segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pense no seu funcionário como aliado para inovação

Ser empreendedor significa inovar sempre. Não só no começo, quando as ideias para um novo negócio surgem com força total, mas a todo momento e procedimento da empresa. Segundo estatísticas da Confederação Nacional de Indústria (CNI), apenas um terço das empresas nacionais utiliza algum tipo de prática inovadora em sua gestão. Dados da pesquisa Global Entrepeneurship Monitor de 2009 relevam que 83,5% dos empreendedores iniciantes não pensam em inovar, enquanto apenas 11% deles consideram oferecer algum tipo de novidade ao mercado.
Talvez por imaginar que “inovar” seja algo muito técnico,  caro e trabalhoso , o empreendedor esteja entre os 83,5% que não pensam em inovação.
A revista Inc. pensou em oito maneiras e cases diferentes para incentivar inovação dentro do seu negócio. E  melhor ainda. Fazendo uso de aliados  que você já tem lá dentro: os trabalhadores contratados.

1. Permita que todos possam ser designers

Diante de uma situação de bloqueio criativo coletivo, a empresa de acessórios para pets, West Paw Design, propôs a realização de um concurso entre todos os funcionários da empresa. Eles foram incentivados a dedicar uma tarde inteira para concepção e produção de protótipos de novos produtos. Assim foi criado um novo setor na empresa, dedicado ao  desenvolvimento de produtos.
2. Deixe tempo livre para pensar
A empresa Bright House revelou à Inc que, para permitir o crucial “tempo de reflexão”, além de férias que beiram cinco semanas, os funcionários da equipe têm direito a cinco days off para visitar locais propícios à concentração e imaginação - para os neurônios respirarem.
3. Encorajar riscos
A mesma empresa criou um dia inteiramente dedicado a arriscar: todos os empregados são encorajados a fazer alguma coisa que consideram nova e desafiadora. Pode ser um simplesmente uma apresentação para uma   plateia grande , para quem é mais reservado ou tímido, ou até a prática de algum esporte radical. Para o CEO da empresa, Joey Reiman, isso é chamado de “possibilitarismo”, ou seja, tudo é possível.
4. Novos softwares para compartilhar novas ideias
Percebendo a timidez que predominava entre os funcionários na hora de expor ideias, a empresa de sistemas solares El Cajon, da Califórnia, decidiu começar a usar uma ferramenta de  compartilhamento on-line, semelhante a um fórum.
5. Concursos para buscra novos talentos
Em 2007 a empresa La Jolla percebeu a falta de profissionais estilistas qualificados e especializados em moda surf. Por isso criou um concurso   para adolescentes que têm afinidade com o tema e promove todos os meses de setembro um desfile em que jurados e audiência escolhem o canditado preferido. O sortudo que prova ser criativo e inovador ganha um estágio na empresa, bolsa de estudos de US$ 4 mil e menção na revista Teen Vogue.
6. Compensar ideias que valem muito
Quando um estudante sugeriu a seu chefe, Joel Spolsky, colunista da revista Inc., que anúncios de empregos fossem divulgados no blog da empresa, ninguém esperava que a ideia realmente seria bem sucedida - ainda assim mais de um milhão de usuários acessaram a página. Spolsky ofereceu ao funcionário uma parte dos lucros gerados com a ação, além de efetivá-lo no quadro fixo da Fog Creek.
7. Novo projeto exige novo time
A InnovationLabs, empresa da Califórnia, tem apenas quatro diretores como funcionários fixos – isso porque, a cada novo projeto, um novo time é reunido para executá-lo. Diversos tipos de profissionais, como professores de administração, webmasters, cientistas, entre outros, são contratados e têm a liberdade para trabalhar da maneira que quiserem - a empresa é contra “dizer o que fazer”.
8. Reservar 10% da equipe para inovação
Para o fundador da empresa Intuit, Scott Cook, a chave para encorajar inovação é permirtir que o funcionário seja o mais criativo possível. Por isso ele incentiva que os gerentes, administradores e supervisores reservem cerca de 10% dos empregados  para  inovação e novas ideias.


