terça-feira, 2 de julho de 2013

Dinheiro em caixa é questão de organização

Não existe “Caixa” negativo!
Em outros artigos aqui mesmo neste blog já alertamos sobre o principal desafio de toda empresa, que é vender. Também já levantamos a discussão de que vender é um processo dependente de um objetivo de negócio e de uma meta de volume de receitas necessárias para “valer a pena” manter o negócio.
Mas tenho recebido de vários empresários argumentos do tipo: “estou vendendo o volume necessário, mas mesmo assim estou atolado em dívidas”. Como entender isso?
Imediatamente me vem à mente uma bela canção com um verso: “dinheiro na mão é vendaval”
Sim, gerar receita é o maior desafio de todas as empresas, mas saber usar o dinheiro obtido, não fica muito atrás.
Visitando a empresa salta aos olhos a questão da organização financeira.
A operação diária de uma empresa é marcada por um razoável volume de providências e soluções de problemas grandes e pequenos. Este emaranhado de situações desafia minuto a minuto tanto o gestor do negócio como sua equipe, e causa aos poucos a perda do senso de organização. Dois sintomas são aos poucos percebidos: o visual desgastado do aspecto externo da empresa e o descontrole do Fluxo de Caixa.
Não existe caixa negativo! Por isso o lema de toda empresa precisa ser “primeiro receber, depois pagar”. Se esta regra for invertida, o dinheiro para realizar pagamentos virá de empréstimos de curto prazo, os mais caros do mundo.
Como resolver a questão? Resposta: com organização! Por maior que seja o volume de pagamentos que uma empresa tiver e por maior que seja o volume de recebimentos, a entrada e saída precisam ser organizadas sob o lema “primeiro recebe, depois paga”. Deste lema surgem três controles importantes para a saúde financeira da empresa:
a) O controle das contas a pagar, que deve ser feito inicialmente por ordem de datas de vencimento, providência tão facilitada pela grande disponibilidade de recursos de tecnologia da informação.
b) O controle das contas a receber, que também deve ser feito inicialmente por ordem de datas de vencimento.
c) O cruzamento da sequência de recebimentos com a sequência de pagamentos, em cada data.
Desta forma, se o cruzamento em uma data futura indicar que haverá valor de pagamento superior ao valor de recebimento, providências antecipadas poderão ser tomadas para evitar ter de contrair empréstimos, o que muitas vezes poderá se resolver apenas postergando alguns pagamentos ou conseguindo a antecipação de alguns recebimentos. Portanto, organização simplesmente.
Curioso, não é? O “Fluxo de Caixa” poderá apresentar saldos negativos, mas o “Caixa” nunca estará negativo, daí o começo do endividamento com bancos. Mais curioso ainda é que uma boa gestão do Fluxo de Caixa depende exclusivamente da boa organização da empresa, portanto, exclusivamente de seu gestor, do empreendedor.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Walmart estreia NFC-e em supermercados

Uma das bandeiras da rede Walmart é a de que ontem se tornou a primeira a adotar a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) em supermercados no País. A loja do Maxxi Atacado, na zona Norte de Porto Alegre, começou a usar a NFC-e como piloto. O novo sistema possibilita que as informações fiscais da compra de produtos sejam remetidas diretamente para a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), eliminando a operação da máquina de cupom fiscal e simplificando o repasse de dados tributários.
Para consumidores, a novidade é o uso do chamado QR code, código de barras bidimensional que pode ser escaneado por celular para acessar a informação. O secretário da Fazenda, Odir Tonollier, destacou que as pessoas poderão conferir a nota diretamente no site do órgão. A pasta enquadra a solução como mais um dos itens para elevar a formalização das atividades. “Vai se transformar em uma onda. Quem não emitir nota fiscal vai acabar sendo ‘visado’ como sonegador pelo próprioconsumidor”, acrescentou o titular da Fazenda. Ao dar a largada na rede norte-americana, ogoverno espera motivar mais setores a aderir.
O registro da compra no caixa segue o mesmo tempo de procedimentos normais, que usam ocupom fiscal. Ao efetivar a transação, o cliente visualiza a nota na tela do check-out, com o QR code. Ao aproximar o smartphone da tela, o consumidor pode verificar que a NFC-e já está no sistema da Sefaz. O diretor nacional de Relações Institucionais do Walmart, Carlos Ely, considera que o piloto deve rapidamente ser levado a outras lojas da marca. No Estado, são 12 pontos. Ely projeta que a companhia poderá tentar implantar a NFC-e em São Paulo. “Se projeto funciona bem aqui, os demais acabam seguindo”, disse o diretor do Walmart, referindo-s
e a concorrentes. Para a rede, a eliminação do cupom fiscal simplificará a prestação de informações ao fisco.
Ely associou a mudança a uma lenta e gradativa escalada para tornar menos burocrática a operação tributária. “Não conseguimos a reforma tributária, mas simplificam-se os processos”, definiu o diretor da companhia. Desde 2011, a empresa trabalhava na solução. O grupo já usa o sistema baseado em QR code nas lojas do Chile. O Brasil será o segundo país com filiais do Walmart com a nota fiscal eletrônica ao consumidor. A emissão da NFC-e pelo setor varejista nasvendas ao consumidor final substitui a utilização de equipamento dedicado exclusivamente a esse fim.
Ao fazer uma compra, o consumidor receberá uma nota fiscal eletrônica, contendo chave de acessocom dígitos, a qual pode ser consultada no site da Sefaz. O subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, ressaltou que o Estado larga na frente ao permitir a utilização da NFC-e nas operações de venda a varejo. O sistema, segundo ele, gera modernização e redução de custos. O foco principal é fechar portas para a sonegação fiscal. “É um processo mais simples. Permite que, no momento da emissão da nota, ela já seja autorizada em tempo real com a Fazenda.
Fonte: http://jcrs.uol.com.br/

