sexta-feira, 21 de outubro de 2011
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Independência financeira, trabalho e qualidade de vida

Existe, entretanto, uma minoria que trabalha simplesmente no que gosta, onde o objetivo não é gerar renda para se manter. Muitas vezes até ganham um bom dinheiro com esse trabalho, mas essas pessoas acumularam um patrimônio que gera riqueza suficiente para bancar as despesas. Essas pessoas são financeiramente independentes.
O objetivo deste artigo é mostrar a importância de três metas fundamentais na vida de qualquer pessoa: conquistar a independência financeira, trabalhar com prazer e buscar qualidade de vida.
Invista para trabalhar menos e ganhar mais
Quando escrevi o artigo ‘Invista para trabalhar menos e ganhar mais‘, mostrei que devemos trabalhar não apenas para obter uma receita para se manter. Devemos nos preocupar em investir esse dinheiro para gerar riqueza.
Dessa forma, a rentabilidade obtida com esses investimentos diminuirá mensalmente a dependência do salário, a ponto de suprir totalmente a necessidade mensal para manutenção. Nesse ponto, você não dependerá mais do dinheiro advindo do seu trabalho para viver, tendo então liberdade para fazer o que realmente lhe dá prazer
Gastar menos ou ganhar mais?
Existem duas formas de acelerar o processo para alcançar a independência financeira: gastar menos ou ganhar mais. Apesar de não ser fácil fazer essa opção, gastar menos é sem dúvida a alternativa mais rápida. Quanto menos precisamos para viver, menor será a necessidade de rendimentos dos nossos investimentos.
O grande problema é que erroneamente interpretamos aumentos de salário como possibilidade de aumentar o padrão de vida, comprar um carro novo, mudar-se para uma casa maior. E não como uma excelente oportunidade de antecipar a conquista da independência financeira.
Qual o significado da independência financeira?
Enquanto muitas pessoas pensam que independência financeira significa aposentadoria, eu acredito que ser financeiramente independente é ser livre. Ter liberdade para trabalhar exclusivamente com o que gostamos.
Sou formado em Ciência da Computação, tenho muito orgulho da minha profissão (por sinal, ontem foi o dia do profissional de informática) e ainda trabalho na área. Mas descobri que minha grande paixão é a educação financeira, meu objetivo desde então é conquistar minha independência financeira para trabalhar exclusivamente com isso.
Há uma belíssima frase de Confúcio (muitos devem conhecê-la), que resume brilhantemente esse objetivo:
“Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida”
Na minha opinião, essa frase é 100% verdade. Trabalho diariamente pelo menos 12 horas por dia. Nunca trabalhei tanto. E tenho muito prazer nisso. Porque não sinto que trabalho. Sinto que me divirto. E tenho certeza que é nisso que quero trabalhar por um bom tempo, pois ainda tenho muito a fazer.
Não se esqueça da qualidade de vida
Você já parou para pensar quanto tempo dedica ao trabalho? Vamos pensar num horário padrão, de 8:00 às 18:00. De cara já “perdemos” 10 horas do dia por conta do trabalho. Se considerarmos que precisamos de, no mínimo, 30 minutos para ir ao trabalho e mais 30 para retornar para casa (quem mora em cidade grande, sabe que apenas 30 minutos é irreal), dedicamos pelo menos 11 horas diariamente para o trabalho.
Se você considerar que uma boa noite de sono dura 8 horas, sobrariam apenas 5 horas para se dedicar à família, se divertir com os amigos ou praticar um hobby. Isso é muito pouco! E se o trabalho não lhe dá prazer, é ainda pior.
Mesmo quando trabalhamos no que nos dá satisfação, ainda assim temos que nos preocupar com a qualidade de vida.
Ser rico, na minha opinião, é viver com qualidade de vida e acumular paulatinamente um patrimônio que gere rendimentos cada vez maiores para que eu dependa cada vez menos da renda obtida através do meu trabalho.
Conclusão
Todos nós somos livres para fazer escolhas e ter os mais diversos objetivos. Mas, na minha opinião, três objetivos são essenciais:
1. Independência financeira. Quanto menos dependermos do dinheiro, mais livres seremos.
2. Gostar do trabalho. Quanto mais gostarmos do nosso trabalho, menor será a sensação de perda de tempo.
3. Qualidade de vida. Aproveite seu tempo da melhor maneira possível, tentando sempre estar próximo às pessoas que realmente são importantes para você.
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Executar é mais importante do que ter boas ideias?

Tanto que um de seus principais ideólogos, o norte-americano Eric Ries, está fazendo uma turnê pelos EUA para lançar seu livro “The Lean Startup”. O que os atrai é a possibilidade de enxugar custos e validar as mudanças com os consumidores.
Mas será que priorizar a rápida execução conta mais do que desenvolver ideias? O empreendedor norte-americano Ryan Healy acha que não, e conta por que neste artigo que escreveu para o Young Entrepreneurs Council.
