boas lições. A trajetória de John Crowley é uma delas. Em 1998, o empresário americano trabalhava na área de marketing da Bristol-Myers e tinha acabado de concluir seu MBA em Harvard. Foi nessa época que descobriu que seus dois filhos mais novos, Megan e Patrick, tinham a rara doença de Pompe. Como não havia tratamento para o problema, por conta da degeneração dos músculos e do sistema nervoso, eles dificilmente chegariam aos 10 anos de idade.
Relutante em aceitar o destino das crianças, Crowley começou a buscar estudos sobre possíveis curas para a doença. Foi assim que ele conheceu o trabalho do pesquisador William Canfield. Certo de que a pesquisa de Canfield o levaria a resultados promissores, convenceu o acadêmico a fundar a Novazyme, uma startup de biotecnologia. A decisão, segundo o próprio Crowley, não foi fácil, pois envolvia abrir mão de um emprego estável e investir em uma área na qual tinha pouca experiência.
A empresa começou com doações, mas logo ganhou corpo ao levantar US$ 27 milhões de investimentos através de fundos de venture capital. O trabalho que estava sendo desenvolvido chamou a atenção do mercado e, em 2001, a Novazyme foi comprada por US$137,5 milhões pela Genzyme, uma grande empresa farmacêutica que já estava investindo em outras pesquisas para o tratamento de Pompe.  Dessa vez,  Crowley assumiu o cargo de vice-presidente. Mas logo  depois que o medicamento foi desenvolvido, ele precisou deixar o emprego novamente. Sua permanência configuraria conflito de interesses. A única forma de realizar os testes com Megan e Patrick seria com ele fora da empresa.
O remédio teve o efeito esperado e os filhos de Crowley apresentaram uma melhora significativa. Enquanto isso, Crowley se tornou CEO da Amicus Therapeutics, uma empresa que desenvolve pesquisas sobre doenças genéticas. Para aqueles que desejam virar empreendedores – ou já se tornaram um – o mais importante da trajetória do americano é a lição de que seja qual for o negócio em que nos envolvemos, é preciso ter muita determinação  e uma boa dose de paixão por aquilo que se faz.
Para conhecer melhor os detalhes sobre essa história, ela está contada no livro ‘The Cure’, da jornalista Geeta Anand (ainda sem tradução para o português).

4 Dicas para Transformar Conflitos em Ideias Positivas



boxe Conflitos geralmente são motivados por disputas de ego e competições de colaboradores em busca de resultados individuais. Além do desafio de administrar a empresa, o empreendedor também precisa estar atento a esse tipo de problema e utilizar uma percepção humana na gestão do comportamento organizacional.
Em um artigo recente, Ernesto Berg, especialista em liderança, aponta que conflitos podem ter um lado positivo caso sirvam como fonte de abertura para novas ideias e pontos de vista. Para ajudar a transformá-los em produtividade , o consultor sugere quatro dicas que podem ser implantadas no dia-a-dia.
1-Analise a situação de forma objetiva
Foque seus questionamentos nas origens do problema e nas pessoas envolvidas. Tente descobrir o que realmente aconteceu, desde quando a situação vem se desenrolando e se ela poderia ter sido evitada.
2- Aprenda a escutar
Nunca interrompa a explicação de outra pessoa. Aprenda ouvir as entrelinhas, analisando fatores como linguagem corporal e tom de voz. Pergunte ao colaborador sobre as suas sugestões para sanar o conflito.
3- Controle suas emoções
Administrar conflitos também significa administrar o seu próprio seu humor. Se a situação estiver muito confusa e os ânimos exaltados, às vezes é bom dar um tempo para que as cabeças esfriem.
4- Aponte saídas
Mostre exemplos de problemas semelhantes enfrentados por outras empresas, ressaltando os caminhos encontrados para solucioná-los.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

BIG BROTHER BRASIL - Indignação

 (Luiz Fernando Veríssimo)
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A  décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que  recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.