quarta-feira, 4 de maio de 2011

Investidores fogem da bolsa de valores: Por quê? O que está faltando?

Posted: 02 May 2011 07:17 AM PDT
Investidores fogem da bolsa de valores: Por quê? O que está faltando?A BM&F Bovespa lançou, em meados de 2010, uma campanha agressiva em busca de uma meta: A Bolsa de São Paulo pretende atingir cinco milhões de investidores (pessoas físicas) até 2015. A estratégia conta com a presença carismática do Rei Pelé, cuja carreira serviu de analogia para o entendimento do grande público sobre as tendências de alta e queda das ações e seu potencial de valorização/rentabilidade.
Até agora, os resultados alcançados tem se mostrado abaixo da expectativa. De acordo com a BM&F Bovespa, de setembro de 2010 a março deste ano aproximadamente 33 mil pessoas deixaram a bolsa. Outros números demonstram que o investidor brasileiro ainda vê com grande desconfiança o investimento em bolsa de valores, acompanhe:
§ No ano de 2011, no primeiro trimestre 6.498 deixaram a bolsa, mantendo a tendência negativa do final de 2010;
§ A participação do home broker no número de negócios da bolsa foi de 24,95% em março de 2011. Como base de comparação, em fevereiro o percentual era de 26,23%;
§ O número de clubes de investimento, um dos grandes trunfos de popularização do investimento em bolsa de valores, caiu de 3.054 no final de 2010 para 3.015 no final de março de 2011.
Publicidade para encontrar novos investidores
Algumas corretoras, inclusive apoiadas pela BM&F Bovespa, começaram a apresentar peças publicitárias em veículos de comunicação tradicionais, seguindo a tendência aberta pela própria Bolsa de Valore se São Paulo, que esteve presente, com o garoto propaganda Pelé, durante os intervalos do Jornal da Globo e também em outras TVs, revistas e jornais.
Fica claro que, até o momento, a estratégia tem se mostrado falha. Posso citar diversos quesitos que levam ao insucesso até o momento da iniciativa: o primeiro e mais claro é justamente o entendimento por parte da população do que realmente significa investir na bolsa de valores, quais suas peculiaridades e necessidades. O segundo ponto pode ser a segmentação do público, aceitando a realidade de que talvez esse investimento não seja para todos.
O terceiro e talvez principal ponto que merece uma reflexão aprofundada diz respeito à forma como as corretoras trabalham o relacionamento com os investidores. Arrisco até a dizer que esse é um dos gargalos e grandes desafios em relação a não manter os investidores atuais (que estão saindo da bolsa) e à conquista de novos participantes no mercado.
Resistência em se aproximar dos investidores
Já tive a oportunidade de participar de alguns projetos relacionados à Bolsa e percebi que as corretoras estão longe dos investidores. Penso que é o momento de tê-los mais perto. Por que não, por exemplo, convidá-los para conhecer o funcionamento das suas mesas de operações ou mesmo para um cafezinho informal?
Sinto que falta relacionamento físico entre investidores e corretoras. Onde fica a corretora, quem são seus profissionais? Com quem o investidor pode falar, conversar? Falta vontade de se relacionar, mas, paradoxalmente, sempre surgem novas opções de contato: calls, chats, fóruns e outras ações que só levam o investidor para longe da estrutura física das corretoras. Contato é diferente de relacionamento.
Já é tempo de perceber que quando o assunto é dinheiro, faz toda a diferença o olho no olho e a demonstração evidente de confiança que nasce no relacionamento próximo. Confiança e proximidades tão necessárias para mostrar que a bolsa é um investimento de risco, mas também um poço de oportunidades para quem se interessar a estudar o seu funcionamento.
Faltam opções para o pequeno investidor
Há também a questão operacional da Bolsa que precisa ser levada em conta. O mercado fracionário, tão divulgado como estratégia para o pequeno investidor, não oferece o mesmo apelo que o mercado tradicional. Investir em um lote inteiro de uma ou duas empresas ainda é uma realidade distante para a maior parte dos brasileiros, uma classe média com renda crescente, mas ainda sem cultura de investimentos.
Os ETFs (Fundos de Índice) parecem ser uma boa alternativa para quem deseja diversificar e começar a investir com pouco dinheiro. Novos fundos deste tipo surgem dia após dia, mas a liquidez e os detalhes ainda assustam alguns investidores. Há também a questão da concentração bancária somada à desinformação. Os bancos desencorajam o investimento em ações diretamente para venderem seus fundos e demais produtos de investimento.
Até 2015 muito pode (e deve) ser feito para avançarmos no modelo proposto: investir em educação financeira, relacionamento e argumentos em favor dos investimentos em renda variável são alguns exemplos. Caso contrário, os investidores continuarão buscando outros produtos para investir e outros canais de relacionamento. Os gerentes de banco agradecem!
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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Quanto vale uma empresa para o comprador?

Posted: 28 Apr 2011 03:14 PM PDT
Quanto vale uma empresa para o comprador?Todo bem tem valor distinto aos olhos de quem vende e de quem compra. O mesmo vale para uma empresa. Meu objetivo com este artigo é apresentar, em poucas palavras, como se chega ao valor de uma companhia sob o ponto de vista do comprador, ou seja, responder à pergunta: qual o preço que alguém estaria disposto a pagar por uma empresa?
Para um empresário que decide vender sua empresa, fatores como emoção, status e benefícios fiscais e econômicos entram na balança na hora de calcular o valor do seu negócio.
O empreendedor normalmente valoriza o tempo e a energia investidos e todos os percalços pelos quais passou para criar e desenvolver sua empresa, principalmente em ambientes hostis ao empreendedorismo e de elevada carga tributária, como é o caso do Brasil. O custo de não estar com a família, as noites mal dormidas por conta das preocupações com a produção, com as vendas ou com as contas e impostos por pagar certamente pesam quando o vendedor quer definir quanto pedir.
Além do valor emocional agregado, o fato de ser o dono de uma empresa também traz algum poder e status. Depois de vendida, mesmo com dinheiro no bolso, o ex-dono vai perder parte desse status e terá que se cuidar para que essa mudança não provoque ansiedade e até depressão.
Comparativamente com aqueles que vivem de renda ou são assalariados, os benefícios fiscais e econômicos para os proprietários de empresa no Brasil também podem ser uma vantagem extra - da qual é preciso abrir mão ao desfazer-se do negócio.
Porém esses fatores – emoção, status e benefícios monetários – não têm valor para o comprador.
O caixa é rei
A valia de uma empresa é determinada pelo valor presente de seu fluxo de caixa futuro. Valor presente – ou valor atual – é o valor dos fluxos de caixa futuros gerados pela empresa descontados a uma determinada taxa. Esse valor seria assim determinado:
Valor da Empresa = ∑ (Fluxo de Caixa Livre) do período “n” dividido por (1 + taxa de desconto) elevado a “n”, onde “n” igual ao período de ocorrência do Fluxo de Caixa.
O fluxo de caixa de uma empresa em determinado período é dado pela seguinte equação: Lucro Operacional Líquido depois do Imposto de Renda (+) Despesas que não representam saídas de caixa (depreciação, amortizações etc) (=) Fluxo de Caixa Operacional (-) Investimentos em Capital Fixo (máquinas, Instalações, etc) (+/-) Variações investimento em capital de giro (=) Fluxo de Caixa Livre.
O lucro não é sinônimo de caixa, mas com certeza é o principal componente ou o que mais contribui para a geração de caixa. Assim, para turbinar seu lucro você vai precisar de crescimento forte de vendas, margens (preço (-) custo variável) adequadas, estrutura de despesas fixas enxuta e pagar o mínimo necessário em impostos.
Aqui sim, bons produtos, marca reconhecida, boa carteira de clientes e produtividade vão ajudar a vender mais e ter boa margem.
Sob o ponto de vista de investimentos em capital fixo, boas instalações atuais significam menos investimentos e isso é economia de caixa que beneficia o fluxo de caixa livre.
Sob o ponto de vista de capital de giro, quanto menor o investimento em estoques, contas a receber (menor prazo de recebimento) e maior prazo para pagamento dos passivos, menos desembolso de caixa e, portanto, mais fluxo de caixa livre.
A taxa de desconto abate o fluxo de caixa futuro a um valor presente, pois o dinheiro tem valor no tempo. Essa taxa de desconto é determinada por dois componentes: um componente de risco associado a não ocorrência dos fluxos de caixa futuros; e um componente que se refere ao custo de oportunidade, isto é, o custo da alternativa sacrificada para que o recurso fosse investido nessa alternativa, no caso nessa empresa e não em outra. Normalmente, a taxa é determinada por uma taxa de juros básica da economia mais uma taxa pelo risco.
Mas, afinal, quanto vale a empresa para o comprador?
Vale o valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados pela empresa atualmente somado ao valor presente dos fluxos de caixa gerados pelas sinergias sob a nova gestão. Existem sinergias de receita como, por exemplo, produtos complementares ou uma boa rede de distribuição que irá turbinar as vendas dos produtos na nova empresa. Do lado dos custos, as sinergias podem ser de escala, fiscais, de integração vertical etc.
Exemplo: Se sua empresa gera um fluxo de caixa livre anual de R$ 1.000.000,00 constante e a taxa de desconto do seu comprador para esse projeto for de 12,5% ao ano, sua empresa vale R$ 8.000.000,00 sem sinergias, sem caixa e sem dívidas. Na mão do comprador, sua ex- empresa, por conta das sinergias, vai gerar um fluxo de caixa livre de R$1.500.000,00 e aí passará a valer R$12.000.000,00 (aos mesmos 12,5%) sem caixa e sem dívidas.
Quanto maior a taxa de crescimento de suas vendas e, em consequência, do lucro e do fluxo de caixa, maior será o valor presente. Quanto menor o risco associado a esses fluxos de caixa, menor a taxa de desconto e, portanto, maior o valor presente. Uma das grandes discussões entre vendedores e compradores é a taxa de desconto, pois cada um tem um custo de oportunidade e uma aversão/propensão ao risco.
Agora, caro empreendedor, a negociação é com você e o valor final deverá estar entre o valor presente sem e com sinergias e vai depender da taxa de desconto e, por certo, do quão estratégico é o seu negócio para os objetivos de seu comprador e do seu poder de negociação que, sabemos, dispensa comentários. Boa sorte.
Foto de sxc.hu.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Receita fecha escritório de fraudes

RIO DE JANEIRO. A Receita Federal desarticulou uma quadrilha acusada de fraudar declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IR) para obter restituições indevidas. As investigações, que resultaram na Operação Triplo S, duraram seis meses e detectaram indícios da fraude praticada por um escritório de contabilidade na praça central de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Segundo a Receita, os fraudadores atraíam os contribuintes com promessas de restituições elevadas ou exclusão da "malha fina". Eles informavam na declaração de seus clientes despesas dedutíveis que não ocorreram, obtendo, com essa prática, valores indevidos de restituições. Em troca recebiam um percentual da restituição.

Segundo a Receita, no escritório trabalhavam cinco pessoas que agiam juntas e serão investigadas pelo crime de formação de quadrilha. Ainda segundo a Receita, a quadrilha enviou quase 7.000 declarações desde 2009. Só ontem, o escritório teria enviado 111 declarações.

Por causa da fraude, diversos clientes do escritório serão chamados para serem fiscalizados e muitos poderão ter suas declarações bloqueadas até que passem por análise. 

Como sincronizar o seu marketing no mundo real e no virtual

Posted: 11 Apr 2011 01:34 PM PDT
Hoje em dia é impossível pensar em uma campanha de marketing sem planejar suas ramificações no mundo on-line: quais serão suas contrapartes no mundo virtual, qual será seu papel nas mídias sociais, etc.
O site HubSpot escreveu uma artigo para o Mashable, outro site que deve ser leitura obrigatória para qualquer empreendedor, dando algumas dicas sobre como sincronizar o marketing nesses dois universos. Confiram algumas:
Crie uma mensagem unificada
Segundo Grant Powell, CEO da agência Pomegranate, tudo começa com uma mensagem unificada. Sem essa base forte, você pode ser o quão criativo você quiser, e gastar quanto dinheiro possuir, mas sua campanha vai parecer desconjuntada no melhor estilo Frankenstein. Grant sugere a criação de um único, consistente e conciso guia de comunicação para ser aplicado a todos os meios envolvidos.
Tenha certeza de que tudo apareça primeiro no universo on-line
O universo virtual é uma boa oportunidade para você criar momentum para sua campanha em outros meios. Comece, portanto, dando pistas ou iniciando o marketing pela internet, em redes sociais como o Facebook. Há uma audiência social na internet bem maior do que aquela que irá presenciar sua campanha fisicamente, no mundo offline, esperando para poder compartilhar suas opiniões com outras pessoas.
Compartilhar é essencial
Muitas pessoas não poderão estar presentes para presenciar uma representação física e ao vivo de suas campanha. Ainda assim, pessoas que estiverem vão querer compartilhar isso com elas, portanto deixe claro por que meios elas poderão fazer isso. Determine os canais digitais que você quer que sua audiência use para conversar entre si dentro de sua campanha. E faça com que eles os conheçam com antecedência. Nisso, tudo vale: compartilhar por celular, Twitter, Facebook, etc.
Para ler o artigo original (em inglês), clique aqui.