segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Em 2014, chega a nota fiscal eletrônica direta ao consumidor

A nota fiscal eletrônica está chegando ao final. E o terá de se adaptar à emissão do documento, investindo em novas tecnologias. Isso significa que o atual Emissor de () pode estar com os dias contados. Por enquanto, a NFC-é utilizada apenas no e no , mas passará a ser exigida em São Paulo a partir de abril de 2014. De acordo com projeções da Associação Brasileira de Automação Comercial (Afrac), o deverá investir cerca de R$ 1 bilhão na aquisição dessa solução fiscal.
Atualmente 38 empresas do varejo participam de um projeto piloto e já estão emitindo o documento fiscal. Para o consumidor, a novidade é que ele verá a nota diretamente no site da do estado onde foi emitida e poderá baixá-la no próprio celular. Para o , principalmente de pequena empresa, o custo será maior, com a compra de serviços de e do certificado digital. De acordo com o professor Roberto Dias Duarte, especialista em (Sped), a chega para fechar de vez o cerco à sonegação.
“A NFC-e e o Sped Social (folha de salários em arquivos digitais) serão as novas armas tecnológicas do ”, afirma. As novas notas poderão ser emitidas com valor limite de R$ 200 mil e o varejista terá um prazo de 30 minutos para cancelar a operação, se necessário. O consumidor não será obrigado a se identificar. No futuro, o documento poderá ser enviado por ou SMS.
“O avanço do uso de tecnologias móveis é uma das vantagens para o varejista com a ferramenta”, afirma Duarte.
Apesar disso, ele defende uma transição gradual do ECF para essa solução fiscal. O Mato Grosso impôs a obrigação. E não se sabe a posição dos outros estados. A Afrac também defende a gradual. “Não se pode destruir as antigas tecnologias; devem morrer aos poucos, de forma gradual. É importante que o comércio esteja preparado para as mudanças, que serão inevitáveis, mas não tão simples de serem implantadas”, diz o professor.
Benefício – A rede Makro, presente em 25 estados com 88 lojas, é uma das participantes do projeto piloto. A empresa usa a nota desde junho de 2012, a convite da Secretaria Estadual da Fazenda do Amazonas. Para a gerente de impostos Marivete Maschião, há vantagens e desvantagens na emissão do documento, feita hoje em sete lojas do grupo. “Foi um processo difícil porque tínhamos sobrecarga de trabalho com o Sped”, informa. Uma das premissas da empresa na implantação era a de não deixar o consumidor esperando por muito tempo na boca do caixa, uma etapa que foi bem sucedida, depois de dez meses de discussão com o fisco para implantar a novidade. Segundo Marivete, o estado do Amazonas estuda a possibilidade de oferecer algum benefício ao consumidor, nos moldes da Nota Fiscal Paulista, em que o fisco devolve parte do sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ().
O proprietário da Pizzeria 1900, Erik Momo, um futuro emissor da nova nota, está apreensivo com a novidade e defende uma contrapartida do fisco, como redução da ou algum desconto do ICMS para a compra do equipamento e . “Foi um trauma a implantação da Nota Fiscal. Não quero passar por isso de novo”, desabafa.
Na opinião dele, o fisco parece ter em suas dependências um setor da Nasa, tamanha a vontade de inventar equipamentos. E quem perde é o , que deixa de focar nos seus negócios para lidar com exigências burocráticas e fiscais. “Como empresário, o meu diferencial é fazer pizza. E gostaria de me preocupar com isso, apenas”, conclui.


Fonte: Blog Roberto Dias