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Contrate a pessoa certa

Posted: 18 Nov 2010 11:00 AM PST
Trabalhar com uma equipe que compartilhe os mesmos valores e conceitos é fundamental para atingir o sucesso empresarial. Delegar tarefas a pessoas de confiança auxilia o trabalho do empreendedor, que pode se dedicar à elaboração de novos projetos para o negócio. Mas nem sempre é possível saber se o funcionário recém-contratado irá corresponder às expectativas e se adaptar à empresa.
O processo seletivo realizado para avaliar os candidatos que concorrem a uma vaga deve ser bem elaborado. Para isso, o empreendedor não deve contratar pessoas com quem simpatize em um primeiro contato ou que ache que pode trazer bons resultados. É preciso determinar quais são as habilidades exigidas desse futuro profissional e analisar se esse candidato será capaz de agregar valor e se adequar à cultura da empresa.
Para auxiliar o empreendedor, a revista Entrepreneur divulgou uma lista com dicas essenciais para os momentos de contratação.
1. Invista em um processo seletivo eficiente – Criar um processo seletivo capaz de avaliar todas as competências e habilidades exigidas para um posto é fundamental. É preciso ter paciência para acompanhar a evolução do processo. A rápida contratação de um profissional pode trazer prejuízos futuros, uma vez que seus valores podem diferir da cultura do negócio.
2. Analise os valores e a personalidade do candidato – Observe o perfil dos profissionais que concorrem ao cargo. Isso ajuda a avaliar se ele irá se adaptar ao novo ambiente de trabalho.
3. Realize diversas entrevistas – Conversar várias vezes com os candidatos à vaga faz com que o empreendedor conheça cada vez mais esse profissional. Para analisar as diversas etapas, é aconselhável que gestores, representantes do RH e futuros colegas de trabalho participem do processo seletivo.
4. Faça perguntas consistentes – Elaborar uma boa pauta de perguntas faz com que o empreendedor avalie o perfil do candidato, suas competências e habilidades e os seus valores.
5. Peça aos candidatos para completar as avaliações de personalidade – Solicitar aos candidatos que contem sobre sua rotina e projetos e o que pensam sobre sua personalidade contribui para a definição dos valores de cada um deles.


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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Os bem-sucedidos nas finanças e na vida sabem fazer acontecer

Posted: 17 Nov 2010 05:40 AM PST
Os bem-sucedidos nas finanças e na vida sabem fazer acontecerExiste uma diferença básica entre as pessoas que são bem resolvidas financeiramente e aquelas que costumam enfrentar grandes dificuldades. Os bem resolvidos são, via de regra, pessoas decididas, que não medem esforços para atingir suas metas pessoais e familiares. São tipos que costumo identificar com uma definição bastante simples: estes sabem fazer acontecer.
Pessoas que fazem acontecer são aquelas que tomam a frente de sua vida e que não têm medo de tentar. Não temem ousar e cumprem à risca a disciplina necessária para ficar cada dia mais próximo do sucesso[bb]. Para ser uma pessoa que faz acontecer o essencial é ter grande disponibilidade e disposição.
Não se trata de realizar tarefas e mais tarefas ou simplesmente participar de inúmeros cursos ou treinamentos. Não, a disponibilidade necessária é para se envolver de fato com a chance de ser o protagonista de sua vida e tomar atitudes que resultem em mudanças, mesmo que elas não sejam positivas à primeira vista.
Tenha seu modelo, sua inspiração
Existem ao nosso redor muitas pessoas que fazem acontecer e não é tão difícil encontrá-las. Buscar inspiração nelas é possível, mas não basta. Podemos criar o nosso próprio modelo. Esse modelo vai precisar de sua habilidade em respeitar seu dinheiro[bb] e organizar seus sonhos para que eles não sejam mais valiosos do que seu comprometimento com o próprio futuro.
Para ser uma pessoa que faz acontecer o planejamento deixa de ser uma simples ferramenta. Ele passa a ter função de uma arma poderosa e mortal contra as dificuldades momentâneas e imprevistos. Por quê? Ora, quem planeja cria oportunidades de inovar e fazer diferente, pois sabe exatamente as consequências que cada passo irá propiciar, independente de qual direção. Quando não sabe, tem reserva para enfrentar as dificuldades porque se planejou.
É aquela história: existem os que perguntam sobre investimentos, falam de compras, negociação, planejamento, mas nada fazem. E existem os que investem, mantém um orçamento financeiro decente, vivem suas vidas de acordo com as possibilidades e constroem patrimônio. Falar, falar? Agir? O que realmente transforma?
Não se coloque como vítima
Quem faz acontecer não se coloca em posição de vítima e mesmo quando fracassa tira grandes aprendizados. Além disso, sabe ouvir com atenção e sempre busca a opinião de quem tem experiência no assunto de seu interesse. Errar faz parte da vida e o erro muitas vezes é o primeiro passo para o acerto. Quem faz acontecer persiste e, por isso, prospera.
Outro dia, ao conversar com amigos[bb] que passavam por situação financeira delicada, não pude deixar de mostrar meu descontentamento ao perceber que poderiam ter uma situação financeira muito diferente. Percebi que esses tiveram a oportunidade de fazer acontecer e optaram por seguir o modelo da conveniência, disfarçado nas cobranças da sociedade e na necessidade de parecer:
  • Ganhar muito se tornou desculpa para gastar muito;
  • Alta renda se tornou sinônimo de alto padrão de vida;
  • Frustração foi a oportunidade para consumo inconsciente;
  • A ganância substituiu a ambição pelo sucesso.
No meu entender, fazer acontecer é uma questão de escolhas que não podem ser delegadas ou postergadas. Devo alertá-lo de que não fazer nada e deixar-se levar pelo automático também é uma escolha, uma decisão. Que tal começar a acontecer? Comece a dar mais valor para sua vida e seu dinheiro. Agora. Até a próxima.
Crédito da foto para freedigitalphotos.net.