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Agenda Tributária Outubro 2013

OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS OUTUBRO/2013  - LUCRO PRESUMIDO
Tributo
Tipo da Guia
Vencimento
Apuração
Observações Gerais
ISS Mov. Econômico
DARM
10.10.2013
Sobre o valor total das notas fiscais emitidas no mês anterior ao vencimento
-
PIS
DARF
25.10.2013
Sobre o valor total das notas fiscais emitidas no mês anterior ao vencimento
Se o vencimento ocorrer em dia não útil antecipa o pagamento
COFINS
DARF
25.10.2013
Sobre o valor total das notas fiscais emitidas no mês anterior ao vencimento
Se o vencimento ocorrer em dia não útil antecipa o pagamento
IRPJ-LP
DARF
31.10.2013
Sobre o valor total das notas fiscais emitidas no trimestre anterior ao vencimento
Se o vencimento ocorrer em dia não útil antecipa o pagamento
CSSL-LP
DARF
31.10.2013
Sobre o valor total das notas fiscais emitidas no trimestre anterior ao vencimento
Se o vencimento ocorrer em dia não útil antecipa o pagamento


OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS OUTUBRO/2013  - SIMPLES NACIONAL
Tributo
Tipo da Guia
Vencimento
Apuração
Observações Gerais
SIMPLES NACIONAL
DAS
21.10.2013
Sobre o valor total das notas fiscais emitidas no mês anterior ao vencimento
-




OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO – TODOS OS REGIMES TRIBUTÁRIOS
Tributo
Tipo da Guia
Vencimento
Apuração
Observações Gerais
Recibo de Salário
Contra-Cheque
04.10.2013
Sobre o valor contratado
Sábado é contado como dia útil
FGTS
GRF – Guia de Recolhimento do FGTS
07.10.2013
Sobre folha de pagamento do mês anterior
Se o vencimento ocorrer em dia não útil antecipa o pagamento
GPS (INSS)
GPS
18.10.2013
Sobre folha de pagamento/Pró-Labore do mês anterior
Se o vencimento ocorrer em dia não útil antecipa o pagamento

Empreendedor Também Pode Protestar

Uma das melhores análises do momento atual pelo qual o Brasil passa li em um texto do jornal espanhol El País.


Uma das melhores análises do momento atual pelo qual o Brasil passa li em um texto do jornal espanhol El País. Segundo a publicação, os pobres que ingressaram na nova classe média tornaram-se conscientes de ter dado um salto quântico em matéria de consumo e agora querem mais. 
Por exemplo, serviços públicos de primeiro mundo, escolas de qualidade e universidade não politizada, ideológica ou burocrática. Querem um ensino moderno, motivador, que lhes amplie os horizontes no mercado de trabalho. Desejam ainda hospitais dignos, sem meses de espera e filas desumanas. Mas sonham, sobretudo, com uma democracia mais madura, em que a polícia não continue a agir como a ditadura.
Mais ainda: anseiam por menos corrupção e desperdício em obras inúteis. Esperam também por uma Justiça com menos impunidade, sem que haja diferenciação de classe social, cor, ou de qualquer outro matiz.  Enfim, reivindicam cadeia para políticos corruptos.
E o jornal conclui: querem o impossível? Não. Ao contrário dos movimentos de 1968, que pretendiam mudar o mundo, os brasileiros insatisfeitos com os serviços públicos reclamam apenas um Brasil melhor, nada mais.
Por outro lado, pesquisa do Data Popular já apontou que metade dessa nova classe média quer empreender. Apenas 14% deseja trabalhar com carteira assinada. Outra pesquisa, do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2012, detectou que o sonho de 43% dos brasileiros adultos é ser dono de seu próprio negócio. Essa mudança de comportamento parece não ter sido detectada pelo governo, que insiste em compreender o trabalhador de século XXI com o olhar paternalista de Getúlio Vargas.
Para empreender no Brasil de hoje é preciso passar diariamente por uma Via Crucis burocrática e tributária. Com 54 normas tributárias publicadas diariamente, 11 milhões de combinações de cálculos em impostos e 105 mil alíquotas só no Simples (que seria, em tese, um regime simplificado), amargamos a última posição no ranking do Banco Mundial em custo de conformidade tributária e trabalhista.
Na prática, isso significa que, enquanto no resto do mundo uma pequena empresa precisa de um funcionário na área administrativa, aqui são necessários nove. A complexidade é tamanha que boa parte desse serviço fica nas mãos de organizações contábeis terceirizadas, espremidas entre o empreendedor, que não compreende a razão de tanta burocracia, e o fisco, exigindo cada vez mais informações.
Empresas pequenas e grandes sofrem com esse caos. Mas todos podem protestar, pacificamente, contra a violência burocrática do Estado. Para isso, basta obterem os dados da carga tributária de 12 mil produtos, fornecida gratuitamente pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e confeccionarem cartazes, panfletos, cartilhas demonstrando o quanto cada produto vendido contém de impostos. 
Esse valor representa o custo do Estado brasileiro, da gastança desenfreada, da corrupção e da burocracia. Fazendo isso, os empresários não somente estarão cumprindo a Lei 12.741/2012, mas também contribuindo para um Brasil melhor.
Roberto Dias Duarte é administrador de empresas, escritor e membro do GT Tecnologia da Informação do CRC-MG.