Neste ano que passou, o mundo da tecnologia esteve bastante obcecado com a ideia da “lean startup”, um conjunto de princípios idealizados por empreendedores como Steve Blank e Eric Ries. É um mapa para startups desenvolverem, testarem e redesenharem seus produtos até chegar ao que é perfeitamente adequado para as necessidades do mercado
A ideia central é ser ágil e capaz de mudar a qualquer momento – se o produto não pegar, pense em algo completamente novo. Não discuta o próximo passo, só mande ver e analise os resultados, afinal, diz a nova sabedoria que ninguém é esperto suficiente para desvendar o que o público quer.
No entanto, há vários perigos nessa nova maneira de construir um negócio. Não acho que ideias não interessem e que a execução seja tudo. Uma ideia ruim não vai vingar, mesmo que a execução seja perfeita, e mudar para uma nova ideia fraca não vai levar ao sucesso.
Ideias são essenciais: empreendedores estão criando o futuro e precisam pensar em como desenvolver produtos que ajudem as pessoas, resolvam problemas, criem valor e, acima de tudo, sejam modelos replicáveis e escaláveis.
O custo e o tempo de desenvolvimento de um novo produto caíram acentuadamente nos últimos anos. Isso não quer dizer que o prazo e o trabalho duro acerca de uma nova ideia para o modelo de negócio tenham diminuído. Ao contrário: como é bem mais fácil colocar novos produtos no mercado, as ideias por trás deles ficam muito mais importantes.
Todas as startups que têm uma boa equipe de engenheiros estão no mesmo nível, do ponto de vista técnico. Assim, o ingrediente secreto são ideias bem desenvolvidas, inovadoras, que rompem com padrões e mudam as regras do jogo, como o Groupon, o Living Social e o Kickstarter.
Esvaziar a importância da ideia por trás de um produto faz com que seja mais fácil desistir se ela não decolar imediatamente. A maioria dos grandes produtos não são adotados imediatamente em grande escala, só depois dos ajustes certos.
Minimizar o valor da ideia permite ao empreendedor pular a parte do trabalho duro quando algo não funciona perfeitamente. Se ela vai resolver um problema importante, é provável que resulte em um negócio de sucesso se você for persistente e tentar executá-la de um modo inovador.
Peneirar um milhão de variáveis para achar um modelo de negócio é a parte mais dura de empreender – estou agora mesmo no meio desse processo. Não há atalhos, por isso a metodologia da “lean startup” não deve ser usada como desculpa para desistir quando aparecem as dificuldades.
Essas ideias devem simplesmente providenciar uma estrutura para criar um negócio do zero. Lembre-se: uma ideia existe antes mesmo de você criar um negócio. E é ela – ou uma variação dela – que sustenta sua empresa.quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Compramos mais por necessidade ou vaidade?

Quem tem o celular mais moderno?
Há mais ou menos cincos anos, começou na turma da minha faculdade a “febre” de celulares
multifunções. A cada semana chegava alguém com um aparelho de última geração, sempre fazendo questão de exibi-lo para o resto da turma. Dentre as muitas funções presentes nos novos aparelhos celulares (muitas vezes inúteis, diga-se de passagem), a tecnologia Bluetooth começava a popularizar-se – a “febre” tornou-se ainda mais evidente com a troca de arquivos e toques “descolados” entre os colegas, inclusive durante as aulas.
Há mais ou menos cincos anos, começou na turma da minha faculdade a “febre” de celulares
Certo dia, durante o intervalo, um colega veio mostrar-me seu novo celular e, depois de discorrer sobre as maravilhas tecnológicas do seu aparelho, ele disparou a seguinte pergunta, acompanhada de uma voz assoberbada: “Cadê o seu celular?”. Olhei para ele e, tirando o celular do bolso, respondi prontamente: “Aqui, está aqui” – e estiquei a mão com o aparelho em sua direção.
Lembro como se fosse hoje da cara de surpresa dele quando viu meu “antiquado” celular. “Puxa vida!” – exclamou ele – “...mas esse aí não tem nada” – continuou ele tentando disfarçar seu esnobismo. “Não!” – respondi enfático – “Tem apenas o essencial, que é fazer e receber ligações”.
Apesar de não ter gostado muito da minha resposta, nos dias seguintes meu colega continuou mostrando as novas funções que ele aprendia no celular. Por diversas vezes, ele tentou me convencer de que o celular “X” estava em promoção na loja “XPTO” e que eu poderia fazer como ele: parcelar o valor em 12 vezes sem juros no cartão. Eu preferia despistá-lo e mudar o rumo da conversa.
Quero usar ou esbanjar?
Embora tenha fascínio por tecnologia desde a infância, o celular é uma das coisas que nunca me atraiu e que só comprei quando precisei, por motivo de trabalho. Neste episódio com meu colega de faculdade, meu celular já era pré-histórico, admito. Por mais que seja difícil de acreditar, eu o utilizei por mais de seis anos e só o abandonei no mês retrasado, porque a bateria pifou e não segurava mais carga.
Embora tenha fascínio por tecnologia desde a infância, o celular é uma das coisas que nunca me atraiu e que só comprei quando precisei, por motivo de trabalho. Neste episódio com meu colega de faculdade, meu celular já era pré-histórico, admito. Por mais que seja difícil de acreditar, eu o utilizei por mais de seis anos e só o abandonei no mês retrasado, porque a bateria pifou e não segurava mais carga.
Nunca quis trocar de celular porque nunca vi necessidade pra isso, mas depois que o celular me deixou na mão várias vezes, não tive outra escolha e comecei a procurar por um novo modelo para comprar. Pesquisei vários modelos, preços e lojas diferentes. Antes de decidir por qual comprar, utilizei o poder das redes sociais para ter opiniões sobre qual seria o melhor aparelho.
Entre várias sugestões com valores estratosféricos, um modelo não tão caro destacou-se. Mesmo custando bem acima do que eu tinha planejado gastar, o custo/benefício do aparelho parecia ser realmente interessante. Foi dessa forma que comprei meu atual celular, um smartphone Samsung Galaxy
5.
Estou com o modelo novo há pouco mais de dois meses e, apesar das centenas de recursos que o aparelho oferece, eu ainda utilizo o celular apenas para duas coisas: fazer e receber ligações. Para não dizer que nunca utilizei outra coisa, uma vez usei o GPS integrado, “twittei” umas duas vezes e brinquei com o Angry Birds Rio enquanto esperava na fila do banco.
Depois e começar a escrever este texto, uma constatação invadiu minha cabeça: comprei um novo celular por necessidade, mas escolhi o atual modelo simplesmente por vaidade. Apesar de ter feito uma boa compra considerando o valor que paguei (à vista), eu não tinha a menor necessidade de pagar mais por uma centena de funções que quase nunca utilizo. Olhando lado “positivo” disso tudo, pelo menos terei um “aparelho da moda” por pelo menos um ano e que utilizarei quatro ou cinco vezes mais.
A expectativa da sociedade vai longe...
Essa história com o celular me faz refletir sobre outro momento semelhante, cuja pressão da sociedade incomoda: a compra do carro. Amigos e conhecidos sempre me questionam sobre quando irei comprar o meu carro, como se isso fosse tão simples como comprar uma jujuba no supermercado. Nem sempre eu digo, mas na minha cabeça a resposta já está formatada: “Comprarei quando realmente tiver necessidade ou condições de comprar um”.
Essa história com o celular me faz refletir sobre outro momento semelhante, cuja pressão da sociedade incomoda: a compra do carro. Amigos e conhecidos sempre me questionam sobre quando irei comprar o meu carro, como se isso fosse tão simples como comprar uma jujuba no supermercado. Nem sempre eu digo, mas na minha cabeça a resposta já está formatada: “Comprarei quando realmente tiver necessidade ou condições de comprar um”.
Hoje, tenho uma moto Honda Titan 98 e gasto R$ 80,00 por mês com gasolina para ir trabalhar todos os dias e para viajar até Campinas uma vez por semana (curso de pós-graduação). Se tivesse que fazer esse mesmo percurso de carro o mês inteiro, o gasto com combustível e pedágio sairia na faixa de R$ 300,00 por mês, ou seja, quase quatro vezes mais.
Quem possui um carro, por mais popular que seja, sabe melhor do que eu quanto realmente custa ter e manter um carro. Esse valor de R$ 300,00 não é um chute, afinal eu pego emprestado o carro do meu pai para ir trabalhar e para frequentar a pós-graduação em Campinas quando está chovendo. Tenho ciência de quanto minhas despesas irão aumentar quando eu tomar a decisão de comprar um carro.
Por fim, gostaria de deixar bem claro que não estou dizendo que não devemos comprar celulares caros e que ter carro é coisa de louco. A questão é que, no meu caso, na minha atual situação financeira, a compra de um carro seria mais por vaidade do que por necessidade, como aconteceu com o celular. Eu não precisava do smartphone
; eu não preciso de um carro agora.
Então você quer ter tudo?
Tenho ressalvas em relação às atitudes tomadas simplesmente para satisfazer a ânsia de status imposta pela sociedade, que “classifica” como “felizes” os possuidores de carros novos e celulares modernos, não interessando o tamanho da dívida feita neste sentido. Provavelmente, comprarei um carro quando tiver um filho – objetivo que eu e minha esposa planejamos para os próximos dois anos. Enquanto formos apenas nós dois, a moto atende nos atende muito bem.
Tenho ressalvas em relação às atitudes tomadas simplesmente para satisfazer a ânsia de status imposta pela sociedade, que “classifica” como “felizes” os possuidores de carros novos e celulares modernos, não interessando o tamanho da dívida feita neste sentido. Provavelmente, comprarei um carro quando tiver um filho – objetivo que eu e minha esposa planejamos para os próximos dois anos. Enquanto formos apenas nós dois, a moto atende nos atende muito bem.
O celular moderno eu já comprei e paguei, não tem volta. Mas suas lições ficaram marcadas e servirão como parâmetro para minhas futuras decisões; e geraram este texto que, sem pretensão alguma, pode também transformar as suas decisões ao lado de sua família.
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