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Este artigo foi escrito por Ricardo Pereira.
Educador financeiro, palestrante, autor do livro "Dinheirama" (Blogbooks), trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama.

Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama
Posted: 17 Nov 2010 05:03 AM PST
O jogo político corporativo: um caminho perigosoAssunto comum no circuito empresarial, a busca incessante pela excelência e o constante enfrentamento da mais dura e saudável concorrência é sempre tomada de superlativos e clichês que, pouco a pouco, inundam o entendimento comum sobre as façanhas executivas, seus feitos, legados e êxitos.
Com isso, o mundo corporativo exerce o seu fascínio, envolto numa atmosfera onde conceitos como meritocracia e competitividade[bb] impõem toda uma cultura que transforma os seus mais proeminentes atores, os executivos profissionais, em seres quase mitológicos, mas com poderes robóticos, guiados pelo esforço, pelas competências individuais, pela ética e habilidades de liderança.
Jovens formandos, seduzidos pelo mesmo contexto, aspiram ingressar em grandes organizações em busca da oportunidade de serem, um dia, os atores principais dessa peça darwiniana.
Embora um tanto glamourizada, a narrativa acima descreve com alguma fidelidade o universo desse extrato social acostumado a extensas cargas de trabalho, poucas horas de sono, com gordas contas bancárias, mas sem tempo, e muitas vezes, sem disposição para o lazer, exauridos pelo ritmo frenético e o peso das exigências.
Mas pouco se fala sobre o jogo político corporativo, menos ainda sobre os seus impactos, e nada sobre o ônus que pode representar.
No livro “Power: Why Some People Have It, And Others Don`t”, escrito por Jeffrey Pfeffer, renomado professor da Universidade de Stanford, o tema é abordado de forma nua e crua. Mais que isso, seu conteúdo permite diferentes interpretações, sendo que alguns podem tomar ao pé da letra as recomendações extraídas da obra de Nicolau Maquiavel – o mestre da ciência política da renascença.
Neste contexto, não se observa nada sobre eficiência, líderes servidores ou meritocracia, mas muito sobre o jogo árduo e frio de acesso ao poder[bb], custe o que custar. Neste caso, os acionistas são meros expectadores, ou, quem sabe, um obstáculo a ser vencido.
Porém, para um leitor mais astuto o conteúdo soa como uma crítica desse mesmo jogo insano, que fragiliza as estruturas de gestão, inibe iniciativas empreendedoras e enche de desalento e descrença aqueles que realmente querem fazer algo de concreto.
Especialistas afirmam categoricamente que ambientes organizacionais carregados de grande politização interna geram alta rotatividade de pessoal, afastam colaboradores competentes e contaminam a equipe com um clima de desconfiança e instabilidade que acaba por inviabilizar a empresa ao longo do tempo.
Fico com o leitor mais astuto e com os especialistas. O jogo político corporativo não agrega valor, toma tempo, dinheiro e, pior, acaba por permitir a criação de “instituições” paralelas à própria empresa.
Em termos de política, prefiro a de expressão nacional. Nessa sim falta, e muito, a participação de executivos e empresários, eternos pagadores de impostos, mas com pouquíssima voz ativa. A empresa é lugar para se trabalhar, para a busca da realização profissional e, é claro, ganhar dinheiro[bb]. Nada mais.
Crédito da foto para freedigitalphotos.net.


