quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Me dá um dinheiro aí… Me dá um dinheiro aí

“Não é nada fácil montar um negócio. Ninguém consegue nada sozinho. Tem que jogar no coletivo, criar redes.” A dica é de Fabiano Gallindo, especialista em inovação do Sistema FIRJAN, durante o primeiro “Momento IEL” (dia 25), do Reality Show Faz Aê. O executivo explicou para os participantes do programa que existem muitas linhas de crédito disponíveis para incentivar a inovação, muitas delas não-reembolsáveis. “O InvestRio, por exemplo, tem muito dinheiro. Eles estão até com dificuldade de gastar. É um problema bom para vocês”, brincou. 
Gallindo contou um case de uma empresa que tinha um produto super inovador mas, na hora de apresentar o projeto para o BNDES, os empresários justificaram que o apoio era para comprar um imóvel na Urca. “Foi por isso que eles perderam a ajuda. Tem que saber justificar. Tudo tem que ser muito bem explicado”, disse, lembrando que o Brasil dispõe de muitas linhas de crédito, que não existe necessidade de buscar apoio internacional.
Outra oportunidade para os empresários é o Prime, da Finep. O edital sairá no início de 2011 e prevê um investimento de R$ 120 mil para ser usado em gestão. “O dinheiro só poderá ser usado para pagar capital humano externo. Se a empresa receber este dinheiro e bater a meta de faturar R$ 300 mil em um ano, ela recebe novamente R$ 120 mil no ano seguinte”, explicou.
Para quem tem projetos de até R$ 500 mil, a dica são os editais da Faperj, que saem anualmente no mês de julho. A maioria deles são não-reembolsáveis. “A FIRJAN também oferece alguns apoios. Os editais são publicados no site, mas em breve sairá um periódico sobre inovação”, completou.
O Momento IEL acontece duas vezes por semana e prevê troca de experiências entre os participantes do Faz Aê e executivos/empresários que já estão no mercado.

Natal e Ano Novo: o lado emocional das compras e as dívidas

Posted: 23 Nov 2010 03:58 PM PST

Final do ano, momento de euforia coletiva onde o foco são as compras de Natal. O entendimento de como funciona nosso comportamento econômico, principalmente nesse período, é importante para não cairmos nas costumeiras ciladas na hora das compras e então contrairmos dívidas significativas para o próximo ano. Ninguém quer começar o ano devendo, não é mesmo? O que fazer? Como agir?

O ato de comprar tem um objetivo claro que é a satisfação das necessidades racionais e/ou emocionais resultantes de sensações internas, como a fome ou o apelo psicológico, e de estímulos externos, como o poder exercido pela propaganda ou por uma data especial a ser comemorada.

Algo que precisa ser avaliado é a empolgação momentânea. Quando nos colocamos diante da possibilidade de compra, o imediatismo (sentimento comum nos seres humanos) nos coloca no piloto automático e surge a vontade de satisfazer o desejo “na hora”; e assim é que arrumamos muitas justificativas para adquirir aquele produto.

Em tudo há emoção e ela não pode se dissociar da razão. Logo, o importante é manter o equilíbrio entre elas. O comportamento mais saudável para nosso financeiro é examinar as alternativas de compra, discutir sua real necessidade e negociar. Uma dica básica é se perguntar: eu preciso disto agora ou eu posso deixar a compra para outro dia?

A psicóloga econômica Vera Rita Ferreira cita três ciladas comuns em que o consumidor costuma cair:

Contabilidade mental: o indivíduo faz um cálculo mental de suas despesas sem se dar conta de que já comprometeu até seu 13º salário com as compras de final de ano;
Empolgação momentânea: essa é a cilada mais comum. Não temos consciência da necessidade de planejamento e deixamos nos levar pela máxima “eu mereço”;
Presentes para os filhos: é uma cilada em que os pais caem com freqüência. O sentimento de culpa pela ausência física ou mesmo pela falta de afeto levam os pais a cederem aos desejos dos filhos. Compensam a frustração dando presentes caros.
Esses são aspectos importantes do comportamento humano que não são percebidos em virtude do ritmo acelerado imposto pela atualidade. Eles provocam um impacto quase sempre negativo no financeiro da família. A alegria das compras pode virar uma preocupação desagradável.

Para ter um final de ano mais equilibrado financeiramente é preciso colocar em prática algumas atitudes simples e fundamentais. A programação para as compras é o primeiro passo. Reúna a família, liste as necessidades de cada um e defina as prioridades. O ideal é iniciar as compras meses antes do Natal, diluindo assim as despesas.

Outro ponto que nem sempre é lembrado são as gastos que surgem em janeiro, como os impostos obrigatórios (IPVA, IPTU etc.), a matricula e o material escolar, dentre outros. Somente os cálculos mostrarão o poder de compra da família. Rever nossos hábitos de consumo e envolver a família em um planejamento focado no final do ano traz ótimos resultados, em vários sentidos. Experimente você também.

Crédito da foto para freedigitalphotos.net.
Este artigo foi escrito por Bernadette Vilhena.
Pedagoga empresarial, consultora em diversas instâncias da prática educativa nas empresas e autora do livro "Dinheirama" (Blogbooks). Especialista em Gestão de Pessoas e estudos nas áreas de Ergologia, Gestão do Conhecimento e Educação no trabalho.