Posted: 25 Sep 2012 05:21 AM PDT
Nos últimos dias eu tenho começado conversas sobre finanças com a
seguinte afirmação: com
dinheiro é assim, é toma-lá, dá-cá! Acontece que o dinheiro é
um recurso finito, restrito, limitado e que, portanto, deve ser muito bem
direcionado para garantir bons retornos, proporcionando qualidade de vida
diferenciada. Não é isso que todos desejamos?
Então eu quero lhe fazer um
alerta: assim como pelas leis da Física dois corpos não podem ocupar o mesmo
espaço ao mesmo tempo, igualmente pelas leis das Finanças dois gastos ou duas
compras não podem caber dentro de um mesmo centavo, de um mesmo real, de um
mesmo milhar de real, jamais podem caber dentro de uma mesma quantia de
dinheiro, seja ela qual for.
A “lei” é esta: não se
gasta o mesmo dinheiro com duas coisas distintas! Se você gastar certa grana com isto, não terá esta mesma quantia
para gastar com aquilo, ou seja, com dinheiro é assim, é toma-lá, dá-cá. É
abrir mão de uma coisa que você cobiça menos para, com a mesma grana, poder ter
acesso a alguma coisa que você deseja mais.
Veja o
caso da conta do celular, por exemplo. É legal, é bacana poder jogar conversa
fora no celular sem ficar regulando, não é mesmo? Pena que custa muito caro:
sua conta pode fácil-fácil chegar nos R$ 100,00 por mês, o que dá R$ 1.200,00
por ano. Trata-se de um bom dinheiro, certo?
Que tal, então, usar seu
celular somente para passar recados, para conversas curtas, ou então apenas
para conversas mais longas verdadeiramente importantes, aquelas que
simplesmente não podem esperar a disponibilidade de um telefone fixo por perto
ou mesmo a possibilidade do contato pessoal para tratar do assunto? Tudo é uma
questão de hábito.
Quem sabe com isso daria para
baixar a conta para R$ 50,00, economizando outros R$ 50,00 todos os meses,
acionando dessa forma um interessante “toma-lá-dá-cá financeiro”: toma-lá R$
50,00 de papo furado na conta de celular todos os meses versus dá-cá um
novíssimo superaparelho de celular com mil-e-uma-funções, podendo trocá-lo sem
dó por outro compatível a cada dois anos, sem para isso ter que colocar a mão
no bolso. Que tal?
Sim, porque enxugando R$ 50,00
mensais na conta de celular, você terá acumulado algo como R$ 2 mil após três
anos de investimento dessa economia mensal na caderneta de Poupança. E, veja,
não se trata de nenhuma implicância minha com o celular, que eu acho “o maior
barato”, uso (com o devido comedimento!) e gosto muito.
Dá perfeitamente para dizer que
o mesmo raciocínio vale para qualquer outra conta, como a conta de luz, de gás,
de água e por aí vai: é toma-lá desperdício versus dá-cá qualidade de vida! O
juiz desse jogo é você! Até a próxima.
Foto de sxc.hu.
------Este artigo foi escrito por Marcos Silvestre.
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