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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Contabilidade fora de foco


São Paulo, domingo, 07 de novembro de 2010

Queixas sobre contadores vão de apropriação de valores a irregularidades


BRUNA BORGES
DE SÃO PAULO
Retenção de documentos, irregularidades na função e na escritura contábil e apropriação indevida de valores são as principais dores de cabeça dos empresários em relação aos contadores.
É o que aponta levantamento sobre as queixas registradas no CRC-SP (Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo) desde 2007 e realizado a pedido da Folha.
A retenção soma 330 casos; as irregularidades no exercício profissional, 190; as relacionadas à escritura contábil, 177; e a apropriação de valores, 160 queixas.
De acordo com o órgão, foram cadastradas 292 denúncias de irregularidades de profissionais em 2009, ante 305 em 2008. Até outubro deste ano, foram 244.
Empresários afirmam que muitos deles não denunciam porque temem represálias, já que o contador conhece toda sua estrutura fiscal.
"Com 18 mil profissionais no Estado, o índice de denúncia é pequeno", pondera Márcio Bonarelli, vice-coordenador do curso de ciências contábeis e atuárias da USP (Universidade de São Paulo).
Dono de uma empresa há 25 anos no ramo de treinamento, O.S., 59, que pediu para não se identificar, afirma ter descoberto há alguns meses que seu contador não pagou parte dos impostos nos últimos sete anos.
Com faturamento que varia entre R$ 150 mil e R$ 300 mil ao mês, a empresa acumula uma dívida de R$ 2 milhões com a Receita Federal.
"Quando eu analisava os pagamentos e o questionava, a resposta sempre era que estava tudo certo. Percebi os problemas muito tarde. [Ele] forjava recibos e até minha conta bancária violou", conta o empreendedor.
É a segunda vez que o empresário tem problemas com contador. Na primeira ocasião, denunciou o profissional, que foi obrigado a prestar serviços à sociedade.
"Foi frustrante a denúncia, pois o ônus financeiro cai sobre os donos da empresa. E, dessa vez, não poderei pagar toda a dívida. Estou vendendo meu único imóvel, minha casa", afirma.

Delegar sem controle é prejudicial à empresa
Atualização sobre especificidades e leis do ramo é essencial ao contador

Confiar todo o controle tributário ao contador, sem fiscalizar, é muitas vezes pedir para ter dor de cabeça. Isso porque, apontam empresários, delegar sem controle pode levar o contador a não entregar os documentos ou comprovantes de quitação aos órgãos responsáveis nos prazos. Há riscos também de ele não inserir a empresa no regime adequado e, em vez de pagar os impostos, se apropriar dos valores que pertencem ao seu cliente. Alguns casos ocorrem por má-fé do profissional. Como relata a empresária Márcia Choinski, 41, que, em 2005, abriu uma agência de projetos de marketing e consultoria de negócios em Curitiba. Ao final de dois anos, recebeu uma notificação da Receita Federal que apontava irregularidades encontradas em sua microempresa. "O contador havia afirmado que minha empresa estava enquadrada no [regime tributário do] Simples Nacional, mas era mentira. Quando fui questioná-lo, ele nem sequer me respondeu, apenas suas assistentes me atenderam", conta a empresária. Choinski descobriu que deveria pagar uma carga tributária muito maior do que aquela que vinha pagando. "Antes de contratá-lo, pedi indicações. Mas não foi o bastante, ele não era um profissional confiável", ressalta a empresária, que preferiu não identificar o contador.

ESPECIALIZAÇÃO
Casos de má-fé, porém, são minoria e alguns cuidados podem minimizar a possibilidade de o empresário ter problemas com o contador, salientam especialistas (leia quadro na pág. 3). Um deles é exigir do contratado atualização constante no ramo de atuação, diz Márcio Borinelli, da USP. Acompanhar a complexidade do negócio é essencial para essa classe profissional -e, se não o fizer, o contador deverá ser trocado-, reitera Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas). Nem os 40 anos de trabalho conjunto com a empresa convenceram F.D., 39, que não autorizou sua identificação, do ramo de reciclagem, a permanecer com um contador amigo da família. "Ele é muito correto, mas não se atualizou. E isso prejudicou o crescimento da empresa. Identificamos erros em nossa contabilidade e sei que é porque ele já não acompanha [as mudanças na] legislação", explica.

CONTABILIDADE EM NÚMEROS

18 mil

é o número de profissionais cadastrados no Estado

Foram, no total,
1.164
queixas desde 2007

108
reclamações referiam-se à não execução de serviços
Fonte: CRC-SP

Lei institui exame de suficiência para obter registro profissional
Problemas contábeis devem ser reduzidos com as mudanças na legislação que regulamenta a profissão, afirmam especialistas consultados pela Folha.
A lei complementar nº 12.249, sancionada pelo presidente Lula em junho deste ano, determina que o profissional da contabilidade precisa ser aprovado em um exame de suficiência para obter o registro no conselho.
"Se o exame for sério, certamente selecionará melhor e reduzirá os casos de má prestação de serviço", opina Márcio Bonirelli, professor de contabilidade da USP.
A lei também possibilita a cassação por até dois anos dos registros de profissionais que foram condenados pelo conselho de contabilidade.
Atualmente, as penalidades existentes vão de multas a advertências e suspensões. A lei passa a valer a partir de janeiro do ano que vem.

PASSO A PASSO DA ESCOLHA DO CONTADOR
Saiba como selecionar bons profissionais e o que fazer após sua contratação


NA SELEÇÃO
1-Verifique se o ramo em que o contador costuma trabalhar corresponde ao da sua empresa. Quanto mais especializado ele for no seu setor de atuação, melhor será

2-Avalie o grau de confiança que você temno profissional. Ele terá toda a informação fiscal de sua empresa

3-Observe a disponibilidade do profissional. Você precisará dele com frequência, e a demora no atendimento pode significar perda de prazos, multas e até dificuldade de participação em licitações públicas

4-Desconfie de valores muito baixos de serviços de contabilidade e verifique os valores de mercado

5-Procure indicações de contadores com pessoas de sua confiança

ANTES DA CONTRATAÇÃO

1-Consulte o registro do contador ou do escritório de contabilidade no Conselho Regional de Contabilidade

2-Faça um levantamento sobre o contador ou o escritório, extraindo as certidões de idoneidade

3-Solicite referências e entre em contato com pelo menos outros dois empresários

ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO DO PROFISSIONAL

1-Solicite, ao menos a cada seis meses, o "check-list"de todas as principais obrigações tributárias (pagamento de tributos) e acessórias (entrega de declarações diversas), comprazo de cumprimento de cada uma delas; mantenha o controle da documentação fornecida pelo contador

2-Arquive sempre o balanço da empresa, as declarações jurídicas e outras obrigações. Assim, se surgirem suspeitas de irregularidades, você terá controle do que de fato foi executado. Lembre-se de que a irregularidade pode ser apenas um equívoco da própria Receita Federal e, assim, você estará protegido

3-Sempre pague diretamente os impostos. Não entregue o dinheiro para que o profissional pague suas guias de tributos. Ao quitálas, guarde os comprovantes. Ficando responsável pelo pagamento e pela manutenção dos documentos, você evita que terceiros se apropriem do dinheiro e mantém controle dos débitos

"CHECK-LIST" DAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

A necessidade de cada documento varia de acordo coma complexidade da empresa. Verifique quais certidões são exigidas para a sua empresa e solicite-as ao contador periodicamente. Entre as mais comuns estão

  Certidão Negativa de Débito de Tributos Federais, emitida pelo site da Receita Federal

  Certidão Negativa de Débito do INSS, emitida pelo site da Receita Federal Y Certidão Negativa de Débito do FGTS, emitida pelo site da Caixa Econômica Federal

 comprovante de inscrição do CNPJ, emitido pelo site da Receita Federal

 Certidão de Distribuição de Ações na Justiça Federal, emitida pelo site da Justiça Federal

 Certidão de Distribuição de Ações Cíveis e de Família, emitida pelo site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

 Certidão de Distribuição de Executivos Fiscais, emitida no site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

 Certidão de Distribuição de Ações Trabalhistas, emitida no site do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo Em caso de falência

 Certidão de Distribuição de Pedidos de Falência e Recuperação Judicial e Extrajudicial, emitida no site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

Em caso de falência
 Certidão de Distribuição de Pedidos de Falência e Recuperação Judicial e Extrajudicial, emitida no site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

Sites para consultas
www.receita.fazenda.gov.br
www.caixa.gov.br
www.jfsp.jus.br
www.tj.sp.gov.br
www.tst.jus.br

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