quinta-feira, 1 de março de 2012

Riqueza e qualidade de vida: é rico quem pensa como rico.


Riqueza e qualidade de vida: é rico quem pensa como rico.Em minhas aulas e palestras, costumo usar os termos RICO e POBRE com bastante frequência – inspirado no famoso livro “Pai Rico Pai Pobre”. Porém, em tais ocasiões, antes que qualquer ouvinte me acuse de politicamente incorreto, também costumo deixar bem claro o que cada um desses dois termos representa e significa para mim. É exatamente esse ponto de vista que gostaria de compartilhar com os leitores do Dinheirama.
Primeiramente, uso as palavras RICO e POBRE para diferenciar como as pessoas pensam (e, por consequência, agem), e não pelo quanto ganham por mês. Perceba que a diferença é imensa. Por tal conceituação, uma pessoa que tenha renda mensal de R$ 15.000,00 pode ser considerada pobre, enquanto outra com renda de R$ 1.500,00 pode ser rica. Isso simplesmente pelo fato de pensarem e agirem de maneiras diferentes. Para exemplificar como isso é possível, apresento o famoso exemplo da caixa d’água.
A riqueza e a caixa d’água
Imagine a situação de uma casa em que a caixa d´água que a abastece esteja completamente cheia. Essa fartura momentânea pode fazer com que os moradores da casa comecem a gastar mais água do que a bomba consegue repor. Assim, se ao longo do tempo as saídas forem maiores que as entradas, a caixa um dia ficará vazia e os moradores passarão sede.
Repare que esse exemplo, discutido de maneira pormenorizada em meu artigo “Entenda o Balanço Patrimonial e o Fluxo de Caixa”, demonstra que, para evitar problemas futuros, não adianta a caixa d´água estar cheia. É preciso que o fluxo de água seja constantemente positivo.
No campo financeiro, isso significa dizer que não basta ter patrimônio. É preciso que, consistentemente, as receitas mensais sejam maiores do que as despesas – na verdade, essa é a única maneira de se aumentar a riqueza. Aliás, se quiser medir sua riqueza, acesse este excelente artigo dos amigos do Blog Quero Ficar Rico.
Ricos e pobres pensam de maneira diferente
Com base no exemplo da caixa d´água e sua possível analogia com as finanças pessoais, já é possível delinear a diferença de pensamento entre pobres e ricos. Acompanhe a seguir.
Os pobres
Os indivíduos que se encaixam nessa definição têm sua conceituação sobre riqueza financeira baseada em quantos ativos se tem no Balanço Patrimonial. Isso significa que olham apenas se a caixa d´água está cheia.
Ainda é preciso destacar um detalhe importante: a riqueza percebida pelos pobres está geralmente associada a ativos que dão despesa. Isso porque, apesar de investimentos[bb] também serem ativos, o POBRE associa riqueza a quem possui casa de luxo, carros importados, roupas de grife etc., bens que geram mais despesas e aumentam as responsabilidades financeiras da família.
Ao lidar com as finanças pessoais, sua intenção é potencializar o consumo, acreditando que seu bem estar e qualidade de vida estão diretamente associados à quantidade de bens e serviços que consegue obter, nem que para isso seja preciso endividar-se.
Os ricos
As pessoas pertencentes a essa categoria dão grande importância ao fluxo de caixa, isto é, tomam providências para que, sistematicamente, entre mais líquido do que saia na caixa d´água. Dessa forma, é possível verificar que o RICO abre mão do consumo imediato e exacerbado em troca de receitas maiores que suas despesas. O destino para a “sobra” do dinheiro é inteligente: compram ativos que geram mais receita; ou, em outras palavras, investem.
Conclusão
Com base na argumentação construída ao longo do texto, é possível perceber claramente que diferencio POBRES e RICOS pela maneira como definem riqueza[bb] financeira. A maneira como pensam e agem são completamente distintas e independem de sua receita mensal.
Obviamente, uma pessoa RICA e com alta renda mensal, conseguirá atingir a independência financeira mais rapidamente que outra com renda menor, mas definitivamente o quanto se ganha não é condição suficiente para geração da verdadeira riqueza financeira.
A realidade é uma só: se você pretende se tornar uma pessoa rica, pense e aja como tal, independentemente de sua renda atual!
Boa sorte em suas finanças e vida pessoal. Até a próxima. Foto de sxc.hu.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A importância do primeiro passo


A importância do primeiro passoVocê já se viu em situações onde fez diversos planos, mas não conseguiu colocá-los em prática? Certamente sim. Isso ocorre porque, para muitos, é muito difícil dar o primeiro passo.
Acredito que, na maioria dos casos, isso acontece porque definimos um “primeiro passo” muito grande (“Só vou começar a investir quando souber comprar e vender ações e quando tiver R$ 20 mil disponível para isso”) ou sabotamos nossos próprios planos.
Obviamente é necessário se planejar. Mas também é necessário tirar o plano do papel e colocá-lo em prática. E, para isso, é necessário ter atitude e dar o primeiro passo. Por menor que ele seja. Vamos ver alguns exemplos neste artigo.

Livre-se das dívidas

Quem tem (ou já teve) dívidas, sabe o quanto isso é perturbador. Mesmo quando elas estão sob controle (prestações do carro ou apartamento), ainda assim incomoda bastante saber que está “preso” a um financiamento longo por anos.
Para quitar suas dívidas, é necessário se organizar para saber quanto realmente está devendo, para quem está devendo e negociar com cada credor o pagamento.
Para muitos, isso parece tão complicado que não dá coragem nem de começar. Mas é essencial dar o primeiro passo.
Que tal então parar de aumentar a dívida? Ou simplesmente quebrar seu cartão de crédito e só tornar a usá-lo quando quitar essa dívida (e tiver consciência para gastar!)? São passos simples, mas que iniciam uma mudança.
Para saber mais sobre esse tema, recomendo a leitura do artigo ‘Controle suas dívidas‘.

Livre-se das tarifas bancárias

Quem nunca olhou seu extrato e, ao se deparar com uma cobrança de taxa de manutenção de conta no valor de R$ 15 (ou 20 ou 30 reais), ficou revoltado? Acredito que muita gente já passou por essa situação.
O problema é que a “preguiça” e/ou a “falta de tempo” para ir ao banco causa enormes rombos nos nossos bolsos (e grandes lucros aos bancos).
Certo dia, conversando com uma gerente de banco, ela comentou que apenas as taxas de manutenção cobrada dos cliente da agência pagava toda a folha daquela agência! Dá para imaginar quanto as pessoas tem perdido por aí?
Falo em “perder dinheiro” porque atualmente existem diversas opções de conta corrente em que não há cobrança de taxa de manutenção e até mesmo de DOC e TED. São as contas com pacotes de serviços essenciais e as contas digitais.
Basta uma visita ao banco e em poucos minutos, você consegue migrar sua conta para uma modalidade sem cobrança de tarifas.
Para saber mais, leia o artigo ‘Livre-se das tarifas bancárias‘.

Faça uma poupança

Quando falo em “fazer uma poupança”, não quero dizer necessariamente que você deve aplicar na caderneta de poupança. O objetivo aqui é incentivá-lo a poupar parte do dinheiro que você recebe para ter uma boa reserva financeira para emergências e também para realizar sonhos a longo prazo.
O problema é que muitas pessoas acham que ganham tão pouco que preferem não poupar, pois pensam que 50 reais por mês não é nada. E estão enganados!
Pensam assim: “Se eu juntar 50 reais por mês, só terei 600 e poucos reais no final do ano. Sacrifiquei-me para poupar R$ 50 e não obtive nem 30 reais de juros durante um ano inteiro”.
O problema aqui é que se não poupar nada, certamente também não terá nada no final do ano. Ou quando mais precisar.
A ato de poupar dinheiro, por menor que seja o valor, tem vários propósitos: (1) adquirir disciplina de poupar, que será muito útil quando tiver mais dinheiro; (2) ter sempre algum dinheiro para se proteger se imprevistos (ou realizar sonhos) e não precisar se endividar; (3) ensinar uma bela lição para a educação financeira dos seus filhos.
Comece agora a cortar gastos e poupar dinheiro. A aplicação onde esse dinheiro será investido inicialmente é o que menos importa.
À medida que o montante for crescendo, aí sim vale a pena se preocupar com as melhores opções de investimento. O primeiro passo, nesse caso, é a disciplina para poupar.

Aprenda a investir

Conheço diversas pessoas (alguns clientes meus, inclusive) que possuíam volumosos montantes em dinheiro “parado” na caderneta de poupança. Essa aplicação pode ter sua função no auxílio a montar uma poupança, mas como investimento, é uma péssima escolha.
Dessa forma, ter R$ 100 mil aplicado na caderneta de poupança ao invés de títulos públicos, significa uma perda aproximada de R$ 200 por mês!
Alguns acham que investir no Tesouro Direto, CDB ou mesmo ações é tão complicado, que preferem deixar o dinheiro comodamente aplicado na poupança, deixando de ganhar muito dinheiro.

Conclusão

Dar um primeiro passo é importante porque permite que saiamos do lugar onde estamos em busca de algo melhor. E muitas vezes esse passo, por menor que seja, é o início de uma grande mudança. Isso serve para qualquer coisa na vida. E não apenas nossas finanças.
E dar esse passo é simples. Basta ter atitude. Para quem precisa de ajuda, coloquei todo meu conhecimento no livro digital Como Investir Dinheiro (e em dois outros livros que fazem parte do pacote), onde ensino tudo que sei sobre investimentoseducação financeira e isenção de tarifas bancárias.
Tenho certeza que a aquisição desse material facilitará bastante a vida de quem estiver interessado. Mas ele não é essencial. É possível fazer tudo isso sozinho. Basta se esforçar e ter dedicação para dar o primeiro passo. E os demais também.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Óculos: o próximo produto revolucionário

oculos

A grande novidade tecnológica de 2012 deverá ser um par de óculos. O projeto está sendo desenvolvido a portas fechadas pelo Google e deverá ver a luz do dia no fim do ano. Os óculos vão captar informações em tempo real sobre os lugares e objetos vistos pelo usuário, como localização, dados sobre as imediações e indicações de que pessoas conhecidas estão nos arredores. O monitoramento da imagem real será feita por uma câmera de baixa resolução embutida nos óculos. A sobreposição de imagens virtuais a um ambiente real é o que se costuma chamar de “realidade aumentada”.

Os detalhes sobre o aparelho foram publicados no blog de Nick Bilton, no site do New York Times, na quarta-feira (22), e retomados pela versão impressa nesta quinta (23). As informações não foram comentadas pelo Google. A empresa teria a intenção de, em médio prazo, fazer com que os óculos venham a concorrer com os smartphones. Segundo as fontes citadas, os óculos operariam com o sistema Android, teriam conexão 3G ou 4G, sensores de movimento e GPS. O preço nas lojas, calcula-se, será o mesmo dos smartphones, de US$ 250 a US$ 600. O design seria semelhante ao dos Oakley Thumps, óculos de sol equipados com um tocador de MP3.
A ideia do Google não é investir em produção de larga escala, mas testar as possibilidades do produto já no mercado. Não se espera que se tornem acessórios de uso permanente, mas alguns engenheiros da empresa preveem que algumas pessoas vão adotar a novidade em tempo integral. Segundo Bilton, a Apple estaria desenvolvendo algo semelhante, só que na forma de um aparelho a ser preso ao pulso.
Comentando a notícia do “New York Times”, Stan Schroeder, do site Mashable, observou que os óculos são o sonho dos fanáticos por ficção científica, mas não parecem suficientemente úteis para se tornarem um sucesso de vendas. Ele lembra que nenhum produto de realidade aumentada conseguiu isso até hoje.
A reportagem que saiu no jornal nesta quinta explora possíveis cenas provocadas pelo uso dos óculos, comparáveis à estranheza causada pelos fones de ouvidos conectados aos smartphones, que fazem seus usuários parecerem zumbis falando sozinhos pelas ruas. Um professor da Universidade de Miami previu pessoas fazendo movimentos bruscos em reação a informações súbitas ou para desviar de objetos virtuais.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Inspiração Empreendedora

crowleyAlgumas histórias de empreendedores nos inspiram e podem render boas lições. A trajetória de John Crowley é uma delas. Em 1998, o empresário americano trabalhava na área de marketing da Bristol-Myers e tinha acabado de concluir seu MBA em Harvard. Foi nessa época que descobriu que seus dois filhos mais novos, Megan e Patrick, tinham a rara doença de Pompe. Como não havia tratamento para o problema, por conta da degeneração dos músculos e do sistema nervoso, eles dificilmente chegariam aos 10 anos de idade.
Relutante em aceitar o destino das crianças, Crowley começou a buscar estudos sobre possíveis curas para a doença. Foi assim que ele conheceu o trabalho do pesquisador William Canfield. Certo de que a pesquisa de Canfield o levaria a resultados promissores, convenceu o acadêmico a fundar a Novazyme, uma startup de biotecnologia. A decisão, segundo o próprio Crowley, não foi fácil, pois envolvia abrir mão de um emprego estável e investir em uma área na qual tinha pouca experiência.
A empresa começou com doações, mas logo ganhou corpo ao levantar US$ 27 milhões de investimentos através de fundos de venture capital. O trabalho que estava sendo desenvolvido chamou a atenção do mercado e, em 2001, a Novazyme foi comprada por US$137,5 milhões pela Genzyme, uma grande empresa farmacêutica que já estava investindo em outras pesquisas para o tratamento de Pompe.  Dessa vez,  Crowley assumiu o cargo de vice-presidente. Mas logo  depois que o medicamento foi desenvolvido, ele precisou deixar o emprego novamente. Sua permanência configuraria conflito de interesses. A única forma de realizar os testes com Megan e Patrick seria com ele fora da empresa.
O remédio teve o efeito esperado e os filhos de Crowley apresentaram uma melhora significativa. Enquanto isso, Crowley se tornou CEO da Amicus Therapeutics, uma empresa que desenvolve pesquisas sobre doenças genéticas. Para aqueles que desejam virar empreendedores – ou já se tornaram um – o mais importante da trajetória do americano é a lição de que seja qual for o negócio em que nos envolvemos, é preciso ter muita determinação  e uma boa dose de paixão por aquilo que se faz.
Para conhecer melhor os detalhes sobre essa história, ela está contada no livro ‘The Cure’, da jornalista Geeta Anand (ainda sem tradução